terça-feira, maio 07, 2013

Efeméride... ou epitáfio?


Só lido!:

39 anos de PSD. 
“Só não choro porque não tenho idade para isso”, 
diz Capucho ao i

O PSD cumpre hoje 39 anos sobre a sua fund
António Capucho diz ver “com enorme tristeza” a passagem deste 39.o aniversário. “Este é o primeiro ano em que estou completamente afastado da militância. Suspendi a minha militância”, refere ao i, sublinhando que as próximas autárquicas trarão outra experiência inédita - “É a primeira vez que não vou votar no meu partido”. E será repetida nas legislativas se Pedro Passos Coelho se recandidatar: “Nesta equipa não voto de maneira nenhuma”.
Para o antigo presidente da câmara de Cascais há neste momento, no PSD, “uma verdadeira barragem à discussão de ideias” causada por um “conjunto de pessoas que tomaram conta das estruturas internas e afastaram os militantes que possam divergir”. “Há uma oligarquia que tomou conta do poder, as distritais não servem para nada, o partido está completamente dominado pela estrutura liderada pelos companheiros de aventura do dr. Passos Coelho e do dr. Miguel Relvas, que hoje está alapada no poder”, critica o social-democrata.
Miguel Veiga aponta na mesma direcção: “Não me revejo actualmente no PSD, designadamente no aparelho que está à frente do partido e que comanda os seus destinos. Este era um “declínio que se desenhava já antes deste governo”, ressalva, mas para voltar a apontar baterias ao actual PSD – “Este aparelho precipitou tudo para além de limites absolutamente inaceitáveis”. “É preciso que um certo aparelhismo do partido ceda o lugar a outros, a gente com outras convicções e outra postura política”, adverte o histórico social--democrata. “Ou há uma inversão do caminho ou vamos de mal a pior”, vaticina Miguel Veiga.
Carlos Encarnação entende que o PSD está perante “um momento absolutamente essencial”: na situação em que o país se encontra, e tal como aconteceu com partidos de identidade semelhante, é preciso que o PSD defina “se mantém a matriz social-democrata ou se prefere abandoná-la e governar a todo o custo”.
O imperativo de levar Portugal a superar a actual crise renega a dimensão política das opções tomadas para segundo plano, dando-se primazia a “soluções imediatistas e que descaracterizam o partido”, considera Encarnação. Um período sem paralelo nos 39 anos de história da social-democracia portuguesa. Nem mesmo nos anos do Bloco Central, em que “a situação foi contida”.
É confrontado com a realidade dos últimos dois anos que o fundador do PSD atira: “Não era isto que eu esperava que este governo fizesse, não era isto que o PSD no governo devia fazer”.
António Capucho sustenta que “se houvesse uma luz ao fundo do túnel valia a pena. Assim é trágico”.  Este é um dos pontos em que considera o partido irreconhecível face aos primeiros anos: “Francisco Sá Carneiro era alguém que nos fazia acreditar no futuro do nosso país”. É isso que pede para o 40.o aniversário, no próximo ano, com o PSD e o governo em outras mãos: “Tudo farei para que esta situação se altere, para que o Presidente da República intervenha.”

Em política, 
a este nível de personagens,
não há cena mais constrangedora
que a dos desiludidos...
que só o são porque houve tempo
em que se iludiram, iludiram outros
e abriram as portas ao contrário
do que, iludida mente, defendiam!

3 comentários:

Jorge Manuel Gomes disse...

Ou como diria Santana Lopes:

"É uma má altura para ser do PSD e do Sporting"

Até me vêm as lágrimas aos olhos!

Bom post Camarada,

Abraço do Jorge

Graciete Rietsch disse...

E que propostas apresentam eles para inverter a situação? Mudos e quedos até hoje e, agora, apenas palavras.

Um abraço.

Olinda disse...

Sô agora ê que o "tio" estâ desiludido?

Um beijo