domingo, julho 04, 2010

“Revisão de matéria dada” – 1 (teoria geral)

Noutros tempos, em tempos passados há muito ou há pouco tempo (depende de a escala ser a da nossa individual curta vidinha ou a escala que tenha tamanho que possa medir a História), a economia procurava equilíbrio. Ou melhor: os economistas procuravam uma representação da economia que fosse de crescimento em equilíbrio, sem beliscar as relações sociais de produção que tudo condicionam no andamento da História (e de cada indivíduo, ou grupo, ou classe social).
Havia, ou haveria, um Estado protector, paternalista (mais para o padrasto…) que, na decretada ausência de classes sociais, em cada Nação politicamente organizada se dizia procurar, nas línguas respectivas, o que em português se chamava A Bem da Nação.
Isto sobretudo quando começou a ser evidente que o capitalismo engendra, nas entranhas do seu funcionamento, crise. Que, de vez em quando se manifesta ruidosamente enquanto se procura que as vítimas sejam “os do costume”, enquanto alguns saltam sobre as “oportunidades que as crises criam”.
Tempo em que havia alternativas no terreno, também evidentes, a fazerem o seu curso, com todas as dificuldades próprias e as resultantes do feroz cerco.
Nesses tempos, lá para os idos anos do fim da terceira década do século passado (que foi o XXº desta era), e em tempos que seguiram, um senhor chamado Keynes, elaborou a sua Teoria Geral (do Emprego, do Juro e da Moeda), um calhamaço que importa conhecer minimamente, e não só falar dele como se fosse um dos livros de cabeceira…
Evidentemente que não vou trazer para aqui, ou para outro lado qualquer, essa Teoria Geral. Por várias razões, e a maior de todas é a de que não me sinto habilitado. Acho, no entanto, curioso que, em “tempos de crise” como este, apareçam tantos leitores de Keynes, “leitores” que nem por osmose conhecem o resumo resumidíssimo do resumo dessa obra capital, e menos ainda a obra capital de Marx (O Capital), de que se publicou o 5º tomo da edição portuguesa (de edições avante!), falta traduzir os três tomos do livro terceiro, havendo ainda um livro quarto que se poderia juntar à obra que, como gosto de dizer, está a ser escrita (ou a poder sê-lo) na/pela realidade que se vive.
Adiante …

3 comentários:

samuel disse...

Não, não! Eu é que posso escrever ( logo, escrevo) que não me sinto habilitado... :-)))

Obrigado pela fantástica tarde!

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Eu é que não estou nada habilitada e pouco percebo de teoria económica mas os teus post têm- me ensinado a compreender algns factos. O pior é que eu entendo
perfeitamente, mas depois não sei explicar aos outros.
Mesmo assim tenho clarificado muitas opiniões minhas através dos teus posts.

Obrigada e um grande abraço.

GR disse...

Mais uma vez a Graciete tirou-me as letras do meu papel.
Continuemos a ler, são escritos preciosos (tenho a vantagem de os imprimir)

Bjs para a Graciete,

Bj

GR