Acabei de ouvir na TV a noticia de que a drª Berta Cabral será a nova
Secretária de Estado da Defesa. Como é do conhecimento geral, aqui nos Açores,
conheço bem Berta e sempre mantive e mantenho com ela um relacionamento pessoal
cordial e mutuamente respeitoso. Talvez por isso esta noticia espantou-me mais
do que seria normal. Ocorreram-me logo duas perguntas ao ouvir a noticia: Porque
que é que Berta Cabral foi convidada para um cargo governativo numa área que
ela, de todo em todo, não conhece? Porque é que Berta, sabendo que nada conhece
desta área essencial da Soberania Nacional, aceitou exercer nela um cargo de tão
alta chefia?
As respostas, para mim possíveis, a estas perguntas não serão
muito "dignificantes" para os envolvidos nelas! O Governo, precisando agora de
um SE para a Defesa, pensou logo em escolher um que pudesse "estar em condições"
de gerir o desmantelamento em curso, depois de ter sido anunciado um desastroso
"plano... de
reestruturação", sem ser "sobressaltado" por considerações políticas de ordem
estratégica que são o oposto dessa intenção demolidora. Berta Cabral,
economista, antiga líder regional do PSD, antiga presidente de empresas publicas
regionais, antiga secretária regional das Finanças, foi vista pelo Governo como
podendo ser esse agente eficaz da destruição das Forças Armadas e da sua
transformação num pequeno destacamento de integração de forças militares da UE
ou da NATO, retirando-lhes a natureza essencial de defesa da Soberania
Nacional.
Berta Cabral, se aceitar esse cargo, neste momento e com o
anunciado programa de reestruturação em marcha, estará a dizer que aceita esse
plano de forma acrítica e será uma das principais executoras desse inaceitável
projecto.
O sector da Defesa Nacional não precisa nem pode ser dirigido por
uma economista treinada a retirar valor e dimensão às instituições.
É urgente
que haja tino e que se trave a ofensiva em curso contra as Forças Armadas
Portuguesas.
Horta 21 de Abril de 2013
1 comentário:
Eu não conheço pessoalmente o camarada Decq Mota. Mas o que sei da sua personalidade através de uma amiga de quem eu muito gostava e que infelizmente já faleceu, cuja família estava ligada a ele, é o suficiente para dar toda a credibilidade a esta opinião.
Um beijo.
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