(conclusão)
Leia quem quiser (e teria muito gosto se fossem muitos a ler, e a comentar).
.
Camaradas,
… e há outra coisa que considero da maior importância e não me sai da cabeça:
A vigilância revolucionária!
Na minha maneira de ver as coisas, a "vigilância revolucionária" deve atravessar todas as fases da luta, pelo que vou recuar um pouco para preparar o que desejo seja o final deste “momento” de reflexão e de mensagens incaláveis.
Começo por dizer que a “vigilância revolucionária” deve estar em cada um dos que que deseje fazer da sua vida o tempo e a obra de um pedreiro que procura não falhar a colocação do tijolo que lhe compete na tal enorme construção de uma Humanidade melhor para os que a estejam a viver. Isto é, deve estar, antes de tudo, voltada para dentro de si ou, ao de dentro de cada um sair, não esquecer a cuidadosa atenção ao espelho que reflecte a imagem que cada um de si deve ter…
Depois, no colectivo, há que estar em vigilância revolucionária com os outros. Nunca na postura de juízes daqueles, nunca ostensivamente, mas estar presente… sempre! Até porque, nestes processos tão complicados, pode acontecer que alguns dos que outros caminhos queriam, nova (ou nenhuma) base teórica desejavam, por diferentes formas de organização pugnavam, não se tenham ido embora, se tenham adaptado/alapado aos tempos seguintes e, com ou sem boa fé, estejam procurando levar à prática, por vias ínvias, o que não teve valimento na discussão aberta, no confronto nem sempre agradável, por vezes duro, mas sempre necessário.
Mas isso nem é o que mais me preocupa (embora me preocupe… mas quem sou eu para ter que me preocupar?!). O que mais me preocupa (mas quem sou eu para me preocupar?!...) é a “vigilância revolucionária” depois, aquela que a História em tantos casos já nos ensinou, dolorosamente, que tanta falta pode fazer, a que, pela ausência, deixa esvaziarem-se princípios e valores que são os que defendemos e conseguimos fazer prevalecer na etapa que se venceu, e obriga a recuos históricos ao substituir esses valores e princípios - e práticas coerentes - por pragmatismos ou por outros ditos valores e princípios, coisas como rivalidades e competitividades em vez de solidariedade, produtividades e acumulações espúrias versus satisfação possível das necessidades naturais e emergentes.
Chamei, a estes textos, mensagens-desabafos. Sê-lo-ão. Terão cabimento e/ou utilidade? Sei lá… se calhar, não. Mas esta é a (pouca) sorte do que se escreve com o que se sente a sair pelos dedos (corruptela de “coração ao pé da boca”) e se peca por ser transparente.
Para mim, fazem parte, pelo menos, da minha auto-vigilância. Na luta. Que continua. Contínua.
Leia quem quiser (e teria muito gosto se fossem muitos a ler, e a comentar).
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Camaradas,
… e há outra coisa que considero da maior importância e não me sai da cabeça:
A vigilância revolucionária!
Na minha maneira de ver as coisas, a "vigilância revolucionária" deve atravessar todas as fases da luta, pelo que vou recuar um pouco para preparar o que desejo seja o final deste “momento” de reflexão e de mensagens incaláveis.
Começo por dizer que a “vigilância revolucionária” deve estar em cada um dos que que deseje fazer da sua vida o tempo e a obra de um pedreiro que procura não falhar a colocação do tijolo que lhe compete na tal enorme construção de uma Humanidade melhor para os que a estejam a viver. Isto é, deve estar, antes de tudo, voltada para dentro de si ou, ao de dentro de cada um sair, não esquecer a cuidadosa atenção ao espelho que reflecte a imagem que cada um de si deve ter…
Depois, no colectivo, há que estar em vigilância revolucionária com os outros. Nunca na postura de juízes daqueles, nunca ostensivamente, mas estar presente… sempre! Até porque, nestes processos tão complicados, pode acontecer que alguns dos que outros caminhos queriam, nova (ou nenhuma) base teórica desejavam, por diferentes formas de organização pugnavam, não se tenham ido embora, se tenham adaptado/alapado aos tempos seguintes e, com ou sem boa fé, estejam procurando levar à prática, por vias ínvias, o que não teve valimento na discussão aberta, no confronto nem sempre agradável, por vezes duro, mas sempre necessário.
