segunda-feira, julho 05, 2010

“Revisão de matéria dada” – 2 (teorias em equação)

Apenas vou, de forma que não se pretende rigorosa, fiel, fidedigna (o que quiserem…), deixar um apontamento sobre formulações, ou equações, fulcrais para a compreensão do tal crescimento em equilíbrio, a começar pela articulação entre a micro e a macroeconomia, em contexto de luta de classes que se negava mas que se está sempre fazendo.
Pelo trabalho produz-se, transformando a natureza, pondo-a ao serviço da satisfação das necessidades históricas, isto é, em permanente evolução. Primeiro, (após tão-só colher) transformando apenas com as mãos nuas, depois prolongando o corpo com instrumentos e objectos de trabalho que são trabalho cristalizado, “morto” – os meios de produção.
E produz-se o quê?
A produção (P) é de bens de consumo (bc), para satisfazer necessidades, e de meios de produção, investimento (i) que substitua os meios gastos e reforce a capacidade produtiva.

P = bc + i
Para essa produção, definem-se vários contributos que são recompensados com um rendimento (R) a distribuir, que dá acesso ao que foi produzido. Simplifiquemos: quem trabalha recebe salários (s), quem possui os meios de produção procura lucros (l), quem empresta dinheiro para “ajudar” ao funcionamento da economia cobra juros (j), quem aluga terra ou imóveis onde se trabalhe e viva recolhe rendas (r).

R = s + l + j + r
Estes rendimentos são, a partir da sua utilização pelos seus detentores, a despesa (D), efectiva, potencial ou futura. D divide-se em consumo (c), que tanto resulta de s, de l, de j, ou de r (que todos têm de consumir) e em poupança (p), o que sobrou dos consumos.

D = c + p

A poupança terá fins vários, como reserva para necessidades futuras, substituição e reforço de capacidade produtiva, isto é, meios de produção, e outras mais para o especulativo, podendo tomar (ou ter tomado) a forma de “pé-de-meia”, “debaixo de colchões”, “porquinho com ranhura”, depósito em bancos, ou ser canalizada directamente para investimento. Neste último caso ficaria tudo equilibrado.

Isto é teoria, claro. Porque na prática, a realidade é outra. E há bases teóricas que explicam porquê. Porque a teoria do valor é outra, porque desta não se parte com/para o pressuposto de que não há classes sociais.
Adiante…

1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

Com as equações matemáticas entendo-me um bocadinho melhor. Mas queria continuar a fazer a "Revisão da matéria dada".

Um beijo.