quinta-feira, julho 21, 2011

Mais um dia D

Depois dos habituais prolegómenos entre a Alemanha e a França  (já foram mais habituais, mas parece estar a voltar-se, em força, a arranjos franco-alemães antes de decisões... "com os outros") hoje será um dia de reunião entre os chefes de Estado da U.E., institucionalizados em Conselho Europeu (o dedos fugiram-me para a verdade e teclaram Euro pau...).
O comissário-mor, esse nascido em Portugal chamado Durão Barroso, também fez a sua parte no proscénio, com uma dramatização mal enjorcada, e aqui estamos à espera do que vai sair dali.
Uma grande questão, ou a grande questão, é a de se encontrar uma resposta "europeia" à ofensiva dos mercadosvinda do outro lado do Atlântico, e ao serviço do instrumento cada vez mais enfraquecido da cabeça do imperialismo chamado dólar. No entanto, e são as contradições de um sistema intrinsecamente contraditório, desta parte de cá do capitalismo financeiro, também não há, nem pode haver, unanimidade ou consenso ou só senso. Podem encontrar-se "concertos" desesperados, mas serão apenas transitoriamente afinados, porque a desafinação é a norma. E, repare-se, para defender o "seu" euro (que não é de todos, nem lá perto), os 27 não têm, no seu seio, alguns escandinavos, e não podem, de modo algum, contar com o Reino Unido, que é mais "ponte atlântica" e anglo-saxónico que continente europeu (e está, aliás, com outros problemas complicados na "cozinha interna").
Vamos a ver o que vai dar aquela reunião dos "grandes" que nos representam, Pois... porque vivemos em democracia representativa.
Mas nisso se esgota a democracia (burguesa) e a política? 
Seremos - eu, tu, ele, nós - apenas espectadores, depois informados "à maneira", pelos orgãos de comunicação social que os que verdadeiramente mandam, os donos do dinheiro, comandam?

2 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Somos só espectadores mas isso é o que eles julgam. Esperemos.

Um beijo.

samuel disse...

O Zé Gomes Ferreira disse o que havia a dizer sobre a tolice de querer erguer novas construções... apenas mudando de lugar os mesmos tijolos de sempre.

Abraço.