- que até me parece que o PdaR tem todas as razões para o que colocou sobre as autonomias no quadro constitucional da República Portuguesa e do papel do Tribunal Constitucional;
- que não tem qualquer razão para a teatralidade de que revestiu esta declaração ao País, sobretudo quando o País tem tanta outra coisa para lhe declarar a ele, como "supremo magistrado da nação" (é assim que se diz?).
quinta-feira, julho 31, 2008
Agora a sério!
É meu dever alertar os visitantes deste blog...
Assim, ficamos todos alertados. Alerta estamos!
1600 milhões de €
Curiosamente, 1,6 mil milhões de euros é o número que acabo de ler noutra página do avante!, no artigo de Pedro Guerreiro, Orelhas moucas...,:
«... que se disponibilizam 1600 milhões de euros(*) para a cessação definitiva, "parcial" ou "temporária" da actividade das embarcações, evidenciando, afinal, que o único e real objectivo é a destruição de grande parte deste sector económico estratégico. (*) - dos quais 600 milhões de euros funcionam como "cenoura", assumindo um carácter de reserva para garantir que o plano de abates se concretiza e tenha o máximo alcance possível.
(...)»
Não tem nada a ver um número com o outro, apesar de serem iguais? Se calhar tem... é o capitalismo!
Um "facto político"
- as autonomias e os seus limites no âmbito nacional;
- a crise do capitalismo, que os bancos reflectem, e não só na "anglo-saxónia" (onde já se nacionalizam bancos!), mas também cá na "santa terrinha" em que os lucros caem 43% e os bancos privados reforçam os seus pedidos de financiamento junto dos bancos centrais (é bom não esquecer que Cavaco tem sensibilidade economista, perdão, financeira).
A "ouver" vamos!
Difícil, difícil...
quarta-feira, julho 30, 2008
Sobre a detenção de Remedios Garcia Albert
Face às notícias vindas a público da detenção da cidadã espanhola Remedios Garcia Albert o Partido Comunista Português:
terça-feira, julho 29, 2008
Materialismo histórico - 15
segunda-feira, julho 28, 2008
... e o direito à saúde?
No Expresso – a que dediquei este meu domingo… – um artigo com título convidativo, Gastos em saúde, despesa ou investimento, por autores credenciados, sobre o “compromisso europeu da Carta de Tallinn”. Li-o, interessado. Reli-o, respigando palavras e frases:
- paradigma
- gastos em investimento na saúde
- monitorizar, gerir…desempenho…eficácia, eficiência
- “permitir que as pessoas permaneçam economicamente activas em idades mais avançadas”
- “custo competitivo da adopção de tecnologias mais avançadas”
- “escolha competitiva dos serviços de saúde”
- sustentabilidade financeira
- capacidade de gerar recursos
- custos crescentes
- equilíbrio entre as despesas e as receitas
- gestão das instituições
- boas práticas
- casos de sucesso
- “… investir em Sistemas de Saúde eficientes é investir na saúde e na prosperidade das populações. Esta visão é um imperativo ético, social e político, reiterada agora ao mais alto nível das iniciativas internacionais em saúde”.
Esta última transcrição é o final do artigo.
Reli melhor ainda. Catando. E não encontrei direito à saúde! E essa referência, sim, seria um imperativo ético, social, político… e constitucional.
Investir, investir, investir... no negócio da doença!
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NB.: a ilustração que acompanha o artigo é excelente(mente) adequada.
Quando se é notícia no dia da morte
domingo, julho 27, 2008
expressamente
Não são raros os amigos e camaradas que me dizem «… o “Expresso?”... já não o leio!” (e onde está expresso podem estar outros títulos).
Como raros não são os que, com ar piedoso-compungido acrescentam “… como é que tu ainda os lês?!” quase como quem critica.
Pois ainda faço mais. Comento-os. Mas só de vez em quando, e não por (a)mor deles. Pelo que eles nos ensinam do tempo que vivemos e do modo como está a ser vivido por aqueles de quem eles… “fazem a cabeça”.
Três apontamentos sobre três vectores fundamentais:
- a crise
Soros (o famoso especulador húngaro) «critica o paradigma vigente do “fundamentalismo” do mercado» e diz que o que está a acontecer «é basicamente o fim de um período de 30 anos de expansão no crédito baseado no dólar como moeda de reserva» (quando, desde 15 de Agosto de 1971, deixou de o ser, isto digo eu…).
E aponta como culpados «alguns dos protagonistas políticos deste período de confiança quase cega nos mecanismos de mercado: Ronald Reagan, Margaret Thatcher (…) eles desenvolveram uma crença forte na magia do mercado» (mas conseguiram, com “ajudas traidoras”, o objectivo: fazer cair uma alternativa no terreno, assim travando, adiando, a derrota do sistema capitalista).
