sexta-feira, setembro 30, 2011

Não chega! Nunca chegará! Haverá sempre uma Madeira...

«Contas do INE por RTP
actualizado às 16:04 - 30 setembro '11


Madeira eleva para 8,3%
défice do primeiro semestre

"As dívidas que a Madeira omitiu tiveram um impacto maior do que o previsto no défice português, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE) no procedimento de défices excessivos divulgado hoje. O défice orçamental no primeiro semestre do ano atingiu os 8,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) indicou o INE, superior aos 7,7 por cento do primeiro trimestre do ano e ainda distante da meta de 5,9 por cento acordada com a `troika`. Já o défice de 2010, 9,8% do PIB, atinge o segundo maior valor em democracia."»

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Objectivo do défice é de 5,9%
Governo quer medidas de consolidação extraordinárias ainda este ano
30.09.2011 - 16:14 Por Sérgio Aníbal, Pedro Crisóstomo

Défice público ficou em 8,3%
nos primeiros seis meses do ano

O Secretário de Estado do Orçamento, Luís Morais Sarmento, garantiu que o executivo avançará com medidas extraordinárias do lado da receita, que não passarão por novos aumentos de impostos, para Portugal cumprir o objectivo de défice de 5,9% este ano.
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Quantas vezes já foi dito (por nós, tantas mil... por alguns de "eles", começa a ser) que assim não se resolve nada e só se agrava a situação, sobretudo a situação social, a posição dos trabalhadores na sociedade?
É a dinâmica do capitalismo!

E nós? Temos de dizer NÃO.
Na rua, em Lisboa e no Porto! 


Últimas (?) notícias

«Desemprego: Taxa estabiliza nos 12,3% em agosto em Portugal
30 de setembro de 2011, 10:37


A taxa de desemprego em Portugal estabilizou nos 12,3 por cento em agosto, face a julho, acompanhando a tendência do conjunto dos países da zona euro (10 por cento) e da União Europeia (9,5 por cento).


Segundo os dados do Eurostat hoje publicados, no final de agosto existiam 22.785 milhões de pessoas desempregadas na União Europeia, dos quais 15.739 são da zona euro.»

@Lusa
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Eufemismos e os "números certos" decerto incertos:
  • "estabilizou" (!) nos 12,3% ... de quê?;
  • 12,3% "acompanha a tendência" da zona euro (10%) e da U.E (9,5%);
  • "22.785 desempregados" na U.E. ... não serão 22.786 ou 22.787?, não seria mais correcto informar que são, de acordo com os critérios adoptados pelo Eurostat, cerca de 23 mil ou mais de 22 mil?
  • "15.739 desempregados" na zona euro ... não serão 15738 ou 15740?. não seria mais correcto informar que são, de acordo com os critérios adoptados pela estatística, quase 16 mil ou mais de 15, 5 mil?
Assim se faz a informação!

Sobre o "materialismo místico"

O sítio dos desenhos, de Fernando Campos, é lugar de passagem quase diria obrigatório (e digo "quase" porque sou avesso a obrigações...).
Pelas caricaturas, pelos textos, pela música ambiente. Pela qualidade! 
Por lá me perco e me encontro.
Deixo esta caricatura,


como convite para passarem por ali, e viverem um muito agradável e instrutivo pedaço de tempo.

OUTRA INFORMAÇÃO - ao fim do dia

de avante!:




Jorge Cadima

Espiral

A crise do centro capitalista agrava-se rapidamente. Todos os dias há novos e importantes acontecimentos. Na UE, os planos da troika cumprem a sua missão: salvar o grande capital financeiro, ajudá-lo a pilhar os recursos e riquezas dos países vítimas, aumentar a exploração dos trabalhadores europeus. Mas, tal como o PCP sempre advertiu, não só lançam os povos na miséria, como agravam toda a situação económica – e mesmo financeira – das suas vítimas. Todos sabem (mesmo que não o confessem) que a Grécia nunca será capaz de pagar a sua cada vez maior dívida, com a sua cada vez mais pequena e saqueada economia. Portugal para lá caminha. A realidade começa a impôr-se, com toda a sua brutal crueza.

Sucedem-se declarações alarmistas dos centros de comando do grande capital. A Reserva Federal dos EUA fala em «riscos significativos» para a economia dos EUA. A nova chefe do FMI, Lagarde, fala num «colapso da procura global» (Independent 24.9.11) e – como se o FMI nada tivesse a ver com a situação – afirma que estamos perante «uma perigosa fase nova da crise» com um «círculo vicioso a ganhar ímpeto» e «ainda demasiadas dívidas no sistema» (Guardian, 15.9.11). O presidente do BCE, Trichet, «reconhece que a actual situação é mais precária do que quando colapsou [o colosso financeiro dos EUA] Lehman Brothers [em 2008]» (Independent, 25.9.11). O ministro das Finanças inglês, Osborne, afirma que «a zona euro é o epicentro dos problemas globais» o que, não deixando de ser verdade, esconde o facto de o Reino de Sua Majestade ser (per capita) «o país mais endividado do planeta» (Independent, 19.6.11). E de os EUA serem o epicentro da fase explosiva da crise em que o capitalismo mergulhou o planeta e o «parasita da economia global» para usar as palavras de Putin (Reuters, 1.8.11). Para o Independent (24.9.11) só nos salvamos com uma intervenção divina: «O mundo reza por um milagre económico».

Este alarmismo reflecte a realidade criada pelas próprias classes dirigentes. Mas serve também para preparar os povos para a nova operação de esbulho que preparam, nomeadamente na UE. Os jornais do passado fim-de-semana falavam de um «Plano Geithner para a Europa – a última hipótese de evitar a catástrofe global» (Telegraph, 25.9.11). Este plano prevê um novo saque do erário público para financiar a banca privada (primeira responsável da crise): «os bancos europeus terão de ser recapitalizados com muitas dezenas de milhares de milhões de euros, a fim de tranquilizar os mercados de que um incumprimento [falência] grego ou português não precipite o sistema numa crise financeira sistémica» (Philip Aldrick no Telegraph, 24.9.11). É a mesma conversa de sempre, para vender mais do mesmo, com resultados cada vez mais dramáticos para os povos.

