sexta-feira, julho 18, 2008

O "horror económico" e os "horrorosos economistas"

1. Tive de "ir lá abaixo" comprar umas coisas (jornais e isso). No som automático que o carro me oferece como bónus por me transportar caíu-me em sorte (?!) ouvir o professor econonomista João (abominável) César das Neves.
Que está a exagera, que não estamos numa queda, que o o PR tem razão em fazer os apelos que faz, que não há catástrofe, que estamos no meio porque há quem esteja muito pior que nós, que basta ver, que há que ser realista, que não se deve nem ser optimista dizendo que vai tudo bem nem derrotista dizendo que vai tudo mal, e blá, blá.
'Tá bem. Nem o BdeP, nem o FMI, nem o INE, nem a OCDE o perturbam no seu rigor, não é? Mas que credibilidade merece um "economista" que dedica um seu livro (de princípios de economia política) à "minha e nossa Mãe, a Imaculada Conceição, Raínha de Portugal há 350 anos", e que reaje aos últimos números dizendo que já tivemos muito piores que esta desaceleração (!) do crescimento (de +1,2% quando as últimas previsões davam "aceleradíssimos" 2% que representavam continuação da divergência em relação à média da UE) com quedas (números negativos) de 4 e 5%, que já teria havido. Quando, senhor professor, quando?
.
2. O tempo que vivemos não dá espaço para ambiguidades. Ou para fugas esotéricas em busca de espúrios regaços maternais!
Houve (o tal PR com quotas de enorme responsabilidade), e há, políticas (para ser pomposo: opções estratégicas partilhadas por PS, PSD, CDS-PP e aderências) que a esta situação nos trouxeram. Até se podem encontrar, inventar, recauchutar, desanuviamentos e novas ilusões que substituam as que deram em desilusões. E é provável que se encontrem. Mas, hoje, perante o que estamos vivendo, hoje, é o momento de apelar... à tomada de consciência. E à responsabilização. Das políticas e dos seus próceres. E também dos "faz-tudo" (palhaços aparentemente de 2ª, que entram nos intervalos circenses para entreter o respeitável público) da diversão.

8 comentários:

samuel disse...

Entendo-te perfeitamente...
Numa viagem de automóvel, desatar a ouvir o "abominável césar das neves" pode classificar-se como acidente de viação e devia estar coberto pelo seguro.

Abraço

Sérgio Ribeiro disse...

... e estaria se as companhias de seguro estivessem ao serviço dos... utentes (não é assim que se diz?).
Um grande abraço por tudo, e pela solidariedades face ao nosso "mano" (pois se a mãe parece que é a mesma...)

Anónimo disse...

O Abominável césar das neves fica muito longe dos tradicionais vendedores de banha de cobra.

Anónimo disse...

ahahahah como gostava de ver a fronha do tal abdominal homem das neves depois de do animal ler o teu comentário.
a.ferreira

Sérgio Ribeiro disse...

Oh! antuã amigo, o que tu me vieste lembrar... Como eu gostava de lhe meter aquele post debaixo do nariz!
Abraço
... não escrevi esfregar pois não?!

Sérgio Ribeiro disse...

Desculpem lá. A referência (e agradecimento) que faço no comentário anterior é ao a. ferreira e não ao antuã. Mas este também merece o agradecimento e o abraço.

Anónimo disse...

-Lá por isso eu cá não ia lavar as mãos ao rio para lhe esfregar com o dito post nas angélicas fuças do filho da senhora Imaculada Conceição.
-Já que temos de o aturar porque não chatear o economês do tempo da selvajaria?! Que nos fala o nosso amigo Engels.
um abraço

a.ferreira

Anónimo disse...

E vocês acham que ele merece uma trabalhera dessas?
ò Sergio as companhias de seguros dão sempre um presunto, aquem lhes der um porco!