domingo, julho 17, 2011

As descobertas de Cavaco Silva

Ontem, corria quilómetros no carro, e ouvi o Presidente da República falar. Não ia a conduzir, e tomei umas notas... porque não resisto a guardar as "pérolas" que Sexa. atira, de quando em vez, à escumalha que nos deve julgar:

  • Cavaco Silva “descobriu a pólvora”:
  • Desvalorize-se o euro!
  • Essa medida, de que Sexa quer ser o assumido (e semvergonha) arauto e protagonista, viria beneficiar as exportações (portuguesas e não só).
  • Até porque, diz ele, o euro é a moeda mais forte do mundo.
  • Mas não foi assim, e para isso, que ela foi criada?
  • O dr. CS parece estar “infância da arte”, nas “pré-primárias” das economias.
  • Porque destas pouco mais adiante teria ido,
  • mas sobretudo porque quer enganar os que saberiam menos que ele... que seríamos todos, evidentemente.
  • Pelo que diz, como diz, quando diz.
  • É um demo crata!

6 comentários:

Mário Reis disse...

As descobertas de Cavaco e as congratulações do BE, deixam-me confuso...
1) A coisa (a exploração e a indignidade resultante do capitalismo) não se resolve com a desvalorização do euro;
2) Exportando nós cerca de 75% para os países da zona euro, a tal desvalorização em muito pouco resolvia os nossos problemas;
3) O problema fulcral que vem desde 1992 com Maastricht e com o euro depois, tudo coisas que a cavacal governança apoiou cegamente, é não podermos competir (panela de barro c/ a panela de ferro), neste quadro de ortodoxia monetária desenhado pelo capital industrial e financeiro, com o colosso industrial alemão.
E isso impica (implicou e implicará) pensar o futuro, fora destas politicas de "asfixia" dos países como Portugal.

Já estavamos avisados que Cavaco quando fala, pouco acerta. Agora as congrutalações do BE?

Sérgio Ribeiro disse...

Muito pertinentes observações, que subscrevo, procurando que se lhes empreste a impertinência e a divulgação que são indispensáveis.

Abraço

José Rodrigues disse...

As TVS de imediato referindo Vasco Cardoso:o PCP está contra!É preciso esclarecer porquê e de forma mais fundamentada porque se BE e PS estão consonantes com Cavaco...podemos já estar numa troika com dois reforços de última hora!

Abraço

Manuel Sousa disse...

Sigo o telejornal na rtp1 e estou surpreendido:
Em rodapé do dito, segue nos últimos 30 mts uma mentira anunciando que "BE e PCP de acordo com o presidente".

Já que a imparcialidade e transparência é coisa rara por aquela casa, ao menos exigia-se rigor. Ou será pedir muito???

Ricardo O. disse...

Já o Passos Coelho que convecer-nos que existe um buraco ou desvio de dois mil milhões de euros que obrigarão a novos sacrifícios do lado da receita (a famosa sobretaxa no IRS - subsídio de Natal) e do lado da despesa (provavelmente despesas sociais, saúde, educação...
Como o INE indicou que no primeiro trimestre o défice foi de 7,7% do PIB do trimestre e como a meta no final do ano é obter 5,9%, então a conclusão é simples, houve uma derrapagem de dois mil milhões de euros... Apesar do ministro das finanças ter assegurado que as medidas se devem à necessidade de garantir uma folga de conforto, pois de acordo com as suas palavras, Portugal não tem margem de erro.
Assim, todos percebem, todos compreendem a necessidade de novos e superiores sacrifícios, cujo objectivo fundamental não será obter um equilíbrio sustentado das contas públicas. O objectivo será alterar de forma profunda todo o enquadramento constitucional da economia portuguesa, passando a privilegiar os interesses dos detentores do capital, a grande burguesia, nacional, estrangeira, transnacional, etc.
E preparemo-nos, porque no futuro irão surgir muitas e novas derrapagens!

Ricardo O. disse...

Palavras para quê?...

«Os resgates das dívidas de Portugal e da Irlanda têm sido um bom negócio para os países que lhes concederam garantias, disse hoje o presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling, ao Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão", garantiu Regling.»

por Lusa, no DN on-line