O dicionário é o Dicionário de Economia, de Jean Romeuf, que sabia ter entre as obras (que deveriam ser) de consulta, e de que vi, há uns dias, uma possibilidade de comprar, nessas ofertas que aparecem pela net. Mesmo com o risco de poder vir a duplicar, achei que mais valia ter dois Romeuf na secretária que um por aí escondido, e logo me habilitei – até porque o preço era baixo…
A vendedora cumpriu com todos os prazos, veio por correio, paguei o que vinha à cobrança e só depois é que vi que não era o dicionário todo mas só das letras G a O…
A vendedora cumpriu com todos os prazos, veio por correio, paguei o que vinha à cobrança e só depois é que vi que não era o dicionário todo mas só das letras G a O…
Não, não fui enganado porque a oferta não dizia “volume completo”, e este que comprei está em bom estado... para o preço.
O facto é que fui procurar o que tenho dos fascículos e encontrei-os (claro!), do 1 ao 18, até à letra O e julgo que por aí se ficou a edição em português, pelo que fiquei em duplicado com desde meio do fascículo 12 ao fascículo 18.
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O facto é que fui procurar o que tenho dos fascículos e encontrei-os (claro!), do 1 ao 18, até à letra O e julgo que por aí se ficou a edição em português, pelo que fiquei em duplicado com desde meio do fascículo 12 ao fascículo 18.
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Quantas memórias!
Este dicionário foi publicado em França em 1961, há quase 50 anos, sob a direcção de Jean Romeuf, com colaboração de Gilles Pasqualaggi e prefácio de Alfred Sauvy. Uma obra e tanto!
Este dicionário foi publicado em França em 1961, há quase 50 anos, sob a direcção de Jean Romeuf, com colaboração de Gilles Pasqualaggi e prefácio de Alfred Sauvy. Uma obra e tanto!
Algum tempo depois, começou a edição em português, em fascículo na Livros Horizonte, sob a coordenação portuguesa de João Pedreira Vilela e tradução de Rui de Moura e minha.
Além da tradução fiz também parte dos ditos colaboradores portugueses, para redigir algumas “entradas” que faltassem e actualizar ou “aportuguesar” outras, através de anexos. E foi uma dessas “entradas” que faltavam – a de mercadoria, de que me encarreguei – que me fez saltar para as teclas.
Antes de a ela chegar, algumas observações, citando:
1. De Sauvy, no Prefácio: «… a ciência é cumulativa: só pode progredir por heranças sucessivas de geração em geração. Toda a pedra bem colocada que não serve de apoio a outra pedra é uma pedra inútil. Eis porque, longe de ser um “género inferior”, todo o trabalho de agrupamento, de síntese, de compilação (não tenhamos medo da palavra), de difusão, tem um alto valor construtivo. E a excessiva raridade destes trabalhos realça ainda mais o seu valor.»
2. De Romeuf, na Introdução: «… ter-se-ia neste Dicionário hesitado entre duas fórmulas: a de enciclopédia e a de dicionário propriamente dito. Ora, é justamente de deliberado propósito que certos artigos apresentam a primeira forma e outros a segunda (…) Assim, se nos pareceu lógico tratar de maneira enciclopédica os termos Marxismo e Moeda, não aconteceu o mesmo com o artigo Sociedades, o qual, todavia, não devia ser excluído.»
Além da tradução fiz também parte dos ditos colaboradores portugueses, para redigir algumas “entradas” que faltassem e actualizar ou “aportuguesar” outras, através de anexos. E foi uma dessas “entradas” que faltavam – a de mercadoria, de que me encarreguei – que me fez saltar para as teclas.
Antes de a ela chegar, algumas observações, citando:
1. De Sauvy, no Prefácio: «… a ciência é cumulativa: só pode progredir por heranças sucessivas de geração em geração. Toda a pedra bem colocada que não serve de apoio a outra pedra é uma pedra inútil. Eis porque, longe de ser um “género inferior”, todo o trabalho de agrupamento, de síntese, de compilação (não tenhamos medo da palavra), de difusão, tem um alto valor construtivo. E a excessiva raridade destes trabalhos realça ainda mais o seu valor.»
2. De Romeuf, na Introdução: «… ter-se-ia neste Dicionário hesitado entre duas fórmulas: a de enciclopédia e a de dicionário propriamente dito. Ora, é justamente de deliberado propósito que certos artigos apresentam a primeira forma e outros a segunda (…) Assim, se nos pareceu lógico tratar de maneira enciclopédica os termos Marxismo e Moeda, não aconteceu o mesmo com o artigo Sociedades, o qual, todavia, não devia ser excluído.»
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Antes de tratar da “entrada” Mercadoria que, inexplicavelmente, não tinha lugar, nem enciclopedicamente nem dicionariamente, ainda me deterei no artigo 2, tal como foi redigido/traduzido há perto de 50 anos.
Antes de tratar da “entrada” Mercadoria que, inexplicavelmente, não tinha lugar, nem enciclopedicamente nem dicionariamente, ainda me deterei no artigo 2, tal como foi redigido/traduzido há perto de 50 anos.
1 comentário:
Um pequeno grande comentário. Parabéns pela tua extraordinária obra.
Beijos.
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