domingo, abril 07, 2013

Num fim-de-semana de justo tributo, convívivo, amizade

Mas a vida não é feita apenas de conselhos de ministros e manobras de bastidores. E de lutas inadiáveis. Pelos concelhos (estes com c) das nossas terras, há outras actividades.
Aqui, por Ourém, fez-se o que foi chamado, pelo Município, Tributo a Roberto Chichorro, o pintor moçambicano que veio viver para uma aldeia do concelho e aqui se integrou na comunidade e, com a sua mulher, têm desenvolvido muito meritória actividade cultural.

Em Por Ourém:

Justo tributo
















Mas isto anda tudo ligado.
Convidado, por ele, para ser um dos dois "oradores", disse umas coisas, a que chemei o meu contributo para o Tributo a Roberto Chichorro, que talvez tenham aqui cabimento (e justifiquem alguma menor presença neste espaço de comunicação).


(...) Na sua expressão etimológica mais simples, "tributo é a parte (ou parcela) do imposto que cabe à tribo", diz o meu dicionário de cabeceira, e logo vejo susto em alguns que, ouvindo falar de imposto, receiam que o Tribunal Constitucional venha dizer que há regras contumazmente não cumpridas e me impeçam de continuar a contribuir com o meu tributo.
(...) 
Acrescentaria, a título pessoal – ou não fosse o meu contributo, que resumo –, dizendo que a mudança de residência do Roberto de Cascais para o Vale da Perra foi o fruto mais perene, e que deu semente, de uma árvore chamada Som da Tinta que muitos outros frutos, efémeros, deu no seu curto ciclo de vida.
(...)
A Oficina de Artes do Vale da Perra foi uma ideia, um projecto, uma iniciativa, que serve de ilustração de como uma integração na comunidade pode ser criativa e valorizadora. Apesar das dificuldades e contra inércias e aproveitamentos espúrios.
(...)
Para que o contributo tenha assinatura minha, lembro o quadro de Siqueiros “A marcha da Humanidade”, e cito Álvaro Cunhal, no ano do seu centenário, referindo a citação a Roberto Chichorro:
«Arte é liberdade. É imaginação, é fantasia, é descoberta e é sonho. É criação e recriação da beleza pelo ser humano e não apenas imitação da beleza que o ser humano considera descobrir na realidade que o cerca.»
(...)

Num intervalo do encontro e convívio de amigos
deixo, aqui, este registo.
Até logo.



4 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Que belo evento!!! E que maravilha é integrar as pessoas em centros de cultura criados por verdadeiros artista que usam a arte e a criação na sua expressão máxima que é o encontro com a humanidade.
Um exemplo para construir um País mais culto e melhor!!!!

Um beijo.

samuel disse...

Sei que vocês foram obreiros de dois belos dias... e isso faz tanta falta!!!

Abraço.

Anónimo disse...

Que conhece Marchiana de quem adquiri uma serigrafia e de quem pouco ou nada conheço para constou-me que tinha um trabalho social algo do género do Roberto Chichorro.
JM

Justine disse...

Foi bonita a festa, pá!