No Partido Comunista Português, os Congressos são as suas reuniões magnas, em que os militantes debatem durante meses qual deverá ser a posição do colectivo, em plenário de representantes eleitos, relativamente aos Estatutos e Programa Político em vigor, se prepara uma Declaração Política, se escolhem os militantes a propor para compor o próximo Comité Central. No intervalo entre Congressos, as reuniões do Comité Central são as mais importantes para o acompanhamento da situação económica e social e para as posições a tomar pelo Partido enquanto tal, e pelos seus organismos executivos.
Domingo e segunda-feira reuniu-se o CC do PCP. Como é habitual, o secretário-geral teve um encontro com a imprensa no final da reunião, para dar conta dos trabalhos e decisões tomadas. A comunicação social de referência (signifique isto o que significar) esteve presente e deu notícia. A partir dos seus “critérios jornalísticos”.
Que o CC tenha avaliado e debatido a gravidade da situação económica e social que aflige os portugueses, que tenha responsabilizado por essa gravidade instituições e políticas – o governo português e o seu Código Laboral, o Banco Central Europeu e a sua determinação autista de tudo submeter ao ataque à inflação e à manipulação em subida das taxas de juro –, que tenha proposto medidas – como a de alternativas ao que de pior tem o dito Código e sobre a discussão pública a que o governo é obrigado, de se utilizar a instituição pública Caixa Geral dos Depósitos para intervir no “mercado bancário” e minorar os efeitos sobre as famílias portuguesas das decisões do BCE, ou as que dariam continuidades a outras já propostas na AR. –, que tenha alertado para os perigos da escalada militarista, que tenha tomado outras decisões que, eventualmente, interessariam os portugueses, tudo isso não vale nada. Para os referidos “critérios jornalísticos” apenas interessa saber e informar se o PCP exclui o BE e Manuel Alegre da luta em que está comprometido – o que não foi questão debatida, e muito menos decisão tomada... mas que deve ser o que mais interessa o povo português... –, qual será o método de voto para escolher o Comité Central no Congresso – que não foi discutido e sabido que é que no último Congresso se respeitaram as obrigações legais, independentemente do desacordo com elas... mas conhecimento de que também deve estar suspensa a opinião pública portuguesa.
Como “bónus”, aproveitou-se a reunião e respectiva “informação” para recuperar o tema das FARC na Festa do Avante!, já mais que esclarecida mas sempre aproveitada a partir do que se sabe ser mentira... e informação de que deve estar à espera quem teria, eventualmente, a intenção de comprar a Entrada Permanente (EP) para Festa.
Tudo serve de pretexto para uma única coisa: atacar o PCP. Nunca para informar sobre o PCP!
Domingo e segunda-feira reuniu-se o CC do PCP. Como é habitual, o secretário-geral teve um encontro com a imprensa no final da reunião, para dar conta dos trabalhos e decisões tomadas. A comunicação social de referência (signifique isto o que significar) esteve presente e deu notícia. A partir dos seus “critérios jornalísticos”.
Que o CC tenha avaliado e debatido a gravidade da situação económica e social que aflige os portugueses, que tenha responsabilizado por essa gravidade instituições e políticas – o governo português e o seu Código Laboral, o Banco Central Europeu e a sua determinação autista de tudo submeter ao ataque à inflação e à manipulação em subida das taxas de juro –, que tenha proposto medidas – como a de alternativas ao que de pior tem o dito Código e sobre a discussão pública a que o governo é obrigado, de se utilizar a instituição pública Caixa Geral dos Depósitos para intervir no “mercado bancário” e minorar os efeitos sobre as famílias portuguesas das decisões do BCE, ou as que dariam continuidades a outras já propostas na AR. –, que tenha alertado para os perigos da escalada militarista, que tenha tomado outras decisões que, eventualmente, interessariam os portugueses, tudo isso não vale nada. Para os referidos “critérios jornalísticos” apenas interessa saber e informar se o PCP exclui o BE e Manuel Alegre da luta em que está comprometido – o que não foi questão debatida, e muito menos decisão tomada... mas que deve ser o que mais interessa o povo português... –, qual será o método de voto para escolher o Comité Central no Congresso – que não foi discutido e sabido que é que no último Congresso se respeitaram as obrigações legais, independentemente do desacordo com elas... mas conhecimento de que também deve estar suspensa a opinião pública portuguesa.