Vale a pena ler também as «palavras de “Maestro”» (do sr. Greenspan, quase duas décadas presidente do FED dos EUA) para se ver a dimensão da crise que o capitalismo está a atravessar e as “saídas” procuradas: «se baixarmos a guarda podemos criar um enorme problema» (diz ele, pouco coincidente com Soros). - a diplomacia económica
Sempre defendemos uma representação nacional adequada ao tempo presente, de interdependência económica (e não só) , e não a diplomacia “à Congresso de Viena do século XIX”. Fizemo-lo, pela primeira vez e vivenciadamente, quando em Junho de 1974 encontrámos, em Geneve, 4 representações de Portugal (com sedes próprias, pessoal de cada uma que se desconhecia, políticas e gastos em quadruplicado). Mas a questão é sempre a mesma: o Estado ao serviço de quem, de que classe? Ler que o inefável ministro da economia se vangloria de ser o ministério e o governo, «uma direcção comercial de luxo», lembra O Manifesto (mas porque é que tanta coisa me está a lembrar O Manifesto?...): «o moderno poder do Estado é apenas uma comissão que administra os negócios de toda a classe burguesa.»
O País é muito mais que os negócios de um grupo, e assemelhar o Governo a uma empresa é a total assunção de um papel de classe. Contra os trabalhadores. - os deputados que dormem
Caricaturar o poder democrático é o contrário de criticar o uso perverso feito da democracia com o fim de a pôr ao serviço de interesses privados.
A democracia não se reduz à vertente institucional, representativa. Esta tem de ser, e só assim é democracia, parte de um todo em que a vertente participativa é imprescindível e preponderante.
A campanha da diminuição de deputados, com o argumento-pretexto de que há eleitos que são maus representantes do povo é o caminho para diminuir o número e a intervenção dos eleitos que não querem perder a sua qualidade de representantes e a sua ligação à vertente participativa, que a querem estimular e reflectir na vertente representativa.
A criação de uma “casta” de “elegíveis”, eleitos por um número cada vez mais desinteressado e reduzido de votantes, é a via para que os executivos, “homologados democraticamente”, sejam conselhos de administração de um poder económico financeiro, cumprindo regras (ou desregras) de uma economia de mercado ideológica, fundamentalista, e ignorando as questões sociais, as gentes, o povo, o que é a raiz e razão da democracia.
sexta-feira, julho 25, 2008
Uma reflexão muito séria...
Viva a morte?
«Viva la Muerte!», era uma das frases utilizadas pelo general fascista Millán Astray para exibir a sua dimensão... humana.
Em 12 de Outubro de 1936, no decorrer de uma sessão na Universidade de Salamanca, Millán Astray enriqueceu a ideia, acrescentando à frase um novo condimento: "Muera la Inteligencia! Viva la Muerte!".
Aí está o que bem poderia ser a palavra-de-ordem do poder capitalista dominante, hoje.
Vem isto a propósito da forma como os jornais portugueses têm tratado os acontecimentos na Colômbia.
Com efeito, lendo-os parece estarmos perante uma tradução adaptada ao tempo actual da frase do fascista espanhol, em que os elogios a Uribe e aos seus homens de mão soam como autênticos gritos de Viva la Muerte! gritados à maneira actual, ou seja, decorados com os habituais enfeites pseudo democráticos - e complementados com a desinformação dos leitores, quer divulgando notícias falsas sobre a realidade colombiana, quer silenciando cuidadosamente os brutais crimes do regime de Uribe.
Por isso aqui ficam mais alguns dados sobre a realidade colombiana nessa matéria, desta vez tirados de um relatório da Amnistia Internacional (AI).
Por seu lado, os grupos paramilitares cometeram 230 assassinatos no mesmo ano de 2007.
Ainda em 2007, estes grupos paramilitares - ligados, como se sabe, ao narcotráfico - "roubaram 4 milhões de hectares de terra a camponeses pobres".
Sempre segundo o relatório da AI, os que se queixam destes crimes à justiça correm sérios riscos, tal como os seus advogados de defesa. Exemplos: Yolanda Isquierdo, advogada de várias famílias vítimas dos paramilitares, foi assassinada no dia 31/1/2007; a advogada Carmen Romaña, que representava vítimas de roubos de terras, foi assassinada a tiro no dia 7/2/2007.
Quanto aos sindicalistas - que Uribe considera serem "elementos subversivos" - são alvos preferenciais da repressão.
Assim, informa a AI, durante as duas últimas décadas, foram assassinados 2. 245 sindicalistas e desapareceram 138 (estes desaparecimentos correspondem, regra geral, a assassinatos) - e 3. 400 sindicalistas estão ameaçados de morte.Mais de 90% destes casos não foram sequer investigados - aliás, segundo a AI, "mais de 40 legisladores são suspeitos de ligação aos paramilitares"...
Eis, em resumo muito resumido e parcial, um retrato do governo de Uribe - que os média portugueses não se cansam de elogiar e apresentar como um exemplo de governo democrático...
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quinta-feira, julho 24, 2008
Isto está bonito, está...
terça-feira, julho 22, 2008
Houve Festa e Alegria... mas é uma tristeza, uma vergonha!
