A propósito do euro e da eventual (que vai sendo laboriosamente preparada) saída de alguns Estados-membros (membros de quê?, da UE?, da UEM, de um qualquer “eurogrupo”? ), retoma-se a teoria da contaminação e da pandemia. Depois das sucessivas gripes pandémicas (e patéticas… não fossem os lucros fabulosos que carrilaram para certos grupos e personagens), agora é o aproveitamento histérico dessa imagem da contaminação a propósito das finanças públicas. O putativo ministro das finanças de Portugal já veio transmitir essa mensagem.
Mas quem é que contamina quem? Vejamos o avesso das coisas que estão postas do avesso.
Foi ou não foi a economia portuguesa que foi contaminada?, pela contra-revolução para devolver ao capitalismo este espaço que lhe estava a fugir?, pela “Europa connosco”?, pelas visitas do FMI que vieram fazer ajustamentos estruturais numa economia que – como não foi possível deixar de comprovar – estava muito melhor, com muito mais saúde do que se dizia… apesar de uma boa parte nas mãos do Estado, e este reflectindo uma relação de forças em que os trabalhadores tinham coisas a dizer e a fazer, e diziam e faziam (foi foi por pouco tempo!).
Contaminação houve da economia portuguesa, contaminada pela financeirização, pelos grupos banco-financeiros que tomaram conta de tudo e destruíram a nossa economia produtiva.
Há que descontaminar! Não aceitando ser expulsos - por indeecntes e má figura... - de um núcleo central, comandado por um directório, ele comandado por meia dúzia de grupos financeiros, mas saindo, de cabeça erguida e pelas razões que foram claras na declaração de voto, de 2 de Maio de 1998, dos 3 únicos deputados portugueses no Parlamento Europeu que votaram contra a criação da moeda única, prevendo e prevenindo o que hoje tantos estão a descobrir, aparentemente ou surpreendentemente surpreendidos. Mais uma vez (e muitas mais será!) :
Mas quem é que contamina quem? Vejamos o avesso das coisas que estão postas do avesso.
Foi ou não foi a economia portuguesa que foi contaminada?, pela contra-revolução para devolver ao capitalismo este espaço que lhe estava a fugir?, pela “Europa connosco”?, pelas visitas do FMI que vieram fazer ajustamentos estruturais numa economia que – como não foi possível deixar de comprovar – estava muito melhor, com muito mais saúde do que se dizia… apesar de uma boa parte nas mãos do Estado, e este reflectindo uma relação de forças em que os trabalhadores tinham coisas a dizer e a fazer, e diziam e faziam (foi foi por pouco tempo!).
Contaminação houve da economia portuguesa, contaminada pela financeirização, pelos grupos banco-financeiros que tomaram conta de tudo e destruíram a nossa economia produtiva.
Há que descontaminar! Não aceitando ser expulsos - por indeecntes e má figura... - de um núcleo central, comandado por um directório, ele comandado por meia dúzia de grupos financeiros, mas saindo, de cabeça erguida e pelas razões que foram claras na declaração de voto, de 2 de Maio de 1998, dos 3 únicos deputados portugueses no Parlamento Europeu que votaram contra a criação da moeda única, prevendo e prevenindo o que hoje tantos estão a descobrir, aparentemente ou surpreendentemente surpreendidos. Mais uma vez (e muitas mais será!) :
- «Ribeiro (GUE/NGL). – Senhora Presidente, os deputados do Partido Comunista Português, com a solenidade que a ocasião exigiria, mas que a euforia para impressionar a opinião pública não permite, declaram que:
- o seu voto é a expressão coerente de uma posição contra este projecto, o modo como foi conduzido e os interesses que serve. Não é um voto contra a estabilidade de preços, o equilíbrio orçamental, ou o controlo de dívidas, mecanismos e instrumentos. É, sim, um voto contra a sua utilização para impor estratégias que concentram riqueza, agravam desemprego, agudizam assimetrias e desigualdades, criam maior e nova pobreza e exclusão social, diminuem a soberania nacional e aumentam défices democráticos;
- é também um voto contra a formação do núcleo duro para a Comissão Executiva do BCE, privilegiando zonas geográfico-monetárias e partilhando influência entre grandes famílias partidárias, numa evidente polarização do poder na instituição que condicionará todas as políticas dos Estados-Membros;
- após este passo, continuarão a combater os já reais e os previsíveis malefícios do projecto que integram os mecanismos e instrumentos criados. Procurarão, do mesmo modo, contribuir para que sejam potenciadas as suas virtualidades;
- lamentam, por último, que o Parlamento tenha perdido a oportunidade para se credibilizar como instituição democrática, por ter cedido à pompa e circunstância de um ritual de homologação ou de confirmação do que lhe foi apresentado.»
2 comentários:
Atenção ao 4.º parágrafo.
BP
Obrigado. Já corrigi.
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