terça-feira, abril 30, 2013

Quem vê caras...

Não sei onde o meu amigo Samuel-Cantigueiro vai desen cantar algumas fotos que me deixam cheio de "invejinhas". 
Mas esta estimulou-me tanto que não resisti a... trabalhá-la:

Quem vê caras

não vê corações!,
e muito menos as mãozinhas...


é só conSenso!

Funcionam como se...

Este governo funciona como se... Como se estivesse para lavar e durar.
Reúne, reúne, reúne e diz que reúne. Aprova documentos sobre documentos, faz declarações sobre declarações.
Hoje teria ultimado um desses documentos que, afinal, não estava ainda em condições de ser distribuído pelos deputados que iam ouvir ministros e - esperava-se... - poder questioná-los sobre o que teriam decidido.
Numa sala. um, o Álvaro, a dizer que se vai crescer; na sala ao lado, outro, o Vítor, a afirmar austeridade, austeridade, cortes e mais cortes, agora a atirar para 6 mil milhões.
E o Passos a dizer que...
Isto está a ser excessivo!

Valha-nos um enorme 1º de Maio!
De trabalhadores nas ruas  

Nestes dias de agora, por aqui e ali e a terminar - 8


30.04.2013
Estou a escrever no meu “velho” aeroporto de Bruxelas, que frequento há mais de 40 anos.
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Agora já não há Sabena, há uma coisa chamada brussels airlines, com logotipo em pontos a formar um b.
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E começo o balanço por enunciar alguns temas.
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(..,)
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Berlim e o muro (e a capela  da reconciliação).
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O Reichstag, Hitler chanceler em Janeiro de 1933, e o incêndio em Fevereiro de 1933.
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Ficarão para outros tratamentos.
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Entretanto, dois apontamentos neste(s) voo(s).
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Primeiro, no aeroporto de Berlim e entre Berlim e Bruxelas, em “companhia” de três “companhias” (em parceria) e de um grupo de jovens italianas ou “erasmadas” ou em fim de viagem de fim de curso, mas bastante excitadas e parvinhas, embora tenham acalmado no avião, por cansaço e vencidas pelo sono.
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No voo Bruxelas-Lisboa, noutra “companhia” com três “companhias” em parceria (entre as quais a TAP… isto da “parcerias”!), fomos rodeados de brasileiros por todos os lados que fizeram de nós uma "ilha portuga".
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Neste caso, um grupo de reformados e pensionistas (não devem ter lá nenhum Gaspar…) agitado, barulhento, comprador compulsivo, que deve ter esgotado o stock de bordo e a paciência das hospedeiras.
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Aliás, bem pouco simpáticas.
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« ... et nous venons de commencer notre décente pour Lisbonne! »
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Escrevi pouco (trabalhei mais noutras coisas…), mas foi de boa vontade.
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(...)
E chegámos a casa 
(...)
 e vi logo a resposta do PCP a uma carta do governo, e já aqui “postei”.
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Boa!
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Vou entrar na rotina.
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De que não sai...

Fim de dias de agora,
aqui,
por agora!

Uma carta do governo e a resposta do PCP


Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Sobre a resposta do PCP à carta endereçada pelo Governo