A verdade é que o capitalismo não tem saída para a sua crise sistémica. E o espectro de um colapso reforça as suas tendências mais extremistas e agressivas. Como confirma a realidade dos nossos dias. A guerra da NATO na Líbia é um massacre de civis, de claros contornos coloniais. Vendida como «intervenção humanitária», hoje os jornais do sistema não têm vergonha em escrever títulos como: «Dirigentes rebeldes esperam submeter pela fome o bastião de Gadafi em Sirte» (Telegraph, 28.8.11). Ou textos como: «”Queremos poupar os nossos combatentes [...]” afirma um porta-voz rebelde […] “Vamos entrar em Sirte nem que seja preciso cortar a água e a electricidade”, deixando que a NATO bombardeie em força a cidade» (AP, 2.9.11). Dito e feito: «Líbia: Força Aérea britânica leva a cabo a sua maior incursão aérea até à data» escreve o Telegraph de 16 de Setembro, quase um mês depois de as forças ao serviço da NATO tomarem Tripoli com um banho de sangue, e no dia em que uma ONU servil e suicida reconhecia os fantoches do CNT como «governo legítimo». Cinco dias depois, a NATO decidia (com que autoridade?) prolongar a sua guerra aérea por mais 3 meses. Já não há sequer uma folha de parra.

A espiral de exploração e guerra deixa apenas uma saída: a resistência. A silenciada, mas heróica, resistência dos habitantes de Sirte e de toda a Líbia não é algo de distante. Faz parte da luta dos trabalhadores e povos do planeta contra o seu inimigo comum: o imperialismo. Faz parte da luta que os trabalhadores portugueses levarão às ruas neste próximo sábado.
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Notícia:
Costa Rica


Contra a privatização da electricidade

Os trabalhadores do Instituto Costa-riquenho de Electricidade (ICE) voltaram a parar esta segunda-feira, 26, e a marchar em protesto contra a privatização da energia eléctrica no país, em Sabana Norte, a oeste da capital, San José.

Sublinhando que esta luta não é por salários nem por benefícios mas sim pela segurança energética da Costa Rica, um comunicado da Frente Interna dos Trabalhadores do ICE, citado pela Prensa Latina, adverte para as consequências do possível «desmantelamento do Sector de Telecomunicações» se for por diante a política do governo a favor dos investidores privados.

A liquidação do ICE, bem como de tudo o que se relaciona com o Plano de Contingência Eléctrica, é resultado do Tratado de Livre Comércio com os EUA (2006-2007). Na ocasião, o sector ficou livre de ingerências, mas a voracidade do acordo exige agora a abertura desta importante actividade à ganância do capital, referem os dirigentes sindicais.

«Demonstremos aos que querem desmantelar o ICE que ainda temos força e coragem para defender esta nobre instituição», apelaram, numa alusão a outras lutas por idênticos motivos que ficaram conhecidas como Combo 2002. Nessa altura, os trabalhadores tiveram o apoio massivo do povo costa-riquenho, que demonstrou nas ruas a sua firme disposição de preservar a integridade da instituição estatal autónoma, criada em Abril de 1949.

quinta-feira, setembro 29, 2011

Porque hoje é 5ª:





Anabela Fino
Sonhos e pesadelos

Os 100 dias do Governo de Passos Coelho «Tesoura» – ou será melhor dizer gadanha, já que é mesmo de ceifar vidas que se trata? – serviram de pretexto a múltiplas análises e avaliações de desempenho a cargo dos comentadores do costume. De uma forma geral, passaram como cão por vinha vindimada pelo facto incontornável de estes três meses terem ficado marcados por impostos, impostos e mais impostos, acrescidos de cortes e mais cortes nas prestações sociais, que é como quem diz marcados a ferro e fogo nas condições de vida dos portugueses. Nada que perturbe quem fala de cátedra – e de carteira folgada para além do fim do mês –, mais interessado em convencer o povo ignorante e mal agradecido de que os sacrifícios são inevitáveis, que os benefícios para todos são incomportáveis, que a Saúde é um luxo, tal como a Educação ou a Justiça, e – sobretudo – que essa coisa do trabalho com direitos é uma aberração dos tempos em que havia a Leste um bloco socialista, pelo que é preciso facilitar e embaratecer os despedimentos, liberalizar horários, reduzir subsídios de desemprego e obrigar à aceitação de trabalho pelo valor e nas condições que o patronato entender. Houve mesmo quem afirmasse – ignorando ou fingindo ignorar que os trabalhadores contribuem toda a sua vida activa para os subsídios que o Estado «dá» – que a redução do subsídio de desemprego será um contributo «para uma sociedade mais saudável», já que porá cobro às veleidades dos que acreditam que o trabalho escravo passou à história.

Ora foi neste contexto analítico que da BBC nos chegou, dia 27, uma curta mas bombástica entrevista com um agente bolsista, Alessio Rastani de seu nome, que com notável franqueza disse o que há muito se sabe mas é politicamente incorrecto dizer: «Esta crise é como um cancro. Se nos limitarmos a esperar pensando que vai passar, continuará a crescer como um cancro e então será demasiado tarde. O que aconselho a todos é que se preparem. Não vale a pena ter ilusões: os governos não dirigem o mundo, quem dirige o mundo é o Goldman Sachs [um dos maiores bancos de investimento] e este não quer saber do resgate do euro. O meu conselho é que cada um proteja o que tiver porque dentro de um ano milhões de pessoas perderão as suas poupanças. E isto é só o princípio».

