Hoje, a maioria par(a)lamentar impediu que a Assembleia da República se dirigisse a Sua Excelência o Presidente da República. O que deveria ser feito com todo o respeito inter-institucional, por via de carta em que se colocariam as perguntas que a comissão de inquérito relativa ao processo Espírito Santo entenderia de fazer a Sua Excelência face às declarações e epístolas do dr. Ricardo Salgado a essa comissão parlamentar de inquérito. Perguntas e formulação que teriam de ter, claro, conhecimento e apoio da maioria do plenário.
Segundo a dita maioria, contra a proposta e proposição do resto da AdaR, perguntas a Sexa. só os jornalistas... e parece que já são demais para o embaraçar!
O que também achei curioso (é maneira de dizer...) foi ter ouvido um comentador político, dos que viajam comigo no meu carrrito sem me pedirem boleia, ter comentado - como decorre de seu apóstrofo - em termos laudatórios o facto porque "o Presidente da República não responde perante a Assembleia da República".
Ora aqui está uma questão em que a semântica se imiscui na política. Qualquer que seja a formulação constitucional ou a ética inter-institucional, é evidente que o PdaR não responde perante a AdaR... mas quer isso dizer que não se lhe pode perguntar nada?, e ele (perdão, Sexa.) não poderia, caso assim o entendesse no seu alto magistério, responder a perguntas que a AdaR lhe fizesse para seu esclarecimento?
Não se jogue, batoteiramente, com as palavras: responder perante não é o mesmo que eventualmente responder a perguntas respeitosamente formuladas.
Este quiproquó apenas revela o embaraço em que andam as hostes.
2 comentários:
Nós é que andamos com o baraço ao pescoço!
Sua Excelencia sempre teve muita dificuldade de actuar em democracia!Nota-se que o assunto o incomoda bastante.
Bjo
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