segunda-feira, dezembro 27, 2010

Reflexões lentas... em tempo já não/ainda natalício

Para me poupar (e a vós, eventuais e caros visitantes...), tinha resolvido não trazer para aqui as mensagens natalícias – são sempre em catadupa, do Presidente da República, do 1º Ministro, do Cardeal Patriarca, de outros poderes e deuses menores –, até porque, por outras paragens encontrei muito apropositados comentários, como em cravodeabril (este o elogio da pobreza, a que seguiu um outro, sobre a entrevista do CP ao DN, verdadeiramente de não perder: estoutro!).
Mas o comentário acabado de ler, em samuel-cantigueiro aqui, provocou, além do habitual sorriso ou riso, a vontade de dizer que sinto estarmos perante exibições de vaidades pessoais e auto-suficiências que chegam a incomodar de tão ostensivas. Que não há “massagens” (boa, Samuel!) que atenuem o incómodo. Antes o agravam!
Não surpreende que o(s) representante(s) da Igreja Católica traga(m) o seu Deus e os seus ódios para a chamada política, sendo os comunistas o alvo dos seus ódios, quando nós apenas dizemos, confirmando, que a sua/dele Igreja é um ópio, é narcotizante, e a combatemos no plano ideológico, vendo os crentes como outros-nossos-iguais e não como nossos inimigos.
Mas é excessivo que, quer o PR, quer o 1ºM da República Portuguesa pareçam “ter o rei na barriga”! Cada um à sua maneira (qual delas a pior…), com as suas idiossincrasias, a sua arrogante incultura, são o fruto de uma democracia que não o é, que o poder financeiro entrega a pragmáticos sem ética, a assimilados defensores de direitos humanos, cujos seriam confinados à liberdade condicional, ao voto intermitente, à aparentemente livre expressão de ideias com divulgação selectiva segundo os seus/deles interesses, ou seja, em última instância, dos mercados, cuja mão (e corpo) invisível tudo comandaria.

6 comentários:

samuel disse...

Dispenso essa "democracia"!

Abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Tenho a consciência com alguma trnquilidade por estar/mos a fazer mais que a... dispensá-la!

Sérgio Ribeiro disse...

... e abraços. claro!

Justine disse...

E é possível chamar a isso democracia? Assim se vão adulterando os conceitos...

Graciete Rietsch disse...

Já li todos esses excelentes post e revejo-me em todos eles, incluindo, claro, o teu.
Para quê mais palavras?

Um beijo.

José Rodrigues disse...

A canzoada da comunicação patronal,hoje lá veio com as calúnias contra o PCP,no Público,amplificadas pela Antena 1 durante toda a manhã,a propósito das coimas aos partidos.Já tem resposta do G.Imprensa, que é preciso divulgar!Reflectir,reflectir...sempre!

Abraço