sábado, abril 13, 2013

Extrapolação, ou melhor: extraPULHAção

Começaram, com pézinhos de lã, por dizer
quem polui, paga!
(e fizeram da despoluição um negócio...
pelo que há quem polua para ganhar com a despoluição)

Como a frase-slogan pegou, extrapolou-se
quem quer saúde, paga!
(e fizeram da doença um chorudo negócio)

e continuaram por aí fora, dizendo-o ou não 
quem quer educação, paga
quem quer transportes públicos, paga-os
quem quer andar nas estradas, paga
(e de tudo fizeram PPP e negócios
senão acabam-se, ou exportam-se os "utentes"...)

agora chega-se ao limite bárbaro 
quem quer subsídio de doença, paga
quem quer subsídio de desemprego, paga
(por culpa do TC, dizem eles!)

 em resumo-caricatura mal dita ou mal feit(or)a
não há almoços grátis
(a não ser por caridadezinha
na sopa dos pobres...)

e para a semana vão querer impor a extraPULHAção final
quem quer viver, paga
(aos mesmos de sempre, aos dos negócios,
reformado subsidiado paga o subsídio)


para evitar confusões,
importa tornar muito claro
que as "coisas" que satisfazem necessidades
têm o seu custo,
mas podem não ter preço
para quem a elas tem direito,
por ser humano a viver humanamente!

3 comentários:

trepadeira disse...

Desde que o custo seja para quem pode em solidariedade com quem precisa.

Abraço,
mário

Sérgio Ribeiro disse...

É exactamente isso o tal "Estado social"... mesmo em sistema capitalismo obrigado pela relação de forças.

Um abraço solidário

Graciete Rietsch disse...

Há direitos básicos como saúde, educação,habitação, o que inclui necessariamente a alimentação, que nunca deveriam ser objeto de negócio.
E que vemos nós neste sistema capitalista, neoliberal, comandado por um imperialismo feroz?!!!
Cada vez mais se impõe uma mudança de política.

Um beijo.