quinta-feira, abril 08, 2010

Reflexões lentas... curtas (por agora), irritadas e muito sérias

1. Quando o dr. Mexia e o eng. Sócrates falam em acções e em accionistas, estão a falar para nós, mas em que língua? Em português ou em negociês? É que um é “accionista” do outro, isto é, é seu patrão (em parte) e cliente. E é-o em nosso nome porque o Estado não é ele, somos nós!
E quando se entre-elogiam, um que foi de um governo num intervalo do que é, outro que vai sendo outras coisas no meio do governo que é primeiro, elogiam-se porquê? Porque alcançaram os objectivos. Cujos são, em negociês, ter lucros, muitos lucros, tantos lucros que aguentem sem problemas as remunerações do CEO (esta foi boa!...), quer as fixas, coitaditas, quer as variáveis em função dos objectivos, vencer a concorrência, exportar, «estar na vanguarda» porque eles são vanguardistas. Fornecer energia à populaça? Também, claro que também. E se o que vendem (por acaso é energia... podia ser outra coisa) sair mais caro que o que a dita populaça, os clientes…, possa pagar, pagava antes ou convenha pagar, e isso crie problemas sociais, perdão, eleitorais, lá se arranjarão eles para que o Estado (que não são eles, mas somos nós) cubra a diferença… porque o show must go on, dizia (parece...) o Frank Sinatra.
.
2. O novo caso que por aí anda, o das dificuldades de “impressão” do Libération que impediram a sua distribuição em Portugal quando a Portugal, e ao seu primeiro-ministro, dedicava algum espaço, lembra tempos idos e vividos. Mas o que faz mais impressão é a estupidez. O que, hoje, poderia ter sido um episódio desagradável tornou-se em mais caso, ilustrador de falta de carácter (e de estupidez, insisto).
E, na verdade e a propósito, aquela argumentação de que haveria uma campanha com a finalidade, mais que condenável, de «assassínio de carácter», não tem, afinal, qualquer justificação. Não se pode assassinar o que não existe. Ponto final.

3 comentários:

Justine disse...

Gosto do sarcasmo sério do ponto 1 e da seriedade sarcástica do ponto 2.!
Em que mundo vivemos nós??

Maria disse...

Achas que eles entendem o teu texto no ponto 1.?
Ponto 2. - exactamente!

Graciete Rietsch disse...

Eles entendem sim não com o sarcasmo que o camarada muito bem usa mas com a sua ânsia de poder aliada á sua ganância. Mas um dia o Povo entenderá também e então "ai deles".

Um beijo.