quinta-feira, julho 07, 2011

Perfeito vendaval

Começa a ficar claro que se está no meio de um perfeito vendaval, no centro de um furacão, em cima de um vulcão. Há um verdeiro menu de metáforas climáticas, de catástrofes... naturais.
Resuma-se: o capitalismo financeiro atravessa uma explosão de crise, com uma tremenda agudização de contradições intrinsecas,  fricções intra-imperialistas a manifestarem-se, para cá dos bastidores, em violentas ompetições em que vale tudo, apenas convergência na procura de "saídas" pela via da intensificação da exploração e pela porta falsa da especulação com base em capital fictício.
Resta-nos o papel de espectadores e integrarmo-nos em "claques" nas bancadas dentro dos estádios, pavilhões, assembleias, parlamentos?   

5 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Não, não. O nosso papel é de intervençao e luta para evitar a catástrofe. Estamos a tempo de impedir a derrocada.
"O Povo quando acorda nunca é tarde".

Um beijo.

Ricardo O. disse...

Ontem, num merecido (digo eu) momento de descanso «enganei-me» e zás... por alguns minutos ouvi um ilustre comentador de economês (que há muito não (ou)via pro aquelas paragens) determinou qual a melhor postura individual e colectiva perante tamanho «vendaval»:

Devemos manter a cabeça erguida e prosseguir o programa [de submissão e agressão ao povo português] acordado pelo PSD, CDS e PS [a alteração na ordem é propositada e da minha responsabilidade] com a troika estrangeira do FMI, CU e BCE.

Estas manifestações de escândalo e revolta escondem suspiros de alívio, pois representam mais um argumento a favor da sudmissão e do conformismo desmobilizador.

Tal como Peres Metelo, muitos comentadores, políticos da maioria da submissão, patrões e seus representantes, não escondem que a melhor resposta é garantir o cumprimento do programa. Aquele que está entre as origens [que são várias] do «vendaval».

A resposta que é necessária é a mobilização para o esclarecimento e para a luta, já na sexta-feira, no S. Jorge, antecipada e seguida de muitas conversas no refeitório, na tasca, no café, no corredor, na máquina do café, no balneário, no comboio ou no autocarro...

Fernando Samuel disse...

À saída deles - mais e mais exploração - temos que responder com a nossa saída: luta e mais luta.

Um abraço.

samuel disse...

Mesmo como espectadores... bem podíamos ir-lhes atirando com uns calhaus aos crânios...
Mas o melhor, mesmo, é participar na partida... implantar outras regras, outras leis, com outra gente...

Abraço.

J Eduardo Brissos disse...

Ou ouvir a história de proveito e exemplo do Dédé :)
Memórias da escravatura: Quando um olheiro de escravos chamado Moodys me atirou para baixo do chicote do capataz dum plantador do Novo Mundo.