domingo, janeiro 02, 2011

A "economia dos palitos"

No DN de hoje, a primeira e a última página são provocadoras de comentário. Sobre a primeira, já por outros blogs se falou, e junto-me à indignação dos que que a vieram afirmar relativamente à cedência de dados dos BI (ou dos cartões de cidadão) aos Estados Unidos. Com veemência!

Na última página, há um "economista" que vem dar conselhos para "resolver a crise": "beber menos bicas, moderar consumos não essenciais","conduzir mais devagar, planear melhor as saídas ao fim de semana...", "alterar padrões de consumo. Ir só ao essencial...", etc.

Passei o dia a lembrar-me da anedota do fidalgo que chamou o mordomo para, face à necessária contenção de despesas, fazerem o orçamento do ano e, depois de terem visto a impossibilidade de diminuirem as festas no "castelo", de cortarem nas listas de convidados, de substituir lagosta por pescada e perú por frango, champagne francês por algum espumante de origem nacional, e outras coisas dessas, tomaram a decisão corajosa de... não pôr palitos na mesa. E, claro, de diminuir o pessoal na cozinha e a servir à mesa, e de baixar os salários aos que fossem mesmo indispensáveis depois de toda a flexibilidade de horários!


Aconselhar a diminuição do numero de bicas e não beliscar no rumo da economia é mesmo significativo.


Pelo meu lado, nem bebo café mas considero urgente que se mude o rumo da economia que multiplica milhões nas mãos de uns poucos, e nos trouxe a esta necessidade de aconselhar a poupança... de bicas e palitos!

5 comentários:

jrd disse...

Aí está um Ás(no)da economia. Só lhe faltou mesmo foi recomendar o 'carioca', para poupar no pozinho...

samuel disse...

Às vezes pergunto-me se alguns desses teus "colegas" não serão débeis mentais... mas não! Aquilo é mesmo de propósito e com um propósito.

Abraço.

Maria disse...

Isto tudo está a roçar o ridículo. Lamentavelmente a situação é mesmo grave...

GR disse...

Quando ouço estas bestas a falar/provocar, fico feliz por morar a quase 400km de Lisboa. Se tivesse o azar de passar por um destes iluminados, tenho a certeza que iria logo presa, depois de lhe ir às trombas.
É horrível começarmos a ver tanta fome, tanta tristeza nos rostos, tanto desemprego.
Sobre o 1º parágrafo – mais uma ilegalidade deste desgoverno, talvez a mais grave até hoje.

Bjs,
GR

Graciete Rietsch disse...

Estr país é uma tristeza, pois ainda hoje tive que rebater a "certeza" de um trabalhador que esteve aqui em casa e que me dizia que não há crise nenhuma porque os restaurantes estão cheios e cada vez se vendem mais automóveis de luxo.
Que Fazer Com Esta População?

Um beijo.