É costume dizer-se que o que não aparece na comunicação social não existiu.
Por isso aqui venho jurar que no último fim-de-semana ocorreu, em Braga, a Festa da Alegria: juro! Estive lá e vi - e comigo milhares de pessoas estiveram lá e viram.
A Festa da Alegria foi o maior acontecimento político-partidário do fim-de-semana. E essa é uma realidade indesmentível - goste-se ou não do PCP e por mais que custe a quem não gosta.
O facto de os média dominantes terem ignorado esse acontecimento não o apaga do mapa das realizações do PCP - mas é bem elucidativo do conceito de informar que vigora nesses média.
Nas televisões foi uma vergonha: nenhum dos canais mostrou uma imagem dos milhares de pessoas que participaram na Festa e assistiram ao comício com o secretário-geral do PCP. Do discurso de Jerónimo de Sousa nada disseram - e no final, fizeram-lhe umas perguntas sobre questões que nada tinham a ver com a sua intervenção...
Nos jornais, foi ainda pior - se é que é possível...
No Jornal de Notícias, no Público e no Correio da Manhã, nem uma linha. No Diário de Notícias... uma linha...
São estes os média que temos. É este o estado a que chegaram: um estado que atingiu um grau extremo de degradação, de podridão, de abjecção.
Materialismo histórico - 14
segunda-feira, julho 21, 2008
Que tristeza!
"classe média" e "classes médias" (adenda)
- (bis) O processo histórico (para tudo dizer das dinâmicas sociais várias), com a assalariação (ou o assalariamento) de largos estratos da população polariza a estratificação social, por efeito da concentração e centralização (e financeirização) do capital, e muito do que hoje se chama "classes médias" são "classe operária e outros trabalhadores" (outra designação que procura adaptar conceitos à realidade sempre em mudança), falsos empresários, trabalhadores aparentemente independentes, recibos verdes e precariedade por fragilização e/ou ausência de explícito vínculo laboral. Mas só o são objectivamente porque, subjectivamente, por ausência de consciência de classe, são – conservadoramente e, por vezes, com formas extremas de reaccionarismo – aspirantes a serem … "classe burguesa". Para isso contribui a campanha ideológica com terminologia que usa e abusa de expressões como “classe média” e “classes médias”.
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adenda à adenda: - (rebis) Isto escrito e transcrito, comentários que entretanto foram feitos no anterior post, levam-me a sublinhar que apenas escrevi o que escrevi como “boas pistas de esclarecimento".
Aliás, O Manifesto é também, entre tantas outras coisas, um exemplo de abertura de caminhos de reflexão e nunca um texto acabado. É, como claramente o foram dizendo os autores, um documento histórico (e datado: 1848!) em que, por isso, não se toca… mas que se corrige e se acrescenta, prefácio a prefácio, documento a documento, em resultado do contínuo estudo e aprofundamento das matérias. Com seriedade e humildade.
"classe média" e "classes médias"
É evidente que ninguém pode exigir rigor conceptual às expressões utilizadas na comunicação corrente. Mas há usos e abusos que não resultam de ausência ou menosprezo desse rigor, mas precisamente de deliberada confusão para alimentar a ideologia dos “poderes” que decretaram (sem o poderem fazer, obviamente) o fim das ideologias.
Sobre as “classes médias”, nos 160 anos da edição de O Manifesto do Partido Comunista, transcrevo dois trechos que julgo boas pistas de esclarecimento, a partir da “leitura” de que há duas classes, a que Marx e Engels chamam burguesia e proletariado, sendo esta criada pela própria burguesia com as relações e o modo de produção que impõe:
- "Os pequenos estados médios (Mittelstände) até aqui, os pequenos industriais, comerciantes e rentiers (em francês no original), os artesãos e camponeses, todas estas classes caem no proletariado, em parte porque o seu pequeno capital não chega para o empreendimento da grande indústria e sucumbe à concorrência dos capitalistas maiores, em parte porque a sua habilidade é desvalorizada por novos modos de produção. Assim, o proletariado recruta-se de todas as classes da população" (pág. 44)
- "Os estados médios (Mittelstände) – o pequeno industrial, o pequeno comerciante, o artesão, o camponês – todos eles combatem a burguesia para assegurar, face ao declínio, a sua existência como estados médios. Não são, pois, revolucionários, mas conservadores." (pág. 46)
- "A burguesia despiu da sua aparência sagrada todas as actividades até aqui veneráveis e consideradas com pia reverência. Transformou o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem de ciência em trabalhadores assalariados pagos por ela." (pág. 39)
domingo, julho 20, 2008
"Primeiras noções de Economia política"
Porque o Banco de Portugal, porque o Estado da Nação, porque o Marx faz 190 anos e o Manifesto 160, porque o materialismo histórico, porque a Colômbia, porque há Festa da Alegria e vai haver A Festa. Porque a luta!
Mas também se (a)posta à toa. Porque à toa se está na vida. Também.
