sábado, abril 10, 2010

Reflexões lentas... e subjectivas

A nossa questão central é a da dinamização e desenvolvimento da ligação às pessoas, às gentes, às massas.
Mas, como em todas as dinâmicas sociais, há as condições objectivas e as condições subjectivas. E, sendo as condições objectivas aquelas que se conhecem (que muitos sofrem e que, para alguns, são oportunidades), é fundamental ter em atenção a situação subjectiva das massas, ou seja, dos outros que somos nós.
Massas que, evidentemente, são heterogéneas, e de que cada um de nós terá as suas amostras próprias, que avaliará... subjectivamente, claro.
A partir das minhas amostras, diria que as massas estão

  • desempregadas
  • empregadas e… mal pagas
  • endividadas,
  • desnorteadas,
  • desesperadas,
  • indignadas.

Aliás, descubro (talvez mal…) intenções de provocar e canalizar a indignação das massas para «casos» e «fulanizações», para «Mexias» e outros que tais, assim se ilibando o sistema, o capitalismo, e colocando a posição ideológica e a luta dos comunistas num “outro mundo”, ou num mundo abatido ou a abater.
Há que explicar, explicar, explicar sempre, as causas do desemprego, do emprego mal pago, do endividamento, do desnorte, do desemprego, do desespero, da indignação e, para isso, aprender, aprender, aprender sempre.

3 comentários:

samuel disse...

Muito bom!
Servem-se dos seus próprios escândalos para esconder no alarido as causas que os permitem.

Abraço.

MR disse...

Sim, aprender sempre é uma atitude necessária. Colectivamente ainda mais útil se torna.

Graciete Rietsch disse...

É verdade camarada ouço muito falar contra a corrupção e a desgradação desta sociedade, mas não contra o sistema que o determina. Há excepções, claro, mas essas vêm de quem está ideológicamente mais próximo de mim. Eu bem procuro explicar, mas não sei se as minhas palavras são totalmente aceites. Há muita ideia enraizada e reforçada ainda pelas mentiras que todos os dias chegam até nós.
Até quando,camarada, manterá esta gente os olhos tão fechados?
E agora só uma apreciação de um artigo no último Avante que apresentava perguntas e respostas sobre o PEC. Achei-o amplamente esclarecedor e muito acessível.Tenho-o divulgado
bastante. Oxalá valha a pena.

Um grande abraço.