Mas isso nem é o que mais me preocupa (embora me preocupe… mas quem sou eu para ter que me preocupar?!). O que mais me preocupa (mas quem sou eu para me preocupar?!...) é a “vigilância revolucionária” depois, aquela que a História em tantos casos já nos ensinou, dolorosamente, que tanta falta pode fazer, a que, pela ausência, deixa esvaziarem-se princípios e valores que são os que defendemos e conseguimos fazer prevalecer na etapa que se venceu, e obriga a recuos históricos ao substituir esses valores e princípios - e práticas coerentes - por pragmatismos ou por outros ditos valores e princípios, coisas como rivalidades e competitividades em vez de solidariedade, produtividades e acumulações espúrias versus satisfação possível das necessidades naturais e emergentes.
Chamei, a estes textos, mensagens-desabafos. Sê-lo-ão. Terão cabimento e/ou utilidade? Sei lá… se calhar, não. Mas esta é a (pouca) sorte do que se escreve com o que se sente a sair pelos dedos (corruptela de “coração ao pé da boca”) e se peca por ser transparente.
Para mim, fazem parte, pelo menos, da minha auto-vigilância. Na luta. Que continua. Contínua.
5 comentários:
Concordo contigo e acho muito lúcidos
estes "desabafos".
A vigilância revolucionária também é uma preocupação minha. Nos tempos que correm, cada vez mais difíceis e turvos, ter os pés bem assentes na terra e nunca esquecer que a luta de classes existe, é fundamental.
Campaniça
A imagem que cada um tem de si raramente se corresponde com a imagem que deste tem o seu entorno. O aspecto mais negativo deste facto, por diversas vezes corroborado na minha relação com os demais, é que a crítica advinda da tal vigiância que referes, ao invés de aceite e interpretada (válida ou não), como constructiva, no sentido de proporcionar outro ponto de vista, é assimilada como um ataque à estructura interna de determinados indivíduos, provocando antes da discussão uma retaliação pueril e bastante individualista, contrária no essencial ao fundamento de dito estado de alerta.
Depois vem a coerência, e aí sim, toma fundamento o que entendo defendes neste escrito e, dentro dessa, a luta toma corpo, retroalimentando a motivação.
Uma forma de diluir a base que promove a procura de opções desenquadradas com os desígnios do colectivo é a discussão, sempre, se atender-mos à legitimidade daquilo que defendemos, o Marxismo/Leninismo.
Finalmente, e fugindo (ainda que não tanto) ao tema proposto, quero deixar-te uma questão: Esta crise poder-se-ía considerar de rentabilidade?
Um abraço
Campaniça - Que bom falar contigo! Oh!, se existe... O meu último, este, desabafo também se refere aos que, tendo deixado de acreditar na luta de classes (se alguma vez a tiveram como decorrente da sua leitura da história) até fazem-de-conta que a estão a fazer. Adiante...
Grande beijo
Mário - Tudo certo... Relativamente à tua questão se a crise é de rentabilidade a minha opinião é que é, e inevitável, de de rentabilidade do capital-dinheiro que não se consegue multiplicar com base na economia real e na exploração, e procura, baldadamente, formas fictícias, artificiais, especulativas, de o fazer.
Um abraço
Fundamentais estas mensagens-desabafo.
Nestes tempos de 'não sabermos o que vem a seguir' a vigilância revolucionária é cada vez mais necessária.
Beijo.
Considero muito importante a vigilância revolucionària a começar por nós próprios e a continuar no esclarecimento dos outros que se deixam enredar na teia de mentiras que nos envolvem.
Quem não posso suportar são os traidores e desses temos que nos acautelar.
Um beijo.
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