09.06.2013 (continuação)
Mais temas há (se há…).
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Pode ser o da greve dos professores e das declarações Cratoinas (na aparência).
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A afirmação de que, neste diferendo entre sindicatos e ministério, os
sindicatos estão a fazer reféns os estudantes é de intolerável má-fé…
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… afirmação que tive de ouvir ontem do ministro Crato, em noticiários sucessivos e enquanto
“papava” quilómetros.
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Com acompanhamento de outras afirmações igualmente intoleráveis, algumas delas em que o seu passad(i)o esquerdista tinha de vir à baila (ou ao baile).
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Não por virem de quem vêm… mas também por virem de quem vêm.
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Em qualquer negociação, quando uma parte decide avançar com as suas
posições sem ter o acordo da outra, é porque se considera com força para o
fazer.
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E se a outra parte reage, com a força que estima ter, e decide usá-la, indo
até a formas extremas como são a greve, isto é: “assim, não!, assim, não
brinco!”, quem é que rompeu, quem é que quebrou negociações com todas as
consequências que isso pode implicar?
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Mas há aqui uma evidente má-fé quando a parte que corta a negociação vem,
perante terceiros, atirar as culpas da reacção da outra parte para cima desta.
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Traduzindo: se, relativamente aos exames (ou ao que for), os estudantes
estão reféns de alguma parte não é da que teria decidido a greve mas da que rompeu a negociação com os representantes dos
professores e quis impor a sua vontade.
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E, por isso mesmo, multiplica-se a má-fé quando se usam truques sobre truques e se procura,
sobretudo, “informar a opinião pública”, manipulando a comunicação social, e não
só se ignoram alternativas que de si dependiam se como minimizam todas as partes interessadas, até as que do seu lado poderiam estar mas que estão do outro.
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Em suma, trata-se de continuar esta estratégia contumaz deste governo (ao serviço
de outras estratégias a que obedece) de dividir os portugueses.
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Os trabalhadores e os desempregados, os trabalhadores e os reformados, os jovens
e os não-jovens, os trabalhadores da função-pública e os que não são da função-pública, a opinião
pública e os professores, os imigrantes e os convidados a emigrar, e por aí fora.
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E ainda se tem o toque de humorismo (involuntário) do primeiro ministro vir sugerir, ou convidar a que os professores reforcem a greve geral, a que certamente não faltarão muitos, em vez de fazerem esta que decidiram...
3 comentários:
Crato? Cratino!
Questionado sobre o modo como as crianças aprendem, o ministro afasta a ideia do gosto pela aprendizagem. Esse é um “pensamento muito limitado” e exemplifica: “Veja o caso da leitura. Muitos educadores acham que para ler bem a criança precisa, antes de qualquer coisa, estar desperta para o gosto pela literatura”, mas não, Crato considera que “tem de se ler muito, mesmo sem gostar. O treino precisa de ser permanente e exaustivo. Quanto mais automática se tornar a leitura, mais hipóteses a criança terá de retirar prazer”.
Público 06/06/2013
Cratino... que já foi revolucionário, Hoje, já! Oportunista, é o que ele é.
Todas no Crato, nenhuma na ferradura...
Mafiosos nazis é o que esta gente do poder é.
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