O desbocado Rastani afirmou ainda que os mercados e os fundos de investimento «sabem que o mercado está queimado, acabado, e não se importam com o euro», pois a única coisa que lhes interessa é «ganhar dinheiro». O mesmo se passa com ele, Rastani, que «sonha» há três anos com uma nova recessão: «Porquê? Há muita gente que não se lembra, mas a recessão dos anos 30 não foi só o crash dos mercados. Havia gente preparada para ganhar dinheiro com essa derrocada. Quando o euro se afundar, quando o mercado se afundar, quem souber o que tem de fazer pode ganhar uma pipa de massa. Isso é uma oportunidade.»

Pelo andar da carruagem não custa acreditar que há por aí uns quantos «sonhadores» destes apostados em cavalgar a onda dos nossos piores pesadelos. A questão está em saber se se pode ou não liquidá-los. A resposta, por mais que certos comentadores nos tentem convencer do contrário, é afirmativa. Por isso sábado estaremos na rua. E todas as vezes que for preciso até liquidar o monstro.

Excesso de zelo... à nossa custa!

Relvas [entrevist(ad)o]:

“Troika impôs serviços mínimos e o Governo tem de ir mais além"
Maria João Avillez
29/09/11

Uma troika (a lá de fora) disse mata!,
a outra troika (a de cá de dentro) diz esfola!
E nós? Deixamos?

(haja) Saúde

Saúde:

«Subida das taxas moderadoras na saúde
vai render 400 milhões (DE)

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, vai levar hoje a Conselho de Ministros um decreto-lei que regula as taxas moderadoras. O objetivo é desencorajar os portugueses de recorrem às urgências.»

 Duas observações:
  1. E não querem que os portugueses andem tristes... Lá lhes vão dificultar uma das suas diversões: irem às urgências!
  2. Saberá o sr. ministro quando é que a "saúde", transformada em "negócio da doença", vai começar a dar lucro?

Intervalo

Com uma homenagem a Palavra puxa Palavra (outrostemas):

CONSELHO

Sê paciente: espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça
Eugénio de Andrade
(Os amantes sem dinheiro)

OUTRA INFORMAÇÃO - no fim do dia

De Prensa Latina:

Cuba denuncia injusticia contra antiterrorista René González

La Habana, 28 sep (PL) - Obligar a René González, uno de los cinco antiterroristas cubanos presos en Estados Unidos, a permanecer allí durante tres años tras su próxima salida de prisión, constituye una represalia adicional deliberada, denunció hoy el diario Granma


Juristas piden en Perú libertad de cinco cubanos
Exigen a EE.UU.
en El Salvador libertad de antiterroristas cubanos

De TeleSur:

Danny Glover,
actor estadounidense y líder del Foro TransÁfrica:

Lo que está ocurriendo en América Latina es la clave de restaurar la humanidad, la paz y la seguridad

Glover: "estoy muy esperanzado con América Latina".
(Foto: teleSUR)

De Vermelho:

final do editorial
O verdadeiro “espírito animal” do capitalismo moderno
«(...)
Há uma só razão e um só objetivo por trás do processo anárquico de reprodução do capital: a busca pelo lucro máximo, que se traduz em mais e mais dinheiro. É isto que anima o capitalista e conforma o “espírito animal” consagrado por lorde Keynes. Pouco importa se a corrida insensata atrás da “vil prostituta da humanidade” (conforme Shakespeare apelidou o dinheiro, na época ouro, num genial monólogo de Timon de Atenas) termine em crises violentas como a que estamos presenciando no momento ou como a Grande Depressão de 1929 que, nunca é demais lembrar, pavimentou o caminho da 2ª Guerra Mundial.

A crise emana do capitalismo com uma objetividade e força que escapam ao controle dos governos. É certo que não encontra uma solução positiva nos marcos deste sistema de exploração e opressão e não é raro que termine em guerra. Para prevenir a barbárie, a classe trabalhadora e os povos precisam elevar seu nível de consciência e lutar com toda energia para acabar de vez com o capitalismo e erguer sobre suas ruínas as bases de uma nova sociedade, socialista. A humanidade não tem outro caminho.»

quarta-feira, setembro 28, 2011

Declaração conjunta de quem não vai à manifestação de 1 de Outubro - nem ao Porto, nem a LIsboa

Assim como temos dado notícia de quem vai participar na manifestação de 1 de Outubro, e com ajuda de Cid Simões em aspalavrassaoarmas, será correcto dizer quem já terá feito declarações de que não vai participar.
Apenas se "linka" aqui uma declaração conjunta de duas "personalidades", até porque não se teria grande prazer em ver aqueles dois aqui por casa...

Ele nunca falta!

E traz-nos música e poemas e amigos.
Quando a morte desce à rua.
E também quando a vida desce à rua!
Como será no sábado!, em Lisboa e no Porto.

OUTRA INFORMAÇÃO - ao fim do dia

De VERMELHO:

