domingo, abril 28, 2013

Nestes dias de agora... por Berlim - 5


(...)
Foi uma saída matinal (não lá muito…), com ida a um parque e a uma “feira da ladra”, não muito diferentes do que pelo centro-norte da Europa é comum.
&-----&-----&
Mas, depois, logo ao lado e por extensão de metros e metros – às centenas – temos… “o muro”.
&-----&-----&
Este, o que só há aqui... porque é como se só aqui haja e tinha havido.
&-----&-----&
É um autêntico (e subtil!...) massacre. 
&-----&-----&
1961 – 1989 em todas as cores e feitios… e línguas porque estivemos naquilo a que ficou chamado a “zona francesa”... sem que em francês houvesse uma legenda.

&-----&-----&
Muito me apela à escrita – e por isso deixei o grupo e vim para “casa”… – mas deixo, por agora e nestes dias de agora – apenas duas notas, que tomei durante os percursos que fizemos… quase obrigatoriamente.
&-----&-----&
1. Vende-se “o muro” como se vende um detergente, embora com todo o “tempero” implícito dos “direitos humanos”, a puxar pela emoção.
&-----&-----&
2. Promove-se “o muro” como se fosse uma inocente atracção turística, mas a apelar  à indignação e ao repúdio da brutalidade.
&-----&-----&
E é difícil, mesmo muito difícil, procurar racionalizar, raciocinar, contextualizar, juntar a dimensão tempo em todas as suas dimensões, relativizar a dimensão dos inegáveis direitos pessoais e familiares que foram atingidos.
&-----&-----&
Mas o caso é de tal monta, e tão bem “montado”!, que dizer uma palavra que vá contra as ditas e reditas, ousar um argumento que contrarie o consensual(izado), é (quase) inútil.
&-----&-----&
E fica-se (ou reforça-se) o anátema de ser sectário e de não querer aceitar o que “toda a gente vê”
&-----&-----&
(Isto não tem nada a ver com quem me acompanha nesta viagem berlinesca…)
&-----&-----&
 Apenas insisto em duas interrogações:
&-----&-----&
1. ONDE o muro de Berlim, em que Estado e em que cidade?
&-----&-----&
2. QUANDO o muro de Berlim, na capital de um Estado chamado República Democrática Alemã?

6 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Vende-se o muro como as relíquias da cruz de Cristo.
Estou a gostar dos teus apontamentos sobre o passeio.

Um beijo.

Luís Neves disse...

É caso para dizer: ó palerma muros há muitos!
Um abraço sem muros mas com história

Olinda disse...

Mundo vil e pulha!Tudo ê aproveitado com intencao de lucro!O tempo,ainda ê curto,para rescrever a histôria,sem preconceitos,e fiel ä verdade.

Um beijo

Olinda disse...

Mundo vil e pulha!Tudo ê aproveitado com intencao de lucro!O tempo,ainda ê curto,para rescrever a histôria,sem preconceitos,e fiel ä verdade.

Um beijo

GR disse...

E outros “muros” se foram erguendo, estes sim…separando.
E hoje, quem beneficiou com a “queda”, por certo não foram os operários.
Vendem o “muro”, como se fosse possível vender a História .

GD BJ

GR

Anónimo disse...

Estou a gostar muito das tuas notas de viagem a Berlim.
Às vezes, apetece-me dizer como a canção dos "Deolinda": que mundo tão parvo! Ainda por cima, como a História é escrita pelos vencedores(mesmo que temporàriamente) manipuladores e desonestos... então é que o caldo se entorna.

Campanica