O que faz com que, às vezes, se tenha surpresas em alguns (a)post(a)s. Que apareceram porque se tropeçou em qualquer coisa… e afinal. E afinal essa “qualquer coisa” tem, ou ganhou, surpreendente importância.
No que chamei “arrumações” mas que pouco arrumam, às vezes fico preso a um papel, a uma revista, a um livro. E lá ficam por fazer as arrumações…
Foi o caso deste livro
O livro andava perdido. Escondido. Comecei por o ver como um(a) (a)post(a) interessante para o som-da-tinta. Scaneei-o. Fiz o post. Como uma curiosidade bibliográfica.
Mas, ao fazer a “ficha” – se assim se pode chamar –, a data da edição prendeu-me. 1866. Um ano antes de Marx publicar O Capital. E se já o tinha folheado, com mais cuidado passei as páginas, li algumas atentamente, vi com cuidado algumas palvras do “vocabulário da linguagem económica” que contem. Socialismo, por exemplo. Communismo, por exemplo. Capital, por exemplo.
É um livro datado. E escrito por alguém que, conhecendo outros escritos, ou vivendo as circunstâncias (!) do tempo em que outros escritos se escreviam, toma a posição de apologia da classe ascendente, tratando o sistema capitalista (já então) como o fim da história. Por isso, um livro datado, ahistórico.
Mas um livro muito interessante porque aborda a economia (política) da maneira por que deve ser abordada e hoje tão deliberadamente esquecida.
- a economia como ciência social. “… é de todas as sciencias a que explica mais especialmente a physiologia e a organização da sociedade laboriosa, as necessidades dos homens, e os meios geraes de as satisfazer, os males do corpo social em relação ao trabalho, as causas d’estes males e os remédios, que se lhes podem applicar”.
- a sua universalidade, isto é, a sua necessária acessibilidade ou a desrazão de ser “reserva de saber" de privilegiados. “Há porém sciencias, que não exercem sobre os povos senão uma influência proporcionada ás luzes que elles tem, e que derivam toda a sua efficacia, não dos conhecimentos acccumulados em algumas cabeças excepcionaes, mas dos conhecimentos espalhados por todos os que tem uso da razão. Tais são a Moral, a Hygiene, a Economia política ou social, e a Política, nas nações em que os homens são livres. D’estas sciencias podia Bentham dizer: que tem mais merecimento quem as propaga do que tem quem as adianta” (citando F.Bastiat).
- O papel determinante das necessidades…. “O homem tem necessidades physicas, intellectuaes e moraes” (título do capítulo II); “Todas as necessidades augmentam com a civilisação”.
- … e da dinâmica social para as satisfazer. “O homem satisfaz suas necessidades por meio das riquezas, que produz directamente ou que procura indirectamente pela troca” (título do capítulo III); “A qualidade, que torna as cousas próprias para satisfazer as nossas necessidades chama-se utilidade. Esta utilidade é: natural ou produzida pelos homens. (…) O valor comprehende pois duas cousas: a utilidade e a trocabilidade, isto é, a propriedade de satisfazer alguma necessidade e a de se poder trocar.”
As mangas para que daria este pano…
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Ver post em som-da-tinta.blogspot.com
sábado, julho 19, 2008
Vêm aí as sondagens...
Nesta, a política portuguesa resume-se a maiorias, dois nomes, percentagens a partir de amostras e inquéritos mais ou menos científico-econométricos.
E o nível de descontentamento, de descrença, de desespero das pessoas? Tal sondagem faço-a todos os dias e, às vezes, encontro-me com 250 mil na rua. Querem comentá-la?
Quanto aos resultados referidos… passo!
sexta-feira, julho 18, 2008
Do avante!
Aproveito para uma notícia aos eventuais visitantes: cá vou animando, como sei e posso, os meus dois outros "blogs"; o das ficções docordel, em que meto devaneios e o que me vêm à cabeça, o espaço som-da-tinta - que não quero deixar morrer -, onde coloco "posts" sobre livros, literatura, e coisas dessas, e em que vou contar algo que me parece interessante sobre Bento de Jesus Caraça, por quem tenho uma enorme admiração.
O "horror económico" e os "horrorosos economistas"
quinta-feira, julho 17, 2008
13 notas
- O governador do Banco de Portugal apresentou o relatório de verão.
- VC desde 1974 defende o mesmo e vem fazendo previsões que, independentemente das consequências do que defende e dos consecutivos falhanços nas previsões, não lhe abalam a postura e a reputação.
- VC foi, é bom que se lembre…, várias vezes secretário de Estado e ministro, e (atenção!) secretário-geral do Partido Socialista.
- Apesar do que foi, do que defendeu e do que mal previu, VC é sempre apresentado como autoridade intocável e acima de todas as suspeitas quando todas as suspeitas justifica.
- Este relatório de verão é… assustador, e VC – com o seu ar circunspecto (nunca se viu rir o senhor) – diz como foi, justifica porque não foi como previu, e anuncia, quase ameaça…, com as pragas do Egipto se não se fizer o que ele decreta, se se aumentarem salários, se se diminuírem impostos.