27 DE SETEMBRO DE 2011 - 19H04
Michael Moore declara apoio
aos acampados em Wall Street

O cineasta Michael Moore visitou os manifestantes que protestam contra ao que chamaram de avareza do sistema financeiro, acampados há dez dias na Wall Street, e afirmou que os responsáveis por corromper uma geração inteira de americanos devem prestar contas na Justiça.
Nesta terça-feira (27), em seu site oficial, o diretor confirmou a visita aos manifestantes acampados na Liberty Square, no sul de Nova York. No comunicado, Moore voltou a reproduzir parte de seu discurso, deixando claro o desejo de ver algemados e condenados todos os responsáveis por "destruir a vida de milhões de pessoas".
"Chegou a hora de os ricos pagarem. Que paguem impostos! Sejam ladrões, gângsteres e cleptomaníacos. Tentaram tirar nossa democracia e transformá-la em hipocrisia", disse o cineasta entre os manifestantes, sem utilizar o megafone, já que a Polícia de Nova York proibiu o uso do objeto.
O som da indignação
Moore, que se voltou contra o sistema financeiro dos Estados Unidos no documentário "Capitalism: A Love Story" ("Capitalismo: uma história de amor", em livre tradução), de 2009, relatou que ele mesmo já havia sido preso em Wall Street na época em que gravava um clipe com a banda Rage Against The Machine.
"Eu também fui detido aqui", comentou o cineasta, para depos afirmar que "dentro de cem anos, as pessoas poderão lembrar que desceram esta praça para iniciar este movimento contra 400 pessoas que acham que o poder vem das contas bancárias".
Violência
A visita de Moore foi realizada justamente dois dias depois que a Polícia de Nova York deteve cerca de 80 membros do coletivo "Occupy Wall Street" por bloquear o trânsito quando se manifestavam na Union Square, no sul de Manhattan.
Por sua vez, alguns dos ativistas acampados no coração financeiro de Nova York desde 17 de setembro denunciaram que os policiais já chegaram lançando gás de pimenta.
A maioria dos manifestantes estão acomodados em dois parques privados nos arredores de Wall Street, onde os proprietários autorizaram a presença deles, embora 16 membros do movimento tenham sido detidos na semana passada por pintarem os muros.
A terça-feira passada foi um dos dias mais agitados desde quando o protesto começou. A Polícia desalojou a força parte do acampamento dos manifestantes, que resultou na prisão de nove pessoas.
Fonte: UOL

De TeleSur:
El representante de Ecuador afirmó que su país seguirá defendiendo la preservación de los recursos naturales.


De PRENSA LATINA:
Caso dos Cinco Cubanos:
a esmagadora evidência
Por Deisy Francis Mexidor *


Havana (PL) Há provas contundentes da arbitrariedade com cinco cubanos presos nos os EUA, condenados em Miami em 2001, em uma tentativa de causar danos a Cuba

terça-feira, setembro 27, 2011

A reforma administrativa e o Poder Local

A posição do PCP

Sobre o
«Livro Verde
da reforma administrativa do Poder Local»

O PCP considera que o “Livro Verde” (negro, e não verde se ao conteúdo se fizesse corresponder uma cor) para a reforma administrativa em gestação (apalpando terreno...) constitui um verdadeiro programa de subversão do poder local democrático e mais uma tentativa de concretização da velha ambição da direita de ajustar contas com uma das mais importantes conquistas de Abril.

Informação (daqui... em trampolim)

SAND - nova sigla!

Depois de já tanto terem destruído do SNS (Serviço Nacional de Saúde), que era coisa de que tínhamos razão para nos orgulharmos, aí está quase montado o SAND (Sistema de Aproveitamento do Negócio da Doença).

Estão mesmo a atirar-nos "sand" (areia) para os olhos.
(eu que o diga!)

Manifestações

Em Wall Street - Nova Iorque
(em dias consecutivos)

OUTRA INFORMAÇÃO - ao fim do dia

Prensa Latina:

Discurso del canciller cubano,
Bruno Rodríguez, en la ONU

• Cuba instó a Obama liberar antiterroristas cubanos presos en EE.UU.

• Señala canciller cubano gran desafío de Naciones Unidas

• Cuba alerta sobre peligro de militarismo EE.UU. para Latinoamérica

• Cuba condena agresión a Libia y amenazas a Siria

• ONU tiene obligación de reconocer Palestina, afirma Cuba•Critica canciller cubano orden económico mundial

TeleSur:


Vermelho:


segunda-feira, setembro 26, 2011

Reflexões lentas - Um discurso encantatório ou o encanto da forma e a gota de sicuta na derrapassagem do conteúdo

Começo por afirmar a minha muita admiração pelo trabalhador e criador da palavra que é Mia Couto.
Corre na blogosfera um texto-intervenção de Mia Couto, sobre o medo. Muitos de nós o divulgam e convidam a divulgar.
Ouvi-o, primeiro desatentamente mas com encantamento. Porque é um texto encantatório. Algumas frases têm a sedução da construção que Mia Couto faz com as (e das) palavras, e são certeiras e dizem-nos dos medos em que nascemos, crescemos e vivemos. O seu final é serenamente empolgante e convoca à citação entusiasmada: as armas têm medo de falta de guerras (…) há quem tenha medo que o medo acabe!
Mas uma segunda audição, a que uma pequena “pedra no sapato” e o alerta de um camarada nos obrigaram, deixou-nos a pensar no espinho de uma flor, no ferrão de uma bela, laboriosa e simpática abelha, de como no melhor pano pode estar escondida um nódoa, ou na mais bela cesta de fruta pode vir uma apodrecida, em suma e sumo, como um texto formalmente (e não só) brilhante traz no conteúdo uma dose de veneno sob a forma de recheio de um pequeno rebuçado.
Falar do ateu barbudo alemão que sé nomeado como sendo Karl Marx e identificá-lo um simpático avô que não deixou descendente não é inocente, nem figura de estilo. É alinhar, com uma “boca”, entre os”passadores de certidões de óbito” do marxismo, e fazê-lo não como talvez distraída e original construção (com palavras) do que consensual seria, mas colocar mais uma pedra tumular com a discreta genialidade de uma embalagem bela e, por isso, convincente.

Que nos desculpem os amigos e camaradas que, entusiasmados (entusiasmedos, escreveria Mia Couto), que estão a divulgar o discurso do Mia Couto. Serei excessivo nos cuidados de vigilância ortodoxa, mas se não estivermos atentos, mesmo correndo o risco de excessivos nos cuidados, se não formos capazes de descobrir pitadas de veneno que se escondem no que nos é oferecido em bem confeccionados e saborosos pratos, estamos a ajudar a que, insidiosa - ainda que não intencionalmente -, nos envenenem e a divulgar o veneno com que outros estão já tão alimentados.

Um humilde “neto de Karl Marx”,
que só compreende o que se passa no mundo
com a ajuda do contributo do “avô”.

