quinta-feira, julho 21, 2011

Da toalha da mesa do canto do Canto da Vila

Quando, nos tão apregoados como indispensáveis cortes das despesas, se incluem os subsídios de desemprego e as pensões de reforma, por exemplo, há que gritar bem alto que essas despesas de hoje e para amanhã, foram receitas de ontem, tiradas aos rendimentos dos desempregados e dos pensionistas para que hoje e amanhã lhes sejam devolvidas. São dívida para com eles, isto é, nós!
Que lhes fizeram?, em que "off-shores" e BPN estão delapidadas? Em que faustosos almoços e jantares se consumiram, de que agora, magnanimemente, querem que aproveitemos os restos e as migalhas? 

6 comentários:

Ricardo O. disse...

Entrando pelo perigoso e sinuoso caminho do economês do sistema... não resisto a recordar a ideia do consumo inter-temporal, tão cara aos modelos neo-liberais. Já agora, consumo, rendimento e poupança.

Traduzindo, estes modelos consideram que o rendimento e os gastos em consumo mais a poupança, sendo dinâmicos, verificam-se ao longo do tempo. Por sua vez o consumo, resultará do rendimento e da poupança que entretanto se registou ou virá a registar. Isto significa que a parte do rendimento que não consumimos, no passado, no presente ou no futuro, é dirigida para a poupança, a qual poderá ser privada ou pública.

Desta forma, repito: «há que gritar bem alto que essas despesas de hoje e para amanhã, foram receitas de ontem, tiradas aos rendimentos dos desempregados e dos pensionistas para que hoje e amanhã lhes sejam devolvidas». E acrescento... do ponto de vista colectivo (agregado, em economês) as despesas sociais - subsídio de desemprego, pensões de reforma, abonos de família, etc... - são, de facto, rendimento de trabalhadores transferido, no passado, no presente ou no futuro, para outros trabalhadores.

O que os senhores representantes do capital (PS, PSD e CDS...) pretendem é transferir essa poupança dos trabalhadores para o "consumo" dos capitalistas. E para o conseguirem estão disponíveis para entregar algumas migalhas por meia dúzia, altamente mobilizados e om forte cpacidade de imposição e opressão sobre a larga maioria social.

Fernando Samuel disse...

Pertinentes perguntas.

Um abraço.

samuel disse...

As respostas andam por aí, ostensiva e desavergonhadamente, à vista.

Abraço.

Antuã disse...

Já estamos a ficar cansados de tanta roubalheira.

Graciete Rietsch disse...

De facto nós pagamos e bem as nossas reformas e a nossa Segurança Social. Não devemos nada.
E é com o que é nosso e com o que os trabalhadores no activo continuam a pagar, que querem continuar a encher os bolsos de quem os já tem bem cheios.

Um beijo.

GR disse...

Na Saúde roubaram-nos também os nossos Direitos, eles vão rindo e roubando, despedindo e cantando…quando o povo abrir a boca para dizer basta! não será totalmente tarde, (todos) teremos mais trabalho.

BJS,

GR