- A situação da economia portuguesa seria, VC dixit, devida à crise internacional, inesperada (para ele e eles), que veio apanhar o País dependente do exterior.
- Mas, pergunta-se: o País está tão dependente do exterior por obra e graça de que senhores?
- Não será em resultado de se terem desvalorizado (nalguns casos até à inacção) os sectores produtivos nacionais?;
- de se ter ignorado, estigmatizado, desmantelado, o papel motor e regulador do Estado, aliás constitucional?;
- de sucessivos governos terem apoiado, estimulado, submetido aos poderes económicos (melhor: financeiros) dominantes?;
- de se ter privilegiado sempre, em prejuízo do consumo interno, a vertente exportadora, isto é, o consumo externo de que o País ficou dependente?;
- de se ter – tudo ligado! – desprezado o efeito alavanca da economia de níveis salariais capazes de criarem um consumo interno (sem ser através da ilusória e panaceica compensação do crédito bancário hipotecador do futuro), sempre considerando os salários exclusivamente como custos em termos de competitividade para mercados exteriores?
Por aqui me fico! Por agora...
quarta-feira, julho 16, 2008
O horror... onde a selva?!
“Lamentamos informarle al movimiento social y a la opinión pública nacional e internacional que el día de hoy, martes 15 julio, se conoció oficialmente de la aparición en la ciudad de Ibagué, del cuerpo sin vida del compañero Guillermo Rivera Fúquene, dirigente sindical y político, desaparecido el pasado 22 de abril en la ciudad de Bogotá” asegura en un comunicado público.
terça-feira, julho 15, 2008
o "horror económico"
Senhora Presidente, Rimbaud falou do pobre turista ingénuo que, indiferente aos horrores económicos, tremia à passagem de cavalgadas e hordas. Turista não sou, ingénuo já deixei de ser, em nada me é indiferente o horror económico, de que Viviane Forrester fez o título de um livro que é um libelo.
Nós, eleitos pelos nossos concidadãos para defender o interesse público, não podemos aceitar que não haja critérios diferentes para o que é – e com toda a legitimidade – o interesse privado e para o que é o interesse público. Como perguntava Forrester deixará de ser útil a vida do que não dá lucro aos lucros?
Como é evidente, e não obstante a compreensão para quem não encontra saídas senão no pragmatismo e para quem acha que deixou de haver almoços grátis, não aceito estas engenharias financeiras, recuso este caminho e votarei contra.
Por princípio! E basta.
Materialismo histórico - 13 (formação social)
Tudo isto se irá vendo, passo a passo. Para este “episódio” apenas fica o gráfico retirado do livro citado de Lange, em que se deram ligeiros retoques(*) (do “trabalhão” que deram os outros gráficos não se fala…). Estaremos numa paragem ou apeadeiro… O facto de hoje ser 15 de Julho justificá-lo-á. As férias impõem outro ritmo. Não que nós, autor destes “atrevimentos”, as tenhamos – agora… – mas o caminho tem pouco sentido sem a participação que as férias não facilitam. Se não houver propostas (ou protestos), vão sendo colocados – mas só às 3ªs. – “posts” para não se perder de todo a embalagem, e só depois da Festa (sabem qual é, não sabem?!) se voltará às duas “postagens” semanais. Isto se não houver reclamações (há livro de)...
sexta-feira, julho 11, 2008
É um sindicalista...
Comunicado do Polo Democrático Alternativo
El Comité Ejecutivo Distrital del Polo Democrático Alternativo, reitera públicamente su rechazo por la Desaparición Forzada del compañero Guillermo Rivera Fuquene, dirigente sindical de la Contraloría Distrital y afiliado al PDA, ocurrida el pasado 22 de abril en el barrio el Tunal de la Capital de la República.
Los hechos demuestran que contrario a la propaganda oficial continúan sin existir las garantías suficientes por parte del Estado para ejercer los derechos constitucionales a la vida, la libertad, la organización y la participación sindical y política de los militantes de la oposición en el país. La desaparición del compañero Guillermo Rivera ocurre en un contexto de agudización de la crisis política nacional, en la cual se mantienen y recrudecen estas agresiones directas contra líderes sociales en varias localidades y sectores de Bogotá específicamente.
Es muy preocupante que a un mes de la desaparición de Guillermo Rivera, la efectividad de los mecanismos de búsqueda institucionales sea nula y prime en ellos la decidía y la burocracia a favor de los asesinos y la impunidad.
Los indicios existentes – un testigo y grabaciones de video – conducen a señalar a unidades de la Policía Metropolitana de Bogotá como los responsables del hecho, situación de alta gravedad que exige del Gobierno Nacional y del Gobierno Distrital un pronunciamiento y una acción contundente que castigue a los responsables y ayude a recuperar con vida a Guillermo Rivera.