Crónica de uma «colonização» anunciada?

Segundo a edição on-line do Jornal de Negócios, «Negócios Online», a chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu a possibilidade de impor medidas de perda de soberania aos países que não cumpram os critérios de estabilidade.
Esta afirmação, que se enquadra num conjunto de outras, aparentemente da responsabilidade de membros e dirigentes do partido de Merkel ou da coligação que suporta o governo alemão, pela forma explícita como é feita, representa um claro anúncio imperialista de colonização dos países e dos povos europeus (leia-se da periferia económica e social europeia).
Mesmo reafirmando que a imposição pela Alemanha e seus parceiros e respectiva submissão dos governos da periferia europeia (Portugal, Grécia, Espanha, Irlanda, etc.) a medidas e opções políticas como o Tratado de Lisboa, o euro e o Sistema Monetário Europeu, o Semestre Europeu, o Pacto de Estabilidade e Crescimento, os Programas de Ajustamento (impostos oficialmente à Grécia, Irlanda e Portugal e oficiosamente à Espanha, Itália, etc.), entre muitas outras, deverão ser qualificadas como verdadeiras perdas de soberania, esta afirmação explícita da responsável máxima do governo do país mais poderoso da União Europeia denúncia de forma clara as características do processo capitalista que alguns decidiram chamar «construção europeia».
Perante esta clarificação restarão dúvidas sobre o enquadramento e contextualização do «projecto europeu»?
A resposta a esta nova «agressão» só pode ser concretizada através do reforço da luta em defesa de uma verdadeira alternativa patriótica e de esquerda.

Ricardo Oliveira (26.09.2011)

Para o dia 1 de Outubro - Porto e Lisboa!

A juntar a outras figuras que se juntaram às nossas manifestações (atenção: é Lisboa e Porto!) para 1 de Outuubro, trago mais duas. E, fazendo justiça, refere-se o nome de Pedro Penilo a quem Cid Simões foi buscar o que aqui se tem reproduzido quanto a ligações ao combate ao empobrecimento e às injustiças.

Assim, sabe-se que estaria ao nosso lado uma enorme figura de combatente e de intelectual, que estudou e se licenciou (quando isso queria dizer alguma coisa) no ISAgronomia, e que tinha um sonho em miudo: ser ponta esquerda do Benfica!

Também está sempre com a luta este verdadeiro símbolo (por mais que o tentem desvalorizar), esta extraordinária figura de mulher de Catarina Eufémia, e que, tal como Amílcar Cabral, foi assassinada por quem nunca foi julgado mas a História condena e condenará. 


Estaremos bem acompanhados!

de uma revista de imprensa, em que nos dizem o que disse o Cardeal Patriarca

 O Cantigueiro já tratou, bem adequadamente, deste tema. LER aqui

Mas não resisto a umas curtas observações 
"Ninguém sai da política de mãos limpas", disse o senhor que ocupa o lugar mais elevado (julgo eu...) da hierarquia da Igreja Católica em Portugal.
  1. Da política não se sai nem se entra. Política faz-se em cada gesto. O dito cavalheiro sabe isso melhor que ninguém porque faz política em cada palavra que diz. Intencionalmente.
  2. Do que ele chama a "política directa" terá os seus companheiros dilectos e eleitos. Deles fale e da higiene das respectivas mãos. Com tanta lavagem de dinheiro devem estar imaculadas...
  3. Mas é uma torpe calúnia medir os outros pelos seus. Há quem faça da "política directa" o mais humano dos deveres: estar disponível para servir e representar os outros. Decerto com erros e, talvez, com erradas opções. Metendo as mãos na lama... mas nada se lhes pegando!
  4. Olhe pelas suas "ovelhas", e preocupe-se com as mãos dos seus, com o que a elas se agarra e como destroem o que os humanos construiram para a Humanidade! 

Outra informação, contra a hipocrisia criminosa dos bombardeamentos "humanitários" - ainda a Líbia

De Vermelho:

25 de Setembro de 2011

Opositores de Kadafi pagam alto preço
 por conquista de Sirte
Tropas insurgentes libias, apoiadas pela Otan, lançaram neste domingo (25) novos ataques contra Sirte em tentativa conquistá-la, ainda que pagando um alto preço devido à tenaz resistência dos leais a Muamar El Kadafi.
Fontes noticiosas assinalaram que as forças do autodenominado Conselho Nacional de Transição (CNT) conseguiram chegar a uma intersecção viária estratégica a um quilômetro do centro da urbe, mas contiveram sua marcha ante o fogo dos pró-governamentais.
Assim como fizeram no sábado, os sublevados se apoiaram nos bombardeios aéreos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para adentrar os flancos leste e oeste com tanques, blindados e artilharia pesada, indicaram repórteres no terreno.
Depois de haverem se reagrupado ontem à noite, as tropas opositoras e as da Otan buscam acelerar a eventual queda de Sirte, sem dar atenção à população civil indefesa presa no conflito, destacaram meios regionais.
Residentes citados por canais televisivos árabes disseram escutar numerosas explosões e descreveram um palco de tensão com altas colunas de fumaça negra e homens armados correndo de maneira discreta entre tanques e edifícios para se proteger dos disparos.
Assim mesmo, asseguraram que as forças subordinadas a Kadafi controlavam as ruas de Sirte e questionaram a missão da Otan supostamente dirigida a proteger a vida de civis.
Testemunhas indicaram que aviões da aliança atlântica sobrevoavam e disparavam contra várias zonas para liberar caminho aos alçados, ainda que oficialmente o bloco tenha dito que destruiu armas antiaéreas, um armazém de munições, dois veículos artilhados e um centro de comando. Tanques, baterias de artilharia antiaérea, balas de morteiro e outras armas foram colocadas em pontos estratégicos da cidade junto com francoatiradores por parte de combatentes e civis fiéis a Kadafi, cujo paradeiro se desconhece desde que abandonou Trípoli, há um mês.
Fontes médicas confirmaram que nas últimas horas morreram ao menos 12 irregulares do CNT e mais de 80 resultaram feridos, basicamente por metralhadoras, mas se desconhecem dados verídicos das possíveis baixas entre os que defendem a cidade sitiada.

