sexta-feira, novembro 12, 2010

A propósito... Lenine, em 1899!

Lenine, sobre as greves:


«Assim, as greves ensinam os operários a unirem-se; as greves fazem-nos ver que somente unidos podem agüentar a luita contra os capitalistas; as greves ensinam os operários a pensarem na luita de toda a classe patronal e contra o governo autocrático e policial. Exatamente por isso, os socialistas chamam as greves de "escola de guerra", escola em que os operários aprendem a desfechar a guerra contra seus inimigos, pola emancipaçom de todo o povo e de todos os trabalhadores do jugo dos funcionários e do jugo do Capital.
Mas a "escola de guerra" ainda nom é a própria guerra. Quando as greves alcançam grande difusom, alguns operários (e alguns socialistas) começam a pensar que a classe operária pode limitar-se às greves e às caixas ou sociedades de resistência, que apenas com as greves a classe operária pode conseguir umha grande melhora em sua situaçom e até sua própria emancipaçom. Vendo a força que representam a uniom dos operários e até mesmo suas pequenas greves, pensam alguns que basta aos operários deflagrarem a greve geral em todo o pais para poder conseguir dos capitalistas e do governo tudo o que queiram. Esta opiniom também foi expressada polos operários de outros países quando o movimento operário estava em sua etapa inicial e os operários ainda tinham muito pouca experiência.
Esta opiniom, porém, é errada. As greves som um dos meios de luita da classe operária por sua emancipaçom, mas nom o único, e se os operários nom prestam atençom a outros meios de luita, atrasam o desenvolvimento e os êxitos da classe operária.»
.
(texto de 1899, traduzido em galego)
.
Este Lenine! (e traduzido em galego...)
Viva a Greve Geral! (que não será nem a única, nem a última, forma de luta mas que terá uma enorme importância na luta)

4 comentários:

Carlos Gomes disse...

Lenine traduzido em galego, o mesmo é dizer em Português da Galiza. A não ser que confundamos com a linha "isolacionista" ou seja, a posição castelhanista que pretende que o galego não passa de um dialecto local para ser falado nas tabernas e sem qualquer estatuto literário, o que não é verdade, o chamado galego faz parte da nossa comunidade linguística, tal como o português do Brasil ou de Malaca. Desde aproximadamente o século XV, época dos Descobrimentos Portugueses até ao Rexurdimento ou seja, o período do Romantismo com Rosalía de Castro, o nosso idioma comun foi proibido em Espanha incluindo nas cerimónias litúrgicas. Não admira, pois, que se tenham acentuado algumas diferenças.

Pata Negra disse...

E no dia seguinte à greve? Perguntam-me alguns!
Um abraço com respostas

José Rodrigues disse...

No dia a seguir à greve,a luta continua com a mesma absoluta necessidade.Por exemplo, participar na campanha do Francisco Lopes, a única que faz a diferença para alcançar (mais tarde ou mais cedo)a política patriótica e de esquerda que o povo e Portugal precisam.Hoje fiquei mais convicto da justeza da indicação do camarada para desempenhar tal tarefa, ao ouvir na rádio e amplificada por TV um ex-comunista(?)que anda por aí alegremente a fazer fraca figura,dizer que o PCP fez má escolha!

Abraço

Graciete Rietsch disse...

No dia seguinte à greve e no próprio dia da greve e nos dias anteriores à greve, continuarei a participar na luta de todas as formas que me sejam possíveis, nem que seja apenas tentativas de esclarecimento.

Um beijo.