do "expresso"
Barroso diz que política de austeridade "atingiu os seus limites"
Daniel do Rosário, correspondente (do Expresso) em Bruxelas
Durão Barroso diz que a
austeridade atingiu o máximo
O presidente da Comissão Europeia afirmou hoje que, apesar de
"fundamentalmente certa", a política económica implementada na Europa, centrada
na redução dos défices "atingiu os seus limites".
Para Durão Barroso, para serem bem sucedidas, estas políticas,
além de bem concebidas do ponto de vista técnico, devem ser capazes de granjear
um "apoio politico e social mínimo".
"Politica e socialmente, uma política que é apenas vista como
austeridade é claro que não é sustentável", afirmou o presidente da Comissão
Europeia esta manhã, em Bruxelas, numa conferência sobre "Federalismo ou
Fragmentação".
Barroso defende por isso que a política de correcção dos défice e
da dívida, que sublinhou ser "indispensável", deve ser combinada com "um ênfase
mais forte no crescimento e medidas de crescimento a curto prazo": "Temos dito
isto, mas temos que dizê-lo de forma ainda mais clara senão, mesmo que as
políticas de correcção do défice sejam correctas, (...) não serão sustentáveis
politica e socialmente".
"Sei que há conselheiros tecnocratas que nos dizem qual o melhor
modelo, mas que quando perguntamos como o implementar, dizem que isso já não é
com eles. E isto não pode acontecer ao nível europeu", diz o presidente da
Comissão Europeia, que acrescenta que, além de precisar de uma política
económica "correcta", a Europa precisa garantir "os meios para a sua
implementação e (...) aceitação política e social": "Foi aqui que penso que não
fizemos tudo bem".
E ele?, não estará a "passar das marcas"?
Anteontem, abriu as portas da nossa casa
(com as chaves que lhe emprestámos...)
a três cúmplices, para,
em conluio, propalarem mentiras
que justificaram uma guerra.
Depois, veio dizer, batendo no peito,
que fora enganado (mas bem pago foi...).
Ontem, parceiro de uma troika,
foi protagonista, sem tuges nem muges,
de uma estratégia
que, como foi previsto e prevenido,
está a ter gravíssimas consequências
económicas e sociais (e as duas juntas).
Pois, hoje, com punhadas no peito,
vem afirmar que teria havido (sei lá...)
excessos, exageros, erros,
que "não fizeram tudo bem!"
(não conseguiram convencer as gentes a aceitar
mais ainda, não foi?),
que teriam esticado demasiado a corda...
Vejam lá!
Se calhar ainda temos de ter pena dele
por ter cedido demasiado
aos "conselheiros tecnocratas"...
2 comentários:
Mais um baralhar de cartas marcadas.Acabei de saber pelos jornais que um honesto ilusionista português recebeu um prémio internacional.Não é nem Manuel nem Barroso.
Porque não dizem eles que fizeram tudo mal, ao contrário do que foi previsto não com bruxarias mas bases económicas bem estruturadas?
Um beijo.
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