segunda-feira, setembro 27, 2010

Leituras de fim de fim-de-semana - 1º de 3 comentários

É-(me) sempre útil ler a página Cem por Cento, de Nicolau Santos, no Expresso.
O homem está muito informado, como é sua obrigação profissional, resume bem e mescla o que informa com opiniões que reflectem um determinado ambiente que é bom conhecer.
Pego no primeiro título, na coluna da esquerda, "O Estado Social à lupa". Com um olímpico distanciamento da situação das pessoas, N.S. confronta o estado social dos portugueses no quadro dos indicadores económicos europeus, e conclui:
"Conclusão: somos um país pobre com um apoio aos desempregados de rico. E como é óbvio, isto não é sustentável."

A lupa está claramente desfocada!
Neste mesmo fim-de-semana um outro jornal, o Diário de Notícias, informa em parangonas que mais de um terço dos desempregados - 208 mil! - não recebe subsídio e que, só em Agosto, 12 mil desempregados perderam o acesso a esse apoio. "De ricos"!Poderia dizer-se, em contrapartida, que, num País com uns tantos cada vez mais ricos, os nossos pobres vão crescendo e estão entre os mais pobres e desapoiados.

O que não é suportável!


4 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Que aconteceria se os pobres não fossem ricamente apoiados?
Viveríamos todos bem?
Ou os subsídios seriam desviados para postsos de trabalho de modo a que não houvesse pobres?
Muito se mente neste país!!!!!!

Um beijo

João Henrique disse...

E o número de desempregados continua infelizmente a subir, como informa hoje o (JN). O que é verdadeiramente INSUSTENTÁVEL.

Um abraço

aferreira disse...

-Talvez o tal S. Nicolau, não se referisse aos desempregados em geral mais a certos desempregados em particular tipo Paulo Pinto o tal conselheiro do Coelho à passos que depois de ter sido despedido do BCP arrecadou uma "indemnização" de milhões de aeuros e não satisfeito ainda foi reformado compulsivamente com uma reforma de umas dezenas de Milhares de aEuros mensais por sofrer de doença mental... coitadinho......

Antuã disse...

O Nicolau tem razão. Quanto mais pobres e desempregados temos mais ricos aparecem.