segunda-feira, julho 04, 2011

A reunião do CC - o oceano imenso e os baldes de praia

Da reunião de sábado do Comité Central do PCP, após um dia de debate e trabalho colectivo, resultou um comunicado que foi distribuído e que importaria conhecer. Pode ler-se aqui.
Este documento, como é norma de trabalho no PCP, partiu de um projecto distribuído a todos os membros do CC, documento que foi acolhendo emendas, até ao começo da tarde, enquanto os camaradas intervinham (em intervenções de 7 minutos, salvo a inicial do secretário-geral e mais duas ou três sobre temas específicos a exigirem tratamento mais aprofundado). Essas emendas foram todas recebidas e analisadas por uma comissão de redacção final proposta e aprovada no início da reunião, comissão que, na parte final da reunião, apresentou a sua proposta de documento ao colectivo, justificando a nova redacção resultante das emendas propostas acolhidas e explicando as razões por que algumas não o teriam sido, sendo tudo de novo discutido e por último posto à votação. O documento, aprovado - por unanimidade - está aí.

Apenas deixo uma nota, e nada mais de carácter pessoal seria curial, revendo-me inteiramente, pelo processo genuinamente democrático em que participei, no documento colectivo.
Na sua intervenção inicial, a abrir  a reunião, Jerónimo de Sousa fez uma análise da situação política,económica e social e, com a sua conhecida capacidade de comunicação, a dado momento ilustrou a situação dizendo que, face ao oceano de problemas e dificuldades que temos frente a nós - portugueses e comunistas -, não podemos procurar despejá-lo a baldes, pelo que é indispensável definir prioridades, e resumiu-as em três alíneas i) luta de massas, ii) acções e iniciativas, iii) reforço do Partido.
Não faltam tarefas!  

  

5 comentários:

Maria disse...

Também não nos falta entusiasmo para as cumprir!
Este modo democrático de funcionarmos faz inveja a muitos outros!!!

Um beijo.

Sofia Costa disse...

Gostei particularmente do último paragrafo!

Fernando Samuel disse...

Não foi nada assim, o que aconteceu foi que os «chefes» disseram como era e os outros obedeceram - e o voto por unanimidade foi porque um «chefe» puxou o cordel que estava preso aos braços dos outros...
(pelo menos foi isso que li nos jornais aqui há uns tempos...).

Um abraço - e bom trabalho.

samuel disse...

O fernando Samuel tirou-me as palavras da boca. :-)))
Até que consiga resolver este sério percalço... um abraço!

Graciete Rietsch disse...

O resultado final resultou do processo absolutamenta democrático de enfrentar os problemas e procurar soluções, digam lá o qu disserem.

Um beijo.