Nenhuma conversa está acabada. Há sempre algo a acrescentar à última palavra. O que ainda é mais claro quando se faz, da conversa, uma série de episódios e se anuncia um próximo que não aparece. Como foi o caso relativamente a esta conversa (ou desconversa) do país estar falido. Ninguém terá dado por isso… mas eu sinto-me