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E, continuando as reflexões lentas, ou a aprender, a aprender sempre, é decerto verdade, como escreve Borges Coelho no seu comovente testemunho na Seara Nova, que “A queda do muro de Berlim e o colapso da União Soviética feriram-no (a Álvaro Cunhal)profundamente (…)”,
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e sendo também decerto certo que “mas não destruíram a sua confiança”, já nos parece muito pouco certo que essa confiança não destruída de Álvaro Cunhal fosse nas “promessas da história e da teoria”.
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Cunhal não tinha, decerto (insiste-se…), confiança em promessas, mas teria confiança num futuro alicerçado na que era a sua leitura de História e na base teórica em que assentava a sua coerência, as suas certezas, o que lhe evitava atormentação provocada pelas suas dúvidas.
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A “queda do muro de Berlim” e o “colapso da União Soviética” teriam feito cair muitas certezas sem dúvidas, teriam feito colapsar muitas confianças baseadas em promessas mal fundadas, mas não foi esse o caso – decerto…reinsiste-se – de Álvaro Cunhal.
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(decerto...
continuarei)
1 comentário:
Esses acontecimentos podem ter entristecido Álvaro Cunhal, assim como a qualquer um de nós. Mas a sua confiança no ideal em que sempre assentou a sua vida, esse manteve-se pois o seu percurso de luta manteve-se sem desvios.
Eu penso que os erros que se cometem, por vezes com resultados inesperados, devem levar-nos a corrigi-los e fortalecer a luta por algo de que não abdicamos.
Um beijo.
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