domingo, novembro 27, 2011

A nada sou indiferente...

... muito menos à Raiz e ao Carlos Paredes


... e à Gente da Nossa Terra e à Mariza


... talvez, menos que tudo, ao que somos em Cesário Verde

Nas nossas ruas, ao anoitecer,
há tal soturnidade, há tal melancolia,
que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia,
despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

(primeira quadra do poema
Sentimento dum Ocidental)

Será este o nosso fado?

6 comentários:

Justine disse...

Também gosto muito - de tudo!

samuel disse...

Como digo (mais logo), parabéns a (quase) todos! :-)))

Abraço.

cid simoes disse...

"despertam-me um desejo absurdo de sofrer." Gosto muito do Cesário mas incomoda-me este sentimento "mesmo absurdo" de sofrer. Transparece uma certa resignação.

Sérgio Ribeiro disse...

Justine - fado sentido...

samuel - ... aos que merecem... que são poucos (quase)>:-)

cid simões - será um fado... mas, lá mais para diante está um outro desejo (ainda que também) absurdo:
Se eu não morresse, nunca! E eternamente/buscasse e conseguisse a perfeição das coisas.

Um beijo e dois abraços (por agora)

Rogério G.V. Pereira disse...

...e os fados que nos cantam?

Graciete Rietsch disse...

Este fado da Marisa é muito lindo. Arrepiou-me.
Quanto ao Carlos Paredes, nem falo. É um génio!!!
E o Cesário Verde,outro génio. Quem sabe se o se seu "desejo absurdo de sofrer" não contém muita raiva e não rdsignação?

Um beijo.