Voltemos então aos números.
Com quantos votos foi eleito, em 2006, o actual Presidente da República, o único que não se apresentou como sendo “de esquerda”?
A ideia que julgo estar arreigada, que será “comum”, é a de que foi uma vitória à primeira volta, folgada, e que o actual Presidente da República foi confortavelmente instalado no lugar.
Pois foi à primeira volta, sim senhor, mas não foi nada folgada, e o Presidente da República em mandato não teve qualquer conforto na margem de eleitorado total, de nenhum modo esmagou o que chamo eleitorado “de esquerda” .
1. Cavaco Silva em 8,8 milhões de eleitores inscritos, obteve 2,7 milhões, isto é, alcançou menos de 1/3, 30,7% do universo eleitoral.
Houve 3,3 milhões de abstencionistas, pelo que só votaram 5,5 milhões, isto é, 62,5%. E não custa a crer que, nos 37,5% de votos possíveis que foram abstenção, abundem os eleitores “de esquerda” enquanto Cavaco Silva terá mobilizado o eleitorado “de direita”.
2. Ora, assim sendo, do total dos votantes, Cavaco Silva teve, com os votos em si expressos, 49,1%. O que. aparentemente, não chegaria para ser eleito à primeira volta.
No entanto, dos votos expressos, 59 mil foram em branco e 43 mil foram nulos, o que dá um total de 102 mil votos não expressos em candidatos, o que dá 1,2% do universo eleitoral e 2,1% dos votos expressos.
3. Feitas as contas todas (por agora) o actual Presidente da República teve 50,7% dos votos expressos em candidatos, o que lhe deu escassa maioria possibilitadora de eleição à primeira volta.
Todos os presidentes da República após 1974 foram eleitos à primeira volta com excepção de Mário Soares em 1986, com 51,2% (os "de antes", do fascismo, foram todos "eleitos" à primeiríssima!...). Em 1976 com 61,6%, em 1980 com 56,4%, em 1991 com 70,4%, em 1996 com 53,9% e em 2001 com 55,8%.
.
Com quantos votos foi eleito, em 2006, o actual Presidente da República, o único que não se apresentou como sendo “de esquerda”?
A ideia que julgo estar arreigada, que será “comum”, é a de que foi uma vitória à primeira volta, folgada, e que o actual Presidente da República foi confortavelmente instalado no lugar.
Pois foi à primeira volta, sim senhor, mas não foi nada folgada, e o Presidente da República em mandato não teve qualquer conforto na margem de eleitorado total, de nenhum modo esmagou o que chamo eleitorado “de esquerda” .
1. Cavaco Silva em 8,8 milhões de eleitores inscritos, obteve 2,7 milhões, isto é, alcançou menos de 1/3, 30,7% do universo eleitoral.
Houve 3,3 milhões de abstencionistas, pelo que só votaram 5,5 milhões, isto é, 62,5%. E não custa a crer que, nos 37,5% de votos possíveis que foram abstenção, abundem os eleitores “de esquerda” enquanto Cavaco Silva terá mobilizado o eleitorado “de direita”.
2. Ora, assim sendo, do total dos votantes, Cavaco Silva teve, com os votos em si expressos, 49,1%. O que. aparentemente, não chegaria para ser eleito à primeira volta.
No entanto, dos votos expressos, 59 mil foram em branco e 43 mil foram nulos, o que dá um total de 102 mil votos não expressos em candidatos, o que dá 1,2% do universo eleitoral e 2,1% dos votos expressos.
3. Feitas as contas todas (por agora) o actual Presidente da República teve 50,7% dos votos expressos em candidatos, o que lhe deu escassa maioria possibilitadora de eleição à primeira volta.
Todos os presidentes da República após 1974 foram eleitos à primeira volta com excepção de Mário Soares em 1986, com 51,2% (os "de antes", do fascismo, foram todos "eleitos" à primeiríssima!...). Em 1976 com 61,6%, em 1980 com 56,4%, em 1991 com 70,4%, em 1996 com 53,9% e em 2001 com 55,8%.
.
Era esta a ideia que tinham?
1 comentário:
Destas contas já percebo um bocadinho mais e acho que, de facto, a vantagem que lhe deu a vitória foi bastante escassa.
Um beijo.
Enviar um comentário