A institucionalização federalizante da integração europeia
Para além da criação do BCE, outros passos foram dados no sentido da supra-nacionalização, com expressão num directório político ao serviço das transnacionais financeiras. Definiram-se estratégias, e a mais referida foi chamada de Lisboa, com importância na mercadorização da força de trabalho e na precariedade em nome do combate ao desemprego que teria de crescer por menosprezo da actividade produtiva e dos mercados internos. Foi o tempo da empregabilidade, da mobilidade e da criação do próprio emprego, periodicamente com designações renovadas, como se fossem coisas novas, como a de empreendedorismo.
A “constitucionalização”
Ainda nesta vertente institucional, há que sublinhar a tentativa de “constitucionalizar” os tratados, depois de se terem colocado estes acima das constituições nacionais onde estas instituíssem direitos sociais e avançassem com princípios democráticos.
Da incumbência de harmonizar tratados saltou-se para uma proposta de “Constituição Europeia” consagradora do livre mercado como ideologia única, federalista, armamentista e, da rejeição desta pelos povos que tiveram o direito de a referendar, saiu-se com o artifício de um Tratado, a que Lisboa de novo deu o nome, com o cuidado de não se correr o risco anterior resultante do uso do direito referendário pelos povos, risco não de todo anulado e que, por isso, obrigou a outros artifícios e a repetição de votações.
Só batotas contra os trabalhadores e os povos!
Encruzilhada – O que vai acontecer?
Nesta explosão da crise capitalista, o que se pode acrescentar é que a integração europeia está numa encruzilhada, como o está o capitalismo de que é parte, no actual estádio da luta de classes. Os caminhos a percorrer não são claros e as contradições são evidentes.
O confronto €uro-dólar, as dicotomias crescimento-estabilidade e inflação-deflação, os conflitos de influência regionais, as intervenções militares partilhadas, com o Atlântico-Norte (a NATO) a chegar ao Afeganistão e a definir estratégias em Lisboa (sempre Lisboa!…), coexistem dificilmente com avanços de natureza social nalgumas zonas do planeta e com quebras de hegemonia imperialista, com crescente e não escamoteável anti-capitalismo, ou buscas não-capitalistas.
Para além da criação do BCE, outros passos foram dados no sentido da supra-nacionalização, com expressão num directório político ao serviço das transnacionais financeiras. Definiram-se estratégias, e a mais referida foi chamada de Lisboa, com importância na mercadorização da força de trabalho e na precariedade em nome do combate ao desemprego que teria de crescer por menosprezo da actividade produtiva e dos mercados internos. Foi o tempo da empregabilidade, da mobilidade e da criação do próprio emprego, periodicamente com designações renovadas, como se fossem coisas novas, como a de empreendedorismo.
A “constitucionalização”
Ainda nesta vertente institucional, há que sublinhar a tentativa de “constitucionalizar” os tratados, depois de se terem colocado estes acima das constituições nacionais onde estas instituíssem direitos sociais e avançassem com princípios democráticos.
Da incumbência de harmonizar tratados saltou-se para uma proposta de “Constituição Europeia” consagradora do livre mercado como ideologia única, federalista, armamentista e, da rejeição desta pelos povos que tiveram o direito de a referendar, saiu-se com o artifício de um Tratado, a que Lisboa de novo deu o nome, com o cuidado de não se correr o risco anterior resultante do uso do direito referendário pelos povos, risco não de todo anulado e que, por isso, obrigou a outros artifícios e a repetição de votações.
Só batotas contra os trabalhadores e os povos!
Encruzilhada – O que vai acontecer?
Nesta explosão da crise capitalista, o que se pode acrescentar é que a integração europeia está numa encruzilhada, como o está o capitalismo de que é parte, no actual estádio da luta de classes. Os caminhos a percorrer não são claros e as contradições são evidentes.
O confronto €uro-dólar, as dicotomias crescimento-estabilidade e inflação-deflação, os conflitos de influência regionais, as intervenções militares partilhadas, com o Atlântico-Norte (a NATO) a chegar ao Afeganistão e a definir estratégias em Lisboa (sempre Lisboa!…), coexistem dificilmente com avanços de natureza social nalgumas zonas do planeta e com quebras de hegemonia imperialista, com crescente e não escamoteável anti-capitalismo, ou buscas não-capitalistas.
(continua... para acabar)
2 comentários:
Agora vêm com um Basileia III...o que vem a ser isso?
Abraço
Só embustes, mas talvez venham a ser eles os enganados.
A Luta Continua.
Beijos.
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