Relacionada a:

Líbia,
19h46 Líbia: Ataques da Otan
matam 151 civis em Sirte

17h35 Jornal inglês revela
visitas secretas de Blair a Kadafi

10h00 Após fracassos,CNT anuncia
novo prazo para formar governo líbio

11h52 Kadafi diz que Líbia
vive uma farsa amparada por bombardeios

14h34 Mário Augusto Jakobskind:
Novo governo líbio abre o jogo

domingo, setembro 25, 2011

Denúncia

Em aspalavrassaoarmas, Cid Simões denuncia a manipulação em marcha relativamente a Angola. É preciso ler. AQUI. E estar atento.

São as "guerras de recursos" (como lhes chama Rui Namorado Rosa) e o "recurso às guerras"!
Numa curta viagem de carro, tive ecos de uma intervenção de Vitor Gaspar na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em mesa redonda sobre a 'Definição de um Caminho de Crescimento para a Zona Euro'.
Ao regressar a casa, já confirmei por lido o ouvido, tendo ficado a saber que o ministro citou Kafka.

Mas o que quero sublinhar é que referiu haver um imenso consenso político em Portugal sobre a política que está a ser seguida.

Protesto! Até semanticamente Vitor Gaspar se enganou e quis enganar.
Consenso  político é bem diferente de maioria partidária, e enorme não é o mesmo que grande.
VG, se tivesse querido ser rigoroso e verdadeiro, teria dito que há uma maioria partidária, e até se aceitaria que tivesse dito grande (é a troika de cá!) mas não imensa.

Vamos provar-lhe(s) que não há nenhum enorme consenso para as suas políticas, no dia 1 de Outubro!

Para um domingo - O Beijo do Sol, do Pedro Osório

Rascunho alguns "posts" a partir de leituras e audições, guardando-os para sairem mais tarde. Como é o caso dos CD com música para um domingo.
Ao passar pelo que ficou encarregue de aparecer neste domingo, "le temps qui reste...", de Dabadie-Reggiani, tive um sobressalto. Não o que me provocou (e provoca natural e habitualmente), mas um diferente, marcado pelo "tempo" de agora, por destes dias próximos, de ontem e anteontem. Marcado pelo "tempo" destes dias de Aristides Pereira, uma figura a quem quero prestar uma enorme homenagem, e de José Niza, muito antigo conhecido e com recentes e calorosas relações de amizade (um grande beijo para a Bló).
Por isso, resolvi antecipar um outro para um domingo que estava na "lista de espera", e me parece muito oportuno, pela alegria de viver, pelo beijo do sol que o Pedro Osório nos traz.


(a partir de um tradicional do Quénia
... Ah!, a África!)

E um desenho (inédito) de Álvaro Cunhal




Para um domingo - le temps qui reste

Há coisas que se vão ouvindo de maneira tão diferente
...avec le temps
(perdão!, esta é do Ferré e fica para domingo que vem)


Combien de temps...
Combien de temps encore
Des années, des jours, des heures, combien ?
Quand j'y pense, mon coeur bat si fort...
Mon pays c'est la vie.
Combien de temps...
Combien ?

Je l'aime tant, le temps qui reste...
Je veux rire, courir, pleurer, parler,
Et voir, et croire
Et boire, danser,
Crier, manger, nager, bondir, désobéir
J'ai pas fini, j'ai pas fini
Voler, chanter, parti, repartir
Souffrir, aimer
Je l'aime tant le temps qui reste

Je ne sais plus où je suis né, ni quand
Je sais qu'il n'y a pas longtemps...
Et que mon pays c'est la vie
Je sais aussi que mon père disait :
Le temps c'est comme ton pain...
Gardes-en pour demain...

J'ai encore du pain
Encore du temps, mais combien ?
Je veux jouer encore...
Je veux rire des montagnes de rires,
Je veux pleurer des torrents de larmes,
Je veux boire des bateaux entiers de vin
De Bordeaux et d'Italie
Et danser, crier, voler, nager dans tous les océans
J'ai pas fini, j'ai pas fini
Je veux chanter
Je veux parler jusqu'à la fin de ma voix...
Je l'aime tant le temps qui reste...

Combien de temps...
Combien de temps encore ?
Des années, des jours, des heures, combien ?
Je veux des histoires, des voyages...
J'ai tant de gens à voir, tant d'images..
Des enfants, des femmes, des grands hommes,
Des petits hommes, des marrants, des tristes,
Des très intelligents et des cons,
C'est drôle, les cons ça repose,
C'est comme le feuillage au milieu des roses...

Combien de temps...
Combien de temps encore ?
Des années, des jours, des heures, combien ?
Je m'en fous mon amour...
Quand l'orchestre s'arrêtera, je danserai encore...
Quand les avions ne voleront plus, je volerai tout seul...
Quand le temps s'arrêtera..
Je t'aimerai encore
Je ne sais pas où, je ne sais pas comment...
Mais je t'aimerai encore...
D'accord ?

sábado, setembro 24, 2011

Quem está e quem não está nas Nações Unidas...

ONU

Passos defende reconhecimento da Palestina
depois de acordo de paz (SIC)

O primeiro-ministro defendeu hoje, na Assembleia-Geral da ONU, a criação de um Estado Palestiniano, desde que o acordo de paz seja assinado e a comunidade internacional se comprometer com a segurança de Israel.
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E se, até à assinatura desse tal acordo  (para além dos que já teria havido e não cumpridos foram...), se propusesse que o Estado de Israel saísse das sobreditas Nações Unidas?!


Obama's NO!