La dirección Ejecutiva del PDA en el Distrito Capital hace un llamado urgente a la dirección nacional del Partido, a todas sus estructuras locales, a los representantes electos – Alcalde Mayor, Concejales y ediles –, a las organizaciones sindicales y al movimiento de Derechos Humanos nacional e internacional, para que redoblemos las acciones de denuncia ante este hecho y no permitamos que el terrorismo de Estado apague otra vida de un militante del movimiento sindical y de nuestra organización.
COMITÉ EJECUTIVO DISTRITAL – PDA
(consultar também Google)
3 notas de rescaldo
De um comentário: «A exibição do irrisório, do ridículo, do enfatuado, em contraponto com a procura (cansada, a faltar paciência...) de verdadeiro debate sobre o estado em que estamos. Os truques simplórios, baixos, de nos "fazerem parvos": chamar direita à direita para que, fazendo o papel da direita, se auto-colar a etiqueta de esquerda, carimbar de sectários os consequentes vangloriando-se de uma modernidade que não é mais que o serviço aos poderosos (financeiros), criar artificiais conflitos com base em indignações espúrias que escondam "pontes" para outras margens. Uma tristeza, um nojo.»- Governo honesto, dit-il? É um governo honesto o que se permite usar estratagemas como aquele dos exames para a estatística? Um escândalo, uma vergonha. E a fazerem-nos “passar por parvos”.
- De um comentário: «há que sublinhar que o "debate" não foi só "aquilo". Se tivesse sido apenas "aquilo" que nos causticou não valeria a pena termos lá quem lá conseguimos meter para nos representar! E há que dar força àqueles sacrificados... dizer-lhes que vale a pena lá estarem!» E agradecer-lhes o sacrifício!
Materialismo histórico - 12 (consciência social)
Acontece que, para este passo, comecei por me socorrer de Economia Política, de Oskar Lange, e, depois de ter encontrado a edição portuguesa[1], por acaso tropecei na edição francesa que responsabilizo por muito da minha formação e onde me apoiei para as primeiras tentativas de contribuir para formação de outros[2].
Nela fui alertado para a necessidade de, no estudo de uma vertente da multímoda realidade, não nos acantonarmos. Nela aprendi a importância das relações sociais que não são relações económicas, cujo vínculo social se modela por intermédio de coisas–ser humano->coisa<-ser humano–, das relações que decorrem da acção directa e recíproca entre seres humanos.
São as relações sociais decorrentes, por exemplo, da vida familiar, de costumes e princípios morais existentes, de relações de vida em sociedade, em resumo. Os seres humanos estão conscientes dessas relações, da acção e influência que exercem uns sobre os outros mas, em contrapartida, não estão geralmente conscientes das relações económicas, das que têm as coisas por intermediário, e geralmente tomam-nas como relações com as coisas. Não se tem consciência que se troca tempo de trabalho por tempo de trabalho de outros, e julga-se que ele é trocado por dinheiro… e este por coisas.
Nos domínios e nos momentos em que os seres humanos tomam consciência das relações sociais nascem ideias (e ideologias), que representam a forma sob a qual se adquire essa consciência.
Designa-se por consciência social[3] o conjunto das ideias e das posições e atitudes psíquicas sociais.
_________________________________________
[1] - Prelo Editora, Biblioteca de Economia, nº 30, 1979
[2] - ... e a que estou ligado afectivamente pois foi oferta de colegas e camaradas, que comigo trabalhavam na Siderurgia Nacional… em 1962!
[3] - cada expressão, como se chegou a ela, diferentes e justificadas designações, dariam para largas considerações... dariam para semestres.
quinta-feira, julho 10, 2008
Adenda
O estado em que está a Nação
quarta-feira, julho 09, 2008
Atenção!
"(...)
terça-feira, julho 08, 2008
Materialismo histórico - 11 (modo de produção)
Num quadro de relações sociais de produção, as forças produtivas vão colhendo na e transformando a natureza para que sejam satisfeitas as necessidades, cada vez mais sociais, dos seres humanos.
Ao conjunto formado pelas forças produtivas, sempre em desenvolvimento, e pelas relações sociais de produção, chama-se modo de produção.
O modo de produção – modo de obtenção dos meios de existência indispensáveis à satisfação das necessidades sociais – é o conjunto de relações objectivas entrelaçadas pelos seres humanos na produção social da sua vida material.
O modo de produção é, evidentemente, social. Sem as forças produtivas, que são sociais, não haveria produção, e é o estádio das relações sociais de produção que determina o modo como se produz. A partir desse modo de produção, correspondente ao desenvolvimento das forças produtivas, se distribui o produzido por forma a satisfazer as necessidades sociais.
O trigo com que se faz o pão foi produzido por agricultores em trabalho manual e feito farinha nos moinhos de vento em relações sociais de produção muito diferentes daquelas em que foi (e é) produzido e moído em grandes explorações agrícolas e industriais, com recurso a sofisticados instrumentos de trabalho.
É o modo de produção que, segundo Marx, “condiciona o modo de vida social, política e intelectual em geral”.