O PCP deu, hoje, em carta dirigida ao Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, resposta à proposta endereçada pelo Governo.
Na resposta, o Secretariado do Comité Central do PCP sublinha que “A disponibilidade manifestada pelo Governo para um encontro para debater a denominada «Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial – 2013/2020» não corresponde a um propósito de seriedade política. Na verdade, apresenta-se desprovida de qualquer credibilidade o enunciado de um punhado de medidas e promessas para o crescimento económico subordinadas e amarradas a um «Programa de Ajustamento» que é em si mesmo uma condenação ao declínio e à recessão, ao desemprego e à dependência.
Os pressupostos a que o governo insiste em amarrar o País têm na situação económica e social a expressão dramática que a realidade revela – nível de desemprego sem precedentes, alastramento da pobreza e da miséria, definhamento do tecido económico, negação de direitos básicos essenciais, redução do valor dos salários e pensões de reforma, menos protecção social, mais endividamento.
Crescimento económico e criação de emprego são inseparáveis de uma política que liberte o país da dependência e do rumo de exploração e de saque dos recursos nacionais de que o governo é entusiasta executante.
O que o país reclama para assegurar o seu desenvolvimento soberano é, não da submissão a um programa que é uma verdadeira agressão ao país e aos interesses nacionais, mas sim a rejeição do Pacto de Agressão.
O que o país reclama não são medidas de propaganda, mas sim a imediata demissão do governo ainda em funções e a convocação de eleições antecipadas.”
O PCP reafirma, nesta ocasião, que “ A solução dos problemas nacionais é inseparável de uma política patriótica e de esquerda que tenha como elementos essenciais a rejeição do «memorando de entendimento» e a renegociação da dívida, a recuperação pelo Estado do controlo das empresas e sectores estratégicos (a começar pelo sector financeiro), a elevação do valor dos salários e pensões de reforma indispensável à dinamização da procura interna e à criação de emprego, a preservação das funções sociais do Estado e de uma efectiva protecção social. Política patriótica e de esquerda que de uma forma mais ampla foi definida no XIX Congresso do PCP e que em anexo remetemos.
Como é do conhecimento do Governo está agendado pelo Grupo Parlamentar do PCP para a próxima quinta-feira a discussão de um Projecto de Resolução com propostas concretas para resgatar o País do declínio económico e social em que se encontra. O Governo tem pois ainda a oportunidade de, com a sua presença, participar nesse debate.
Independentemente dos aspectos referidos e das opiniões agora expressas que consubstanciam a posição do PCP sobre a política necessária para o desenvolvimento do País, se o Governo continuar a considerar oportuna a proposta que nos endereçou, o PCP não deixará de reafirmar nesse momento as posições agora explicitadas ficando a aguardar para o efeito o vosso contacto.”

segunda-feira, abril 29, 2013

Nestes dias de agora, por Berlim - 7


29.04.2013
Hoje é o dia-pretexto para aqui estarmos.
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O Nuno faz 44 anos e, como todos os anos, amarinhamos pela Europa acima para vir passar o dia com ele.
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Em Amsterdam, mas desta vez calhou Berlim.
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Entre o 25 de Abril e o 1º de Maio.
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Já hoje “postei” sobre as notícias de Portugal – Cavaco a avisar… que quem avisa, amigo é! (de quem?) –, e depois saímos para continuar a (per)correr Berlim.
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Tanto visto, tanto a ver, tanto que ficará por ver.
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Notam-se alguns (poucos) sinais de que estamos nas vésperas do 1º de Maio, e dizem-nos que há mais polícia nas ruas que em dias que não sejam de vésperas.
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(Mas o nosso 1º de Maio será em Lisboa!, apesar do de Berlim ter tradições)
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Andámos muito, como é habitual, tirei algumas fotos que talvez para aqui venham, e almoçámos num restaurante Brel, em nome e homenagem ao Jacky.
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Anotei, em pequena folha de papel… “reconfortado e com pena de não ter conhecido este Brel e mais o Brecht de que ontem vi onde e como vivia”.
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Eram dois que gostaria de juntar aos “meus históricos”, o Álvaro, o Lopes Graça e o Saramago.
(...)
Hoje, jantaremos com 2 ou 3 amigos o aniversário-capícua.

Nestes dias de agora por aqui, por Berlim - 6

(ontem...)

Hoje, levei a máquina fotográfica… e até e usei, a jeito de reportagem.
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Tirei a fotografia ao que mais tenho visto de Berlim…
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Aliás, por esta altura do ano, nisso muito parecida a cidade de Berlim com uma outra chamada Amsterdam.
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E andam que se fartam os dois, com a Maria Fernanda lá atrás e eu a fazer de “ponte”,
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Mas a visita de hoje – além do “muro”, claro! – foi à casa Brecht (e Weigel).
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Foi interessante a visita, e gostei de ver como viviam aqueles dois, embora esperasse mais da visita… mas a explicação pela recepcionista, em inglês, foi inteligível e solta, embora demasiada rápida.
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No regresso a casa, descolei do pelotão e vim para casa mais cedo… onde tive alguns momentos de descanso.
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No trajecto, comprei um Courrier International, de 25 de Abril a 1 de Maio!, que hei-de ler porque traz artigos com interesse.