No finall desta semana, Obama disse dois nãos de enorme significado.
Um, foi o relativo à entrada do Estado da Palestina nas Nações Unidas, como se esperava, e que é uma afronta ao querer da esmagaora maioria dos países representados naquela organização dita das Nações Unidas.
Num outro nível, não menos significativo, Obama negou o indulto a um preso que esperava a execução da pena de morte há 22 anos.
Troy Davis fora condenado por sentença de 1989, pena desde então muito controvertida. Com este não, Obama decidiu que a Troy Davis não bastava esta tortura de 22 anos e, aos 43 anos de idade, continuando a afirmar a sua inocência, foi legalmente assassinado com uma injecção. Que mundo é este?!
Em cravodeabril, Fernando Samuel deixa uma mensagem sobre os nãos de Obama que aqui pode (e merece) ser lida,

Prensa Latina transcreve o depoimento de um dos 5 de Miami sobre esta execução, que também importa ler, e sobre ele (e a situação dos 5 de Miami) reflectir e tomar posição.

Cuban Anti-Terrorist Fighter Laments “Davis Execution”

Escrito por Raquel Maria Garcia Alvarez
Havana, Sep 23 (Prensa Latina)

Ramon Labanino, one of the five anti-terrorist Cuban fighters unfairly held in US prisons for 13 years now, lamented on Friday the death of African American Troy Davis, who was executed in Georgia two days ago.
We are deeply sorry for the horrible execution of Troy Davis. It is another terrible injustice that tarnish the history of this country (the United States), wrote Ramon, also on behalf of Rene Gonzalez, Antonio Guerrero, Fernando Gonzalez and Gerardo Hernandez.
The Cuban Five, as they are known worldwide, were detained on September 12, 1998, when they were monitoring violent actions by anti-Cuban groups based in Florida
How we have another cause, another banner to continue our struggle for a better world for all, free from the death penalty and barbarity, said Ramon in the text published in the blog Real Cuba and the Cuba debate website.
In honor of Troy Davis and of all innocent people worldwide, we have to continue united !until final victory!
Davis, close to be 43 in October, was sentenced to death for the killing of a police officer in 1989 and 22 years later, the southern state of Georgia applied the death penalty by a lethal injection on him.
"I am innocent. I did not do it, I’m very sorry for his loss, but that day I did not have any gun in my hands", said Davis before being executed.

Encontro com trabalhadores desempregados

Encontro com trabalhadores desempregados
promovido pelo PCP, em Guimarães

Ontem, com cerca de meia centena de participantes, realizou-se no encontro promovido pelo PCP com trabalhadores desempregados, na Junta de Freguesia de Pevidém, em Guimarães.

Participaram na iniciativa os deputados do PCP no Parlamento Europeu Ilda Figueiredo e João Ferreira e ouviram-se  testemunhos de trabalhadores de várias empresas encerradas com processos fraudulentos. Entre muitos outras intervenções, a  desempregada da empresa FIDAR, Conceição, de 54 anos, com um filho de 25 anos, também desempregado, denunciou que vai passar a receber o subsídio social de desemprego no valor de 335euros. "Há três semanas que não compro os medicamentos de que necessito", revelou, ilustrando uma  das consequências concretas das políticas de direita até agora prosseguidas.
Nesta acção foi ainda sublinhada a importância dos trabalhadores e do povo responderem a estas políticas, desde já com a participação na manifestação promovida pela CGTP-IN, em Lisboa e no Porto, no próximo dia 1 de Outubro, para tornar cada vez mais caro e forte o protesto que provoca esta política de desbragada austeridade.

Deixar cair o €uro?

Na reunião, um de nós terá dito "... não me parece que a Alemanha vá deixar cair o euro...".
A frase fez a viagem de regresso comigo.

Não é essa a questão! E é importante, parece-me, dizê-lo
Quem beneficiou da criação do euro, tal como foi  criado, na situação concreta - e na relação de forças - em que foi criado, não vai ou continuar com o instrumento tal qual ou "deixá-lo cair". São três as alternativas - na situação concreta e relação de forças actuais - a partir do seu cálculo "custos/benefícios":
  • ou fará o que puder para manter o euro, forçando a adaptação da configuração política da integração;
  • ou providenciará para que se altere o instrumento ao seu serviço, quanto a participantes e condições de participação;
  • ou regressará - mesmo que transitoriamente -, a moedas nacionais, nomeadamente ao marco.


No entanto, como é evidente, não é só a Alemanha que "está em (ou no) jogo"!

sexta-feira, setembro 23, 2011

A propósito de legislação laboral - ilustração

Alguns factos e eventualidades mantiveram-me afstado desta tarefa blogueira durante o dia de hoje. Fez-em falta. Numa hora de actualização de informação, ouvi coisas sobre legislação laboral, os despedimentos por falta de produtividade, as indemnizações.


Da parede, saltou-me esta gravura do João Abel Manta. Ilustração adequada!

Para a manifestação de 1 de Outubro - convocatórias especiais

Tendo alguns camaradas tomado a brilhante iniciativa (patriótica e de esquerda!) de convocar determinadas personalidades para a manifestação de 1 de Outubro, aqui se aplaude essa iniciativa que se espera seja ainda alargada e melhor aproveitada.

Assim, poderia pensar-se em Camões para, de um canto, nos dizer uns versos lusíadas.


conseguir que Eça (como propõe Cid Simões em aspalavrassaoarmas) seja incluído num painel como comentador para que a manifestação não passe como não tendo existido.

convidar Fernão Lopes (como também propôs Cid Simões) a que seja o cronista de serviço à República (como o foi do Reino) para que a verdade faça História, ou a História respeite a verdade.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Para quem quiser "ouver" - o discurso de Dilma na AG das NU

Para quem tiver meia hora, quando tiver...
Não para ouvir e calar, para ouvir e pensar, para ouvir discutir, para ouvir e divulgar. Tanta coisa...

