Hoy mi deber
[tradução (um pouco) livre,
procurando... não trair: um homem na revolução]
Hoje era meu dever cantar a Pátria,
levar a bandeira, ser mais um no Rossio.
Hoje era um momento mais de luta,
um renascimento, um sol de conquista.
Mas tu faltas-me há tantos dias
que quero e não posso ter alegrias.
Penso em teu cabelo pousado na minha almofada
e não sou capaz de partir para outra batalha.
Hoje, eu, que tinha de cantar em coro,
escondo-me neste dia de sussurro e de solo.
Que faço tão longe dando motivos a este jogo de enganos,
a este jogo sem sentido... dos sentidos?
Tua boca pequena dentro do meu beijo
conquista, toma posse, não tem recuo.
Teu corpo e meu corpo cantam suores,
Sons, sobressaltos, febris tremores.
Hoje, meu dever era cantar a Pátria,
levantar a bandeira, ser mais um no Rossio.
E creio que, acaso, por fim o consegui,
sonhando o teu abraço,
voando a teu lado.
Grande Sílvio!
4 comentários:
"É impossível ser feliz sozinho"... como diz a canção do Jobim...
Muito bom!
Abraço.
Que turbilhão de sentimentos este poema e a canção despertaram em mim!!!
Fiquei completamente gelada pela emoção!!!
Um beijo, amigo e camarada.
Que lindo!
Boa Sérgio!
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