A Associação Conquistas da
Revolução tomou conhecimento que na página 264 do livro "PREPARAÇÃO PARA O
EXAME FINAL NACIONAL 2015 - HISTÓRIA-A", editado pela Porto Editora de
autoria de António Antão, com a revisão cientifica de Armando Malheiro da Silva
contem incorrecções graves que denunciamos.
Transcrição da página 264
“…insubordinações e sublevação
geral. É então que, em 25 de Novembro, sob a argumentação de que se estava a
preparar uma tentativa de golpe, animada pela esquerda militar e pelo PCP, um
grupo de militares moderados liderados pelo general Eanes, respondeu com um
contragolpe. Fosse em resposta ou fosse por livre iniciativa, o que aconteceu
em 25 de Novembro foi uma surpreendente e arriscada acção militar contra o
avanço da esquerda radical que acabou por conduzir as forças moderadas ao
poder. Vasco Gonçalves foi demitido e um VI Governo Provisório é entregue a
Pinheiro de Azevedo, politicamente mais moderado.
Era o fim da fase extremista do
processo revolucionário. A revolução regressava aos princípios democráticos e
pluralistas do 25 de Abril, que serão confirmados com a promulgação da
Constituição de 1976.
…”
A clarificação da ACR:
Impõe-se, desde logo, a correcção
duma alteração grave de datas:
O General
Vasco Gonçalves foi exonerado do cargo de Primeiro Ministro do V Governo
Provisório em 12 de Setembro de 1975. A sua passagem compulsiva à situação de
reserva é que é posterior ao 25 de Novembro.
O General
Eanes era, à data do 25 de Novembro de 1975,Tenente-coronel
Impõe-se, ainda dizer o seguinte:
O 25 de Novembro - A história
está mal contada
Que o 25 de Novembro teve como
objectivo travar o processo revolucionário, ninguém tem dúvidas. E, hoje, todos
percebemos bem porquê: porque num país verdadeiramente democrático, onde o povo
é quem mais ordena, os ladrões, os corruptos, os predadores de todos os
matizes, não têm lugar, ou melhor, têm lugar em espaços com grades nas janelas.
Nos poucos mais de quinhentos
dias, anteriores ao 25 de novembro, a maior parte dos quais sob Governos de
Vasco Gonçalves, a revolução portuguesa ergueu todo um edifício democrático de
direitos, construído com os ganhos civilizacionais da Humanidade do final do 3º
quartel do século XX, que a Constituição da República Portuguesa de 1976,
também ela conquista da nossa Revolução, regista.
O 25 de Novembro, não foi o fim
da fase mais extremista da nossa Revolução, foi o início, isso sim, da contra-revolução.
Contra um povo que, embriagado da liberdade e da democracia e envaidecido dos
direitos que durante tantos anos lhe haviam sido negados, facilmente se deixou
enganar, embalar, nos cantos de sereia de uns quantos mentirosos bem falantes,
travestidos de gente, mas no íntimo vendidos e rendidos às ordens do grande
capital nacional e internacional.
Os ditos oficiais moderados,
alguns mesmo sem o saberem, acreditamos, deixaram-se envolver nas manobras mais
torpes das forças contra-revolucionárias da direita revanchista, derrotada no
28 de Setembro e no 11 de Março, traindo os seus próprios camaradas.
Ganharam? Não! Abriram as
portas ao inimigo que paulatinamente os aniquilou também como imprestáveis e
indesejáveis para os seus intentos.
O inimigo, esse sim ganhou e,
hoje, refastelado nos corredores do poder, empanturrado no festim do saque,
escarnece de todos nós.
3 comentários:
Quantas correções como esta serão necessárias para que as gerações mais jovens não comam gato por lebre?A editora referida é quase "dona disto tudo"!!!
Abraço
muito bem corrigido !
Obrigada pela a atenção que dás a todos estes pormenores,pois as pessoas (especialmente os mais novos)quando lêem, para eles passa a
verdade,nem se incomodam a beber
outra fonte.
Felizmente,não são todos os.......!
O 25 de Novembro,foi o înicio de uma polîtica,que sô nao tem sido ainda mais calamitosa,porque temos uma Constituicao Democrâtica.Daî,o ôdio ä mesma,pelos sucessivos governos,desde entao.Gostei muito deste post.Diz muito,em poucas linhas.
Bjo
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