quinta-feira, outubro 07, 2010

A responsabilidade da MUDANÇA


«Quando ouvimos defender o brutal pacote de ataque aos trabalhadores, ao povo e ao País e apelar à “união” e ao “compromisso”, que mais não é que uma união e um compromisso para prosseguir e acelerar o rumo de injustiças sociais e declínio nacional, afirmamos claramente que o caminho é outro. O compromisso que se exige é o da responsabilidade da mudança. A ruptura e mudança para pôr Portugal a produzir, a criar emprego com direitos e a distribuir a riqueza com justiça. A mudança, não com a subversão da Constituição, seja pela prática ou por projectos que a põem em causa, mas sim com a sua efectiva concretização. A mudança para a concretização de um rumo patriótico e de esquerda


(da intervenção de Francisco Lopes, ontem, na sessão comemorativa do centenário da República na Assembleia da República)

5 comentários:

Justine disse...

É isso mesmo!!

Anónimo disse...

Mais um discurso abstracto e apaziguador com a ordem burguesa. Muito marxista como se confirma!
Desafiar o capital e pô-lo na ordem? Nem pensar; eles (banqueiros e consortes) são fortes e os trabalhadores são fracos,como afirma A.Filipe na Assembleia.
Lenine na sua sepultura eterna, provavelmente, está em sobressalto com o rumo traçado pelo veneno revisionista desde o patético Khruchtchev.

A CHISPA ! disse...

O que F.Lopes afirmou, foi diferente daquilo, que na A.R disse,ou seja que só faziam um "compromisso" para "resolver as injustiças e para resolver o problema nacional", e este "compromisso" refere-se aos apelos de C.Silva, além disso só pode ser feito com os partidos do capital.

Mas qual "mudança" e "Ruptura" Sérgio,sabe bastante bem que os objectivos económicos propostos no dito programa de "Portugal a produzir" são apenas para atender aos interesses económicos da burguesia nacional, particularmente das pequenas e médias empresas (dos pequenos e médios capitalistas)para mantê-las e torna-las mais competitivas,com o argumento demagógico e falacioso de manutenção e criação do pleno emprego,quando na verdade não criará mais emprego, pelo contrário.

É um programa que não coloca a base económica capitalista em causa, pelo contrário, propõe-se desenvolvê-la e propocionar melhores condições de exploração e competitividade,tanto no mercado interno como no externo.É disto que se trata.

E é exactamente por a burguesia conhecer estas propostas e lhes interessar,porque passam também por um Pacto Social,(o dito "compromisso")necessário à burguesia, que C.Silva e outros como A.J.Jardim, Santana Lopes,defendem um "compromisso" que pode passar por acordos parlamentares ou por um Governo de Salvação Nacional,

"A mudança não com a subversão da Constituição...", Esta Constituição já não é a que foi aprovada em 1975,como resultado da correlação de forças e da luta dos trabalhadores no pós-25 de Abril (que diga-se,muitas vezes com a oposição do próprio PCP), o bloco de direita P"S",P"SD"e C"DS" alteraram-na profundamente.

No entanto ainda mantêm alguns aspectos progressistas,que é necessário defender,mas não é com essas propostas que o PCP e o B.E propõem,mas sim com a mobilização e organização revolucionária dos trabalhadores, em torno dos seus interesses,contra o capitalismo.

A "Constituição" mesmo a que foi aprovada em 1975,não deixou de ser no essencial uma Constituição burguesa, nem nunca colocou em causa a propriédade privada e o desenvolvimento da economia capitalista,apesar de no seu preâmbulo constar o rumo para o socialismo.

Portanto quando defendem uma "mudança" ou "Ruptura, de Esquerda e patriótica, e não querem colocar em causa a actual "Constituição",é limitar a dita "mudança" aos limites da democracia burguesa e trata-se apenas de uma viragem à esquerda, mas no quadro do sistema capitalista.

Têm o direito de defender o que quiserem,mas não enganem os vossos militantes, que só aceitam e lutam por isso,porque não têm consciência politica para verem até que ponto estão a ser enganados e muito menos devem enganar as camadas mais baixas do proletariado.Têm o direito de defender o que quiserem, mas não se digam Comunistas.

Saudações
A CHISPA!

Zé Canhão disse...

A Chispa porque não vai chatear os abjectos da sua laia?

Maria disse...

Há muito que não via visitas inesperadas... eu própria...

:-)