Como “bónus”, aproveitou-se a reunião e respectiva “informação” para recuperar o tema das FARC na Festa do Avante!, já mais que esclarecida mas sempre aproveitada a partir do que se sabe ser mentira... e informação de que deve estar à espera quem teria, eventualmente, a intenção de comprar a Entrada Permanente (EP) para Festa.
Tudo serve de pretexto para uma única coisa: atacar o PCP. Nunca para informar sobre o PCP!
continua
16 comentários:
Será que seria perigoso, alimentarmos o jogo deles usando o antídoto?
Para tal teríamos que pensar numa comissão específica para falar á comunicação social, do tipo, nem sim nem não, talvez, possivelmente, estmos a pensar que,a vossa ideia parece viavel,mas vamos ver!
Simular uma certa fragilidade, viajar ás curvas em vez de linha reta!
Ài que lá vem chumbo!!
É a comunicação social dominante em acção - essa mesma, a que é propriedade do grande capital...
Abraço amigo.
A impunidade do BEs acabou! Agora, meterem-se com O GLORIOSO vai mesmo doer...
http://anti-trollurbano.blogspot.com/
Usemos e abusemos da internet para dizer a verdade! Enquanto for relativamente livre.
Abraço
Mide
Jornais de referência ou de "deferência" para com os donos?
Infelizmente só uma palavra para classificar o que diz a com. social sobre o PCP: naturalmente!
... e já agora uma frase que leio por aqui e de que gosto: é a luta de classes!
Um abraço
Pedagogia política em acção. Cinco estrelas. Escusado será dizer que o vou «gamar» para o colocar no Zero de conduta como resposta a um post deles...
INGRID BETANCOURT. Após seis anos de cativeiro, Ingrid Betancourt foi libertada das FARC juntamente com outros reféns sequestrados pelos narcotraficantes ideológicos. Em Dezembro do último ano, Betancourt disse que todos viviam como mortos nos confins da selva colombiana. As FARC roubaram-lhe seis anos de vida mas não a derrotaram. Nem a Ingrid nem a todos os que não cedem a maniqueísmos históricos para justificar a acção daquela organização terrorista. Porque é a prática das FARC que justifica essa catalogação. Se não estivessem na famosa lista da União Europeia e dos EUA, não seria por isso que as FARC não deixariam de ter uma prática terrorista: sequestros, roubos, extorsão, violência generalizada para subverter a ordem de um Estado, concorde-se ou não com quem foi eleito para o dirigir, sob uma amálgama de princípios legitimadores da sua existência à luz daquilo que foram as guerrilhas latino-americanos nas décadas de 1960-1970. Hoje, as FARC não passam de um anacronismo sem sentido cuja acção tem uma dimensão simplesmente criminosa. De resto, ao contrário daqueles que subestimam permanentemente o princípio que subjaz à regulação democrática de uma sociedade, por mais complexidades que ela tenha, é a própria Ingrid Betancourt que o esclarece: «Os colombianos elegeram Álvaro Uribe, não elegeram as FARC». É isso que faz, também, toda a diferença. A experiência trágica de Ingrid ficará como mais uma memória da linha que separa aqueles disputam as alternativas políticas em democracia contra todos os que justificam as acções mais criminosas e a capitulação democrática em nome dessa alternativa. Tantas décadas depois de 1917, é triste que isso ainda seja um critério -- o critério -- de diferenciação entre as esquerdas. É que perante o sequestro de Ingrid e a vertigem totalitária das FARC, a esquerda democrática manteve-se onde sempre esteve. A outra, infelizmente, também.
Sobre isto não se prenuncia o PCP.
Tem mais em que pensar....
Que é que se há-de fazer?!...
Ter paciência.
E as portas e as janelas abertas. Como as bocas de alguns que à falta de moscas para entrar, só deixam sair asneiras.
Cá os vamos aturando!
-Este anónimo cobardolas das 14:20 e 15:53, adora assobiar para o lado e chutar para canto quanto ao desastre provocado pelas politicas levadas a cabo pelos pilitiqueiros seus comparsas.
-
-Proponho que o passe-mos a designar por cobardolas quando nos referir-mos a este tipo.
a.ferreira
A verdade dói não é?
Nunca li nenhum comentário de "anónimos cobardolas" preocupado com a acção dos EUA e a violação dos direitos humanos na sua base militar em Guantanamo.
bjs
Alguém me esclarece como é que o PCP se pode "prenunciar"?
A verdade dói?
É verdade! Dói muito a quem vive na mentira. Não é verdade, seus anónimos cabardolas?
Olarilas.
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