08.05.2013
Para hoje, ou hoje,
tomei uma decisão.
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Daquelas de que,
talvez…, levarei à prática continuada.
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A decisão de melhor articular estes
dias de agora com o “blog”, e explorar a fórmula que me parece ter resultado
para as “postagens” a partir de Berlim.
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A ver vou… como
concretizar, procurando não descambar em
“intimismos” (excessivos…).
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Para começar, ou
recomeçar com essa intenção explícita, assumidamente dúplice – até por “economia de
textos” – aí vai, tendo em atenção a ressalva posta antes, ou apesar de
ela:
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Apesar
de…
Quando, em cerimónia ou
evento públicos ou semi-públicos, há motivo para, em termos elogiosos, se falar
de mim, do que sou, faço ou fiz, aqueles que são forçados
(ou não) a fazê-lo, dizem apesar de… (e segue glosa adequada à
personalidade que profere o elogio)... quando isso ouço eriçam-se-me os pêlos
(como diz amigo meu a quem parece acontecer isso mesmo).
É que, é preciso
acrescentar, esses que assim temperam os elogiosos termos, referindo-se à minha postura cidadã, a actuação cívica, a livro publicado, ou a qualquer outra
circunstância de somenos, o fazem de forma peremptória como que aliviando a
consciência de pesada carga ou, também, tirando o que se costuma chamar “carta
de prego” para que não haja qualquer dúvida da pessoal comunhão com
pecadilhos ou pecadões meus.
Quer dizer: acham que sim,
senhor, que sou isto ou aquilo, que faço, ou fiz, isto ou aquilo apesar de… e
subentende-se que a ressalva nem se se refere muito directamente a mim mas a
uma concepção/opção de vida, a um Partido que eu tomei na juventude e de que,
teimosamente, não dou mostras de querer abdicar.
Sejamos claros:
Apesar de…
o quê?
Apesar de…
ser solidário com, ou pactuar com quem come criancinhas ao pequeno-almoço e dá
injecções atrás das orelhas dos velhos? Estas “razões”, não!, porque decerto (?)
já estariam ultrapassadas.
Apesar de… defender
a União Soviética por ter sido o que foi, e assim conivente com as Sibérias e
os “goulags” e outros relatos ou ficções, tomados como História incontroversa
à maneira de mentiras que, de tão repetidas se tornam verdades absolutas.
ou
Apesar de…
a invasão da Hungria, da Checoslováquia, e de outras longínquas e nebulosas circunstâncias
internacionais, de que teria sido cúmplice ou não teria explicitamente condenado?
ou
Apesar de…
me conotarem com versões do PREC português, com o estendal de alegadas
violências, de agressões, de actos por outros perpetrados e pelos nós/comunistas
tentados evitar e por eles/nós condenados (como a Rádio Renascença, a Embaixada
de Espanha, o jornal República) mas contra nós voltados?
ou
Apesar de… (diz-se)
ter ajudado a pôr o País à beira da guerra civil quando estava ocupado em colaborar
em planos de médio-prazo, com a ajuda das Nações Unidas, que contribuíssem para
rumo outro para os trabalhadores e para o povo que não este em que nos colocaram,
e estar entre os que evitaram aventuras perigosas com Rio Maior a dividir
Portugal ao meio com um governo no Porto e um Portugal do Sul a fazer de Coreia
do Norte?
Apesar de… quê?
Digam lá…
Apesar de os factos e as situações que previ(mos) e
preveni(mos) se terem verificado e estarem os trabalhadores, os reformados, os
velhos, os jovens, na situação em que estão/estamos?
Fico por aqui. Como diz
o mesmo amigo a quem se eriçam os pêlos dos braços: “Barda merda para
os elogios”… (ou pior ainda!).
6 comentários:
Eles continuam acobardados, cinzentos, A pesar na nossa paciência.
Muito bom! :-) :-)
Abraço.
"Eles"sao idiotas!Costumam dizer,tambêm:-Ê muito inteligente,estâ ê no partido errado!Cretinos!
Um beijo
Gostei especialmente deste post.
Muito, muito bom.
Campaniça
Pois eu continuo a ter imensa consideração por ti pela tua tenacidade na luta, pelos teus conhecimentos, pela forma e desassombro com que os transmites...apesar de todas as calúnias que lançam sobre o teu ideal e as nações e povos que tentaram e tentam levar à prática o mundo que defendes(defendemos).
Um beijo.
Apesar de... nos crerem fazer crer, moldar a vontade. De nos estenderem o freio indepurado e sorriso amarelo. Exista quem vista e resista. Um fato. Uma pele que se conquista e renasce. De abraço fraterno e olhos nos olhos com o exemplo que não esmorece.
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