- a técnica de produzir, resultante das forças produtivas,
- e as relações sociais em que se produz, mormente as questões de propriedade das forças produtivas e de apropriação do produzido.
segunda-feira, julho 07, 2008
Ideias (à) solta s...
Ele há a classe para si (os sindicatos... de classe).
Ele há a classe consciente de si (a vanguarda, o partido).
domingo, julho 06, 2008
Vale mais (aparentemente) só que mal acompanhado
Por isso apresentamos um voto de congratulação com esse facto que é de toda a justiça que a Assembleia da República assinale.
No meio da viagem
sexta-feira, julho 04, 2008
Materialismo histórico - 10 (relações de produção)
De mão em mão, som a som, traço a traço. Gesto a gesto, palavra a palavra, gravura a gravura. Quando o som em palavra se tornou, quando o traço se fez escrita.
Também corpo a corpo, em luta com quem se disputava o mesmo alimento, o mesmo espaço, o mesmo meio.
Assim se foram entretecendo relações. Relações sociais de produção. Que são o conjunto de relações que se estabelecem entre os seres humanos quando produzem (e reproduzem) a vida material, por intermédio dos objectos materiais que servem para satisfazer as necessidades sociais, sendo o trabalho o “cimento” dessas relações.
Para produzir os bens materiais, os seres humanos estabelecem determinadas relações pois as forças produtivas (onde se inclui a força de trabalho) não podem ser empregues produtivamente a não ser no quadro de relações sociais.
As relações de produção podem ser de cooperação e entreajuda ou de domínio e subordinação. De cooperação e entreajuda foram-no nas comunidades primitivas e sê-lo-ão no socialismo e no comunismo; sendo ainda de cooperação e entreajuda entre quem trabalha mas num quadro de domínio e subordinação quando e enquanto as sociedades estão divididas em classes (os escravos que são meio de produção e propriedade dos “patrícios” romanos e outros senhores, os servos da gleba ligados à terra que trabalham e que têm os seus senhores, os operários que são obrigados a vender a sua força de trabalho aos proprietários dos instrumentos e objectos de trabalho).
O que determina o carácter das relações de produção é a forma de propriedade dos meios de produção.
As relações de produção compreendem três elementos entre-ligados:
i) os tipos de propriedade dos meios de produção, ii) a posição dos diferentes grupos sociais na produção, iii) a forma de repartição dos bens produzidos.
As relações de produção agem sobre as forças produtivas, independentemente destas se desenvolverem incessantemente. Tanto podem favorecer esse desenvolvimento como o podem travar. É a chamada lei da correspondência necessária.
(*) – Vitral, foto de João Santiago
quinta-feira, julho 03, 2008
Acelerar a procura da paz
Por Jaime Caycedo
Fueron liberados, aparte la ex candidata presidencial, las siguientes personas:
Thomas Howes, Keith Stansell y Marc Gonsalves, contratistas estadounidenses del Pentágono, capturados el 13 de marzo de 2003, cuando adelantaban labores de espionaje en el marco del Plan Colombia. Además, Juan Carlos Bermeo y Raimundo Malagón, tenientes del Ejército; Erasmo Romero, José Ricardo Marulanda, sargentos segundos del Ejército; William Pérez, José Miguel Arteaga y Armando Flórez, cabos primeros del Ejército. Vaney Rodríguez, teniente de la Policía. Jairo Durán, y Julio Buitrago, cabos primeros de la Policía. Armando Castellanos, subintendente de la Policía.
El gobierno colombiano ha presentado la operación como un triunfo militar en la política de guerra contrainsurgente del gobierno. De hecho, la operación implicó acciones de inteligencia e infiltración que permitieron comprometer, mediante simulación, a los guardianes de los rehenes. Jugosas recompensas para estimular las deserciones dentro de la propia guerrilla se anuncian permanentemente por los medios de comunicación y bombardeos de propaganda en las zonas de conflicto. No se descartan intercepciones de comunicaciones con la mediación satelital del Comando Sur de los Estados Unidos. El rescate coincide con el momento en que el candidato de Bush a la presidencia culminaba una visita a Colombia.
Debe recordarse que los gobiernos de Francia y Suiza habían enviado, desde hace varios días, contactos destinados a liberar a varias de las personas. Los movimientos de los cautivos, que provenían de tres grupos diferentes dispersos en la selva, indican que, efectivamente, estaban en proceso de ser reunidos, quizás en el contexto de las prometidas liberaciones.
Para Uribe este suceso representa un alivio en medio de la crisis política desatada por los procesos que adelanta la Corte Suprema de Justicia contra parlamentarios cercanos al gobierno y la ex parlamentaria Yidis Medina, condenada por el delito confeso de cohecho, que determinó la mayoría de votos mediante el que fue posible la reelección de Álvaro Uribe, en las elecciones de 2006. Uribe ha planteado convocar un referendo para ratificar su legitimidad. Al mismo tiempo, se sabe que su objetivo es una nueva reforma constitucional que le permita reelegirse en 2010.
