A propósito do BPN, e em outras oportunidades, tenho visto citado Brecht.
Ainda hoje, Vasco Cardoso, no avante!, no final do seu actual, Um crime em três actos, citava Brecht "O que é roubar um banco comparado a fundar um?". E era bem pertinente a citação, e convida a alongá-la.
«(…) Nós, pequenos artesãos burgueses, que nos aplicamos com o bom e fiel pé-de-cabra nas caixas de lata dos pequenos comerciantes, estamos a ser engolidos pelos grandes empresários que têm por detrás de si os bancos. O que é uma gazua comparada com uma acção na bolsa? O que é um assalto a um banco comparado com a fundação de um banco?(…)»
(fala de Mac da Naifa, preso e à espera da condenação, em Bertolt Brecht, Teatro, 2, Edições Cotovia Lda., Lisboa, 2004, João Loureço e Vera San Payo de Lemos.)
6 comentários:
Ah grande Brecht, que vai falando por todos nós, e a ti obrigada por no-lo fazeres ouvir!
Cada citação ou poema de Brecht é uma análise ou critica política ao nosso país.
Grandioso Brecht.
Bjs,
GR
També recorro a Brecht para não perder a lucidez.
Um abraço,
mário
Hoje não estive em casa e só agora pude passar os olhos por estes "posts" que me parecem magníficos. Amanhã vou lê-los com atenção e aprender um pouco mais.
Um beijo.
O ladrão mais bem colocado é mesmo o que se senta na administração...
Abraço.
Sim, que é um ladrão de Banco comparado com um grande ladrão dono de um Banco ou com os que detêm o poder económico e sistematicamente vão roubando a vida aos comuns mortais?
Um beijo.
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