Ponto da situação

Económico
22/09/11


Europa
Bolsas afundam 4% com ‘sell-off’ na banca

As medidas do Fed para estimular a maior economia do mundo e os cortes de 'rating' na banca geraram o pânico nas bolsas europeias.

A tensão voltou hoje às principais praças europeias, que são hoje palco de fortes quedas. Em Frankfurt, Madrid e Paris as perdas já superam os 4%.

Lisboa também não escapa à pressão vendedora. O PSI 20 cede 3,34% para 5.898,56 pontos, com todas as vinte cotadas no vermelho.

Os investidores estão a reagir negativamente à decisão da Reserva Federal dos EUA (Fed) de comprar até ao fim de Junho de 2012 um total de 400 mil milhões de dólares (293,3 mil milhões de euros) das obrigações do Tesouro de médio e longo prazo do país (com maturidade entre os seis e os 30 anos), usando como pagamento as obrigações com maturidade inferior a três anos que detém. Além disso, o banco central dos EUA admitiu que os "significativos riscos de contracção em termos de perspectivas económicas" vão exigir a manutenção dos juros "em níveis excepcionalmente baixos pelo menos até meados de 2013".

Para piorar, a Moody's anunciou ontem que reduziu o "rating" dos americanos Bank of America e do Wells Fargo, devido aos receios de risco de falência.

Também a Standard & Poor's decidiu baixar o 'rating' de sete bancos italianos, incluindo o Intesa Sanpaol. Isto depois de ter feito o mesmo à notação da dívida de Itália esta terça-feira, o que aconteceu pela primeira vez em cinco anos.

Outra informação - a surda mas bem presente campanha anti-comunista

(hoje é 5ª feira)






«Solidariedade com Paleckis

O PCP, através da sua Secção Internacional, dirigiu uma carta à Frente Popular Socialista da Lituânia, em que expressa a «indignação» dos comunistas portugueses perante «o processo judicial de cariz fascizante movido contra o camarada Algirdas Paleckis, Presidente da Frente Popular Socialista da Lituânia, e solidariedade ao camarada Paleckis, à Direcção da FPSL e a todos os seus militantes e simpatizantes».

A missiva manifesta ainda «preocupação» com «a degradação patente das garantias e liberdades democráticas na Lituânia, tendência em que se insere o desenvolvimento de obscuras campanhas de revisionismo histórico e de perseguição criminal de forças políticas e sociais que não abdicam do exercício da liberdade de pensamento e acção política e da luta por alternativas democráticas e de progresso social, num quadro de intensa ofensiva de classe e grave crise sistémica enfrentada pelo capitalismo».

Recorde-se que Paleckis está a ser julgado por «negação dos crimes cometidos pelo regime soviético» (Avante!, 22.06.11), depois de ter posto em causa a versão oficial dos acontecimentos de Janeiro de 1991 no país.

Recentemente, na Festa do Avante!, um representante da Frente Popular Socialista da Lituânia, Vytautas Liuktius, participou num momento solidariedade dedicado à denúncia da campanha anticomunista em curso na Europa.»

Palestina nas Nações Unidas - ilustração

Os dois primeiros e mais visíveis protagonistas:
















Fernando Campos
ositiodosdesenhos

quarta-feira, setembro 21, 2011

A Assembleia das Nações Unidas como palco

Redação SRZD | Internacional
| 21/09/2011

«Percepções divergentes sobre palestina
marcam Assembleia Geral da ONU


A 66ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira, foi marcada pelos discursos quanto a situação atual dos países árabes. Enquanto a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que abriu a sessão, disse que já chegou a hora de existir uma representação da Palestina na ONU a título pleno, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu em indicar que o impasse entre palestinos e israelenses deve ser resolvido apenas pela negociação das partes envolvidas. Para o líder francês, Nicolas Sarkozy, palestina deveria ter participação na organização apenas como ouvinte até que resolva sua situação.

Discurso de Dilma Rousseff

Dilma voltou a focar seu discurso na atual crise econômica e no papel social e político das mulheres. "Eu tenho certeza de que este será o século das mulheres", afirmou. A presidente do Brasil disse ainda que o momento histórico é delicado e que existe um risco de ruptura sem precedentes, capaz de causar fortes mudanças nas relações entre as pessoas e nações. Para ela, a única forma de superar a crise é a união de todos os países para a criação soluções rápidas e verdadeiras.

"Menos importante agora é saber quais foram os causadores, até porque isso já está suficientemente claro. Apenas com a união de todos os países teremos soluções rápidas. Essa crise é séria demais para ser administrada por alguns poucos países. Já que todos estão sendo afetados, todos têm o direito de participar das soluções", falou a presidente. Dilma fechou dizendo que os problemas devem ser combatidos na causa e não mais apenas nas consequências.

Discurso de Barack Obama

Segundo a discursar, Obama demonstrou empolgação afirmando que 2011 foi um ano de transformações extraordinárias no mundo. Ele falou também sobre a queda de ditadores na Tunísia e no Egito, além dos avanços na Líbia contra Muammar Gadafi, que tinha a "mais longa ditadura do mundo". O presidente norte-americano lembrou também da Síria, e defendeu as ações internacionais contra o regime de Bashar al-Assad.

De acordo com o líder americano, a paz só é obtida com trabalho duro e não pode ser criada a partir de declarações e resoluções da ONU. Obama afirmou que para que se forme um Estado palestino, deve ocorrer um movimento similar ao do Sudão do Sul, 193º membro da organização, que declarou sua independência após um referendo resultado de um acordo com o Sudão. Ainda assim ele disse concordar com a formação de um Estado palestino próprio.

Após o discurso, o presidente dos Estados Unidos se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se mostrou grato pelo apoio do americano à saída negociada para a questão palestina. Ele reforçou ainda que uma votação da ONU não traria nenhum êxito prático.»
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A procura do futuro versus a hipocrisia do presente,