La natural alegría por el logro alcanzado, no oculta el que permanecen retenidos otros rehenes. Es claro que se trata de un revés pero no de una derrota de las FARC. El éxito alcanzado por las fuerzas oficiales no descalifica la necesidad del acuerdo humanitario, que puede ser un paso importante en la búsqueda de una salida política negociada del prolongado conflicto interno colombiano. En ese sentido debe continuar la presión nacional e internacional para alcanzar la paz democrática, con justicia social y soberanía.
A reunião do CC do PCP no seu contexto
Os temas da reunião foram a gravidade da situação económica e social, foram a situação internacional, com destaque para o não irlandês, foi a vida e organização do Partido, foi a preparação do XVIIIº Congresso.
Que a situação económica e social é grave parece ser sentido por todos os portugueses, particularmente os trabalhadores mas também por todo o resto da população, nomeadamente os pequenos e médios agricultores e empresários. Só não a sentirão uma minoria de figuras (melhor se diria de “figurões”) que aumentam escandalosamente os seus réditos, em retribuição dos serviços que prestam às grandes empresas e grupos transnacionais.
Que o não irlandês tem uma consequência que se procura escamotear é incontroverso. Até para o presidente polaco… apesar de se pretender calar essa inevitabilidade cobrindo-a de batotas e expedientes.
Quanto à vida e organização do Partido e à preparação do XVIIIº Congresso muito ingénuo seria esperar que tais temas pudessem servir para outra coisa que não fosse para… desinformar, até se chegando ao ridículo de “recuperar” temas velhos e revelhos mas que se esperarão esquecidos, ou que, de tão repisados, passem por “novidade” e “verdade”.
Pelo meu lado, não resisto a referir 4 aspectos que, sobre a gravidade da situação económica e social, quis levar ao debate, com a intenção de reforçar argumentos que ajudem a transformar descontentamento e sofrimento e desespero em tomada de consciência e disposição de luta:
1. os salários não são só um custo para as empresas e o funcionamento da economia, a partir de critérios de competitividade, os salários são, sobretudo, o rendimento dos trabalhadores por venderem a sua força de trabalho;
2. o desemprego é, cada vez mais, o stock da mercadoria força de trabalho, variável estratégica do capitalismo;
3. a demencial escalada do crédito, para compensar os baixos salários face à promoção de tantas novas e algumas artificiais necessidades e de chamados produtos financeiros, está na origem de gravíssimas situações pessoais e familiares, algumas em vésperas de explosão;
4. o ataque à centenária conquista dos limites e regras dos horários de trabalho provoca inaceitável retrocesso civilizacional, humanitário, pois, como dizia Marx, sem o constrangimento das horas de trabalho se recua da exploração a partir dos mecanismos da compra da mercadoria força de trabalho e apropriação da mais-valia para o uso do homem e de todo o seu tempo de vida como força produtiva mercantil, isto é, escravo!
quarta-feira, julho 02, 2008
A pretexto da reunião do Comité Central do PCP
Domingo e segunda-feira reuniu-se o CC do PCP. Como é habitual, o secretário-geral teve um encontro com a imprensa no final da reunião, para dar conta dos trabalhos e decisões tomadas. A comunicação social de referência (signifique isto o que significar) esteve presente e deu notícia. A partir dos seus “critérios jornalísticos”.
Que o CC tenha avaliado e debatido a gravidade da situação económica e social que aflige os portugueses, que tenha responsabilizado por essa gravidade instituições e políticas – o governo português e o seu Código Laboral, o Banco Central Europeu e a sua determinação autista de tudo submeter ao ataque à inflação e à manipulação em subida das taxas de juro –, que tenha proposto medidas – como a de alternativas ao que de pior tem o dito Código e sobre a discussão pública a que o governo é obrigado, de se utilizar a instituição pública Caixa Geral dos Depósitos para intervir no “mercado bancário” e minorar os efeitos sobre as famílias portuguesas das decisões do BCE, ou as que dariam continuidades a outras já propostas na AR. –, que tenha alertado para os perigos da escalada militarista, que tenha tomado outras decisões que, eventualmente, interessariam os portugueses, tudo isso não vale nada. Para os referidos “critérios jornalísticos” apenas interessa saber e informar se o PCP exclui o BE e Manuel Alegre da luta em que está comprometido – o que não foi questão debatida, e muito menos decisão tomada... mas que deve ser o que mais interessa o povo português... –, qual será o método de voto para escolher o Comité Central no Congresso – que não foi discutido e sabido que é que no último Congresso se respeitaram as obrigações legais, independentemente do desacordo com elas... mas conhecimento de que também deve estar suspensa a opinião pública portuguesa.
Como “bónus”, aproveitou-se a reunião e respectiva “informação” para recuperar o tema das FARC na Festa do Avante!, já mais que esclarecida mas sempre aproveitada a partir do que se sabe ser mentira... e informação de que deve estar à espera quem teria, eventualmente, a intenção de comprar a Entrada Permanente (EP) para Festa.
Tudo serve de pretexto para uma única coisa: atacar o PCP. Nunca para informar sobre o PCP!