segunda-feira, julho 23, 2012

"Os Grupos Económicos e o desenvolvimento em Portugal..." doutoramento de Eugénio Rosa

O meu colega e camarada Eugénio Rosa (ER) prestou provas de doutoramento no ISEG-UTL. Segundo um ESCLARECIMENTO iNICIAL, incluído num conjunto de diapositivos que um camarada e amigo me fez chegar por e-mail, resume ER:

Dispositivo 2
ESCLARECIMENTO INICIAL
«No dia 19 de Julho de 2012, como no inicio do mês informei (e.mail) todos os que recebem os meus estudos (e quero agradecer aos muitos que estiveram presentes), prestei provas de doutoramento sobre “GRUPOS ECONÓMICOS E DESENVOLVIMENTO EM PORTUGAL NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO” no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa.
O Júri era presidido pelo Prof. Doutor José António Correia Pereirinha e constituído também pelos Prof. Doutores João Ferreira do Amaral, Ilona Kovácks, Manuel Lisboa, Joaquim Ramos Silva e Paula Dias Urze.
A classificação atribuída pelo júri à minha dissertação foi a de “MUITO BOM, COM DISTINÇÃO “ por unanimidade.
Estes “slides” são alguns dos que utilizei para apresentar os resultados mais importantes de 4 anos de investigação sobre os Grupos Económicos em Portugal.
É evidente que a tese com 521 páginas, que tenciono publicar brevemente em livro, e que analisa com profundidade cada um dos 44 grupos económicos investigados sobre diversos aspectos (poder de mercado, estrutura societária, estratégias adoptadas, ligações com o poder politico – contém uma lista de 112 ex-governantes que ocuparam ou ocupam cargos de administração nos grupos económicos – domínio de cada um dos grupos por capital estrangeiro, participações cruzadas, pessoas singulares com participações nos grupos económicos, etc., etc.), não é possível resumir em 28 “slides”, no entanto os slides que divulgo contem dados que nos parecem suficientes para dar uma ideia clara do grau de domínio da economia e da sociedade portuguesa e do poder politico em Portugal pelos grupos económicos, e do condicionamento do crescimento económico e do desenvolvimento do País por eles.
Respondendo a um desafio feito pelo presidente do júri, Prof. Doutor José Pereirinha, é minha intenção continuar no futuro a investigação sobre os Grupos Económicos porque existem ainda muitas áreas a completar e a aprofundar, e sem os conhecer não é possível compreender o que está a acontecer em Portugal e encontrar as soluções adequadas para os problemas nacionais, e não existe investigação nesta área no país.»

Desse conjunto de “slides” retirei 4 para ilustrar a relevância do estudo de ER e assinalar o acto que, não culminando ou terminando o seu trabalho, é um significativo “ponto de passagem”.

Diapositivo 1
Diapositivo 3
«A PERGUNTA QUE PROCUREI RESPONDER
COM 4 ANOS DE INVESTIGAÇÃO
SOBRE GRUPOS ECONÓMICOS
1. Qual é o tipo de associação que existe entre grupos económicos, o crescimento económico e o desenvolvimento em Portugal?
2. Serão os grupos económicos um factor de crescimento económico e de desenvolvimento ou, pelo contrário, serão um factor gerador de desigualdades sociais e regionais e, eventualmente, um obstáculo ao crescimento económico e ao desenvolvimento sustentado e equilibrado do país?
3. E tudo isto no contexto da globalização, já que não existe um grupo económico importante que não esteja ligado ou mesmo integrado no actual processo de globalização e que não seja condicionado por ele.»

Diapositivo 10

Diapositivo 29
«PARA TERMINAR, 4 CONCLUSÕES FINAIS
QUE CONDENSAM AS ANTERIORES
E QUE RESULTAM DA INVESTIGAÇÃO
1. A lógica de funcionamento dos grupos económicos é global e orientada pelo objectivo de criação de valor para os accionistas, o que determina que os objectivos de crescimento económico e de desenvolvimento equilibrado e sustentado do país são inevitavelmente secundarizados (os efeitos positivos são colaterais).
2. O Estado só tem possibilidades de ter um papel activo na promoção do crescimento económico e do desenvolvimento se tiver nos sectores estratégicos – financeiro, energia, comunicações, etc. – empresas públicas importantes e com capacidade para terem uma acção determinante, e integradas num plano de desenvolvimento com objectivos claros e metas que responsabilizem os seus gestores , o que nunca aconteceu.
3. Um Estado fraco, que resulta do seu afastamento da economia, gera necessariamente organismos regulatórios fracos que ficam rapidamente reféns dos grupos económicos.
4. Entidades internacionais com poderes regulatórios são complementares mas nunca poderão substituir os Estados nacionais na função promover o crescimento e o desenvolvimento equilibrado e sustentado do país.»

Sauda-se o Doutor Eugénio Rosa,
com a certeza da continuação de BOM TRABALHO!


3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

O trabalho do Doutor Eugénio Rosa representa , quanto a mim, o que deve ser um doutoramento.
Não falo no conteúdo porque nem o conheço nem para isso tenho categoria. Falo na estrutura. O próprio Doutor Eugénio Rosa disse que o seu trabalho é para continuar. Um doutoramento não deve ser um trabalho acabado. Deve abrir portas para mais investigação, que é o que ele fará.
Parabéns Doutor Eugénio Rosa.

Um beijo, camarada Sérgio.

José Rodrigues disse...

Já tinha dado os parabéns ao E.R.Mas o trabalho que estes camaradas[ER,SR,etc.] desenvolvem,é,acima de tudo,uma grande ajuda para os trabalhadores e outras camadas do povo,tomarem consciencia da sua condição de explorados,para com a sua/nossa organização e luta,transformar o mundo imundo e bárbaro em que estamos mergulhados!
Bem hajam!A luta Continua.

doutoramento disse...

obrigado por esta publicação!!