Acabou a "Europa"?!...

Mais (más) notícias - diz o roto ao nú (ou vice-versa)

do sapo:

O Presidente da República exortou os partidos políticos a estudarem cuidadosamente a fase 'pós-troika' para evitar sacrifícios desnecessários aos portugueses e para que depois não lhe digam que não os avisou em devido tempo.

Notícias Relacionadas


ele, o "avisador-mor",
 farta-se de avisar...

Mas avisa quem?
O governo ("estilhaçado"!...)?
A(s) opoição(ões)?
A troika?
Ou ele, , os todo rotos?!
(onde se incluem 
os comentadores 
do "avisador-mor".

Notícias (à distância

do sapo:

Os funcionários públicos continuam na mira do Governo, com o Executivo a preparar um "complexo" programa de rescisões amigáveis no Estado dirigido a um universo de 214 mil assistentes técnicos e operacionais.

Notícias Relacionadas

e o serviço público
irá sendo entregue a privados
para acumular capital

domingo, abril 28, 2013

Nestes dias de agora... por Berlim - 5


(...)
Foi uma saída matinal (não lá muito…), com ida a um parque e a uma “feira da ladra”, não muito diferentes do que pelo centro-norte da Europa é comum.
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Mas, depois, logo ao lado e por extensão de metros e metros – às centenas – temos… “o muro”.
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Este, o que só há aqui... porque é como se só aqui haja e tinha havido.
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É um autêntico (e subtil!...) massacre. 
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1961 – 1989 em todas as cores e feitios… e línguas porque estivemos naquilo a que ficou chamado a “zona francesa”... sem que em francês houvesse uma legenda.

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Muito me apela à escrita – e por isso deixei o grupo e vim para “casa”… – mas deixo, por agora e nestes dias de agora – apenas duas notas, que tomei durante os percursos que fizemos… quase obrigatoriamente.
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1. Vende-se “o muro” como se vende um detergente, embora com todo o “tempero” implícito dos “direitos humanos”, a puxar pela emoção.
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2. Promove-se “o muro” como se fosse uma inocente atracção turística, mas a apelar  à indignação e ao repúdio da brutalidade.
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E é difícil, mesmo muito difícil, procurar racionalizar, raciocinar, contextualizar, juntar a dimensão tempo em todas as suas dimensões, relativizar a dimensão dos inegáveis direitos pessoais e familiares que foram atingidos.
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Mas o caso é de tal monta, e tão bem “montado”!, que dizer uma palavra que vá contra as ditas e reditas, ousar um argumento que contrarie o consensual(izado), é (quase) inútil.
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E fica-se (ou reforça-se) o anátema de ser sectário e de não querer aceitar o que “toda a gente vê”
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(Isto não tem nada a ver com quem me acompanha nesta viagem berlinesca…)
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 Apenas insisto em duas interrogações:
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1. ONDE o muro de Berlim, em que Estado e em que cidade?
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2. QUANDO o muro de Berlim, na capital de um Estado chamado República Democrática Alemã?

Nos dias de agora - em Berlim - 4


28.04.2013
Antes de começar o dia de hoje – mais um em Berlim – vou tentar completar o que o cansaço de ontem impediu de terminar… mas deixou “pontas”.
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Antes de mais, o que escrevinhei em papeis avulso durante a caminhada, e que estava perdido no fundo do bolso da calças.
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Anotando quando no edifício-monumento ao soldado desconhecido: “em Maio, há 38 anos… que houve!”.
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E mais:
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Pietá (qualquer pietá)… glorificar o sofrimento? Não!, respeitar o sacrifício pessoal para melhor futuro colectivo, sacrifícío e sofrimento ilustrados pela imagem da mãe a amparar o corpo do filhos assassinados pela(s) guerra(s).
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Os meninos de sua mãe que jazem mortos e arrefecem nos seus braços… que se levantam para a luta.
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Contra a(s) guerra(s), pela Paz!
(...)

Para este domingo - de Berlim



Bertold Brecht

Dificuldade de governar

1

Todos os dias os ministros dizem ao povo
como é difícil governar.
Sem os ministros
o trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
se o chanceler não fosse tão inteligente.
Sem o ministro da Propaganda
mais nenhuma mulher poderia ficar grávida.
Sem o ministro da Guerra
nunca mais haveria guerra.
E atrever-se ia a nascer o sol
sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
ele nasceria por certo fora do lugar.

2

E também difícil, ao que nos é dito,
dirigir uma fábrica.
Sem o patrão
as paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
ele nunca chegaria ao campo sem
as palavras avisadas do industrial aos camponeses:
quem, de outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados?
E que seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.

3

Se governar fosse fácil
não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
e se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
que há necessidade de alguns tão inteligentes.

4

Ou será
que governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
são coisas que custam a aprender?

por Mário Viegas

sábado, abril 27, 2013

Haja congresso!

E tenham em atenção quem vota em vós...
... para além do voto que possa vir a pôr nas urnas.

De conselho de ministros em conselho de ministros...

... até à demissão final!

Nestes "dias de agora" por aqui e por ali - 3

27.04.2013
(...)
Chegámos de uma ½ maratona (de marcha), pelo menos…, por Berlim.
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Regresso ao meu canto,
enquanto o Nuno prepara o jantar, e a Zé e a Fernanda descansam os pés.
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Os meus não se queixam… troquei os sapatos de Guimarães pelos meus all-star de Nova Iorque (isto é que é!).
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Foi andar e ver, foi andar e andar, às vezes sobre chuva miúda, quase sempre não.
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Sempre a andar e a recordar.
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Cada um com as suas recordações, e eu com as minhas, todas, em que não faltam as de Berlim.
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É a 4ª condição em que aqui estou.
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Já aqui vim como i) militante da Paz, antes de 1974, ii) em tarefa de participante de delegação do Portugal de Abril (com o ministro Costa Martins e um representante de cada uma das forças do MFA), iii) na tarefa de deputado no Parlamento Europeu, iv) agora em visita familiar e de turista.
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Na Unter den Linden, grande avenida que leva à Porta de Brandenburg, emocionei-me ao entrar no grande espaço onde está a Pietá, aos pés da qual depositámos, a delegação de Maio de 1975, uma coroa de flores em nome do povo português recém-libertado, e em honra e louvor dos desconhecidos que se sacrificaram pela liberdade e pelo futuro mais humano.
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Mais tarde escreverei sobre isto (e sobre as fotos por detrás de mim, neste meu provisório canto)… se tiver tempo.
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Entretanto, vou-me informando.
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E sei – oh!, céus… - que “Vitor Gaspar abre guerra duríssima no Governo”.
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Nem em Berlim, onde comecei a vir pela Paz…, este gajo me deixa em paz.

sexta-feira, abril 26, 2013

Nestes "dias de agora" por aqui e por ali - 2


(...)

Depois da escala em Frankfurt, foi a viagem até Berlim, onde o Nuno nos esperava.
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É a nossa viagem anual, para estar com ele no dia do aniversário.
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Porque para outras, que eram a nossa extravagância, começa a não chegar… estará acima das nossas possibilidades…
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O facto é que se tivéssemos “aplicado” em “produtos derivados” e quejandas invenções o que gastámos nas viagens que fomos fazendo ao longo de décadas, 
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ou já nem esta viagemzita anual podíamos fazer…
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ou estávamos a fazer viagens nababas…
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ou estávamos com sérios problemas como sabemos que está gente que foi aliciada para esses jogos, "casinos" (ou "swaps") e especulações.
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E, noutro registo, tão pouca gente há com outros problemas que deveriam ter, por uso indevido de fundos públicos e má gestão de empresas públicas|
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Problemas do foro da justiça, como acontece nalguns (poucos) países neste momento (histórico… como todos) de desvario monetário-fictício-creditício.
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Bom… chegámos a Berlim, onde nos esperava o Nuno e é sempre bom ver aquele encontro mãe-filho…
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O pior é que, como todos os anos, começam os dois a andar sem parança, e eu atrás deles, desta vez com a inesperada dificuldade de… sapatos comprados em Guimarães não serem para caminhar em Berlim.
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Pelo menos, enquanto novos, com pouco uso…
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Vão ser 3 dias agradáveis… se os pés não contrariarem.
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Estamos num apartamento “negociado” pela Zé (austeridade oblige…), que é simpático e será o nosso “lar de passagem” por Berlim.
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Vamos a ver o programa de visitas.
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Entretanto, por esta via, vou tentando manter o contacto com os visitantes (alguns, grandes amigos) com quem me encontro no anónimo.

Aqui fica.

Nestes "dias de agora", por aqui e ali


25.04.2013

Esta foi a manhã esperada, o dia preparado para ser o dia nascido.
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(...)
Os painéis com os desenhos do Álvaro ficaram em curso de instalação, com boa colaboração da Ana Saraiva, e o almoço no Xico correu em boa ambiente e participação nem maior nem menor que a do jantar da véspera.
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Fiz uma curta intervenção que me saiu bastante bem.... melhor que a da véspera!
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(...)
 Depois foi a ida para a Câmara para o lançamento do livro do autor anónimo (que sou eu!), e colóquio sobre o 25 de Abril moderado pelo Zé Fernandes.
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Sala cheia para a primeira parte, troca de memórias interessante na segunda parte (com a Gisela Cid Simões e o Jaime).
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Foi um meio-dia em que fui o “rei da minha rua” (ou beco).
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Correu bem para o ego, apesar deste estar, ou andar, (trans)lúcido…
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(...)
Foi um dia bonito como resumiu a Ana Saraiva.
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Depois de comermos a sopinha-a-dois, partimos para a primeira escala da viagem a Berlim, na Venda Nova.
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Para uma segunda noite de sono curto, embora esta não agitado não obstante véspera de viagem… â Europa!

Irão ser uns dias de ver, arrumar e preparar.

26.04.2013
No aeroporto de Frankfurt.
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Depois de um acordar na madrugada e de um primeiro troço de viagem calmo e a ler as notícias de ontem.
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I que notícias!
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O “país centrão” com sede-capital (financeiro) aqui e algures, ou nenhures off-side, e sempre sequioso, não se entende
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Ou faz-de-conta para que o povo não se aperceba (ou retarde a consciência) que o que se passa é a queda do império(alismo) romano ou frankfurtiano,
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isto é, de franco furtar aos trabalhadores o que é fruto do seu trabalho.
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Dos trabalhadores de hoje e dos que nos antecederam pelos milénios dos milénios.
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E, repito o Avelãs, o capitalismo tem os séculos contados.
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Temos é de evitar que, no seu estertor, ele, o capitalismo, arraste a Humanidade para o(s) abismo(s).
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Fim de escrevinhação de escala!
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Até Berlim.

quinta-feira, abril 25, 2013

De 25 de Abril ao 1º de Maio

Do José Santa Bárbara para a Câmara de Almada (e para todos nós!):












Obrigado!

Bom aniversário!


Tenho "guardado" este post que, em 2010, me surpreendeu porque me apanhou desprevenido e muito agradecido por tannto me ter agradado a surpresa:

Abril 24 2010


"Não, o 25 de Abril de 1974 não me apanhou como à grande maioria dos portugueses. Não foi a rádio surpreendentemente transformada em Rádio Liberdade, depois de ter sido Grândola o pontapé de saída; não foi o telefonema incrédulo de um amigo recebido reticentemente e terminado com risos ou lágrimas ou abraços que o telefone pode trocar; não foi o tropeçar, a caminho do trabalho, com a nova a correr de mão em mão, com gente a sair para as ruas diferentes, transmutadas, a começarem o parto de um país novo tendo a gravidez sido escondida ou disfarçada.
Na manhã do 25 de Abril de 1974 acordei na cela 44 de Caxias-Norte. Comecei nesse acordar mais um dia de prisão, naquela fase em que parece que nos puseram de salmoura, preparando-nos para interrogatórios, torturas e duras provas.
Como nas poucas manhãs anteriores, mas cada vez com maior economia de tempo e esforço, reencontrei-me e localizei-me. Sentia-me bem instalado, naquela cela com casa de banho acopulada, com duche e tudo, uma mesa de pedra, um armário, uma bela vista sobre o Jamor e uma réstia de Tejo. Que diferença relativamente a 1963 e 1964! Todas as manhãs me recordava dos "curros" do Aljube e das "casamatas" que, ali perto, deviam ser um amontoado de pedras húmidas, ratos e aranhas. E recordava também como. em Novembro de 1963 carregara os colchões dessas "casamatas" até estas celas, assim precariamente inauguradas, para depois nos transferirem rapidamente para o reduto Sul."

Sérgio Ribeiro "... porque vivi e quero contar"

publicado por divagares às 23:36
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Sabe-me  bem passar por aqui de vez em quando. Despido (creio eu) de sequelas egocentricas. Lembrando, ao vivo,vivido, o dia em que nasci "segunda vez". E, comigo, o povo que sou. 

E mais o lembro por parecer tão esquecido estar, ou mal contado. Involuntária ou deliberadamente. Sim, fui dos últimos presos do fascismo (não do Estado Novo, ou do antigo regime, ou docorporativismo, ou o como o queiram crismar). É que o fui e... porque o vivi, o quis contar, Aliás, como o escrevi também em 50 anos de economia e militância:

«(...) O 25 de Abril foi o meu “segundo nascimento”. Já muitas vezes o disse e muitas vezes o repetirei.
Nascera, pela primeira vez…, em Dezembro de 1935, já com a Constituição e o Estatuto do Trabalho Nacional fascistas no berço, comecei a crescer no ano da morte de Ricardo Reis[1], o ano da guerra civil de Espanha, da revolta dos marinheiros, da abertura do Tarrafal, andei na escola primária durante a guerra, fiz-me adulto na descoberta do que era o fascismo e a vestir a pele da luta contra a opressão, a exploração, a guerra colonial.
Na luta, percorri o caminho para o 25 de Abril libertador, passo a passo no “rumo à vitória”, caindo aqui, logo me levantando. Sempre me sabendo acompanhado. Um no meio de muitos. (...)»
 -----------------
[1]  - esse admirável livro de José Saramago.
_______________________________________
E, hoje, tenho a alegria de festejar o 39º aniversário desse "segundo nascimento". Em luta, ao lado de muitos, dos de sempre, em colectivo!   

25 de Abril - todos os dias!

no avante! de 24 de Abril de 2013

quarta-feira, abril 24, 2013

Agenda... carregada

A caminho de Estarreja, para um jantar CDU, com regresso a Ourém, a correr para chegar a tempo da mudança de 24 para 25 de Abril (e grande mudança foi!), com música, teatro e bailado e... Grândola Vila Morena.










E até amanhã!

Síntese pró-escatológica do "momento" (des)governamental

(desenvolvimento - pequeno e moderado - de comentário suscitado por "post" em samuel-cantigueiro):

este é um governo com características de governo interino de uma troika, e que mais parece ser intestino com problemas de diarreia de secretários de Estado, em estado convulsivo e evidentes vias de extinção, embora lenta por contraditória prisão de ventre em virtude (?) de excesso de posologia cavaquista.

já "postado" em aspalavrassaoarmas
como "o super-magalhães das sanitas"
... é só (?!) puxar!
.

avante! à 4ª porque 5ª é especial, é o 25 de Abril


terça-feira, abril 23, 2013

De DURÃO a durinho...

Bruxelas clarifica declarações de Barroso sobre «austeridade»

Bruxelas clarifica declarações
de Durão Barroso
sobre "austeridade"»
(...)

Fica clarificado!
Segundo ele,
não se atingiram limites,
mas... há limites.

Ah!, pois há...
E temos de ser NÓS
a dizer quais são,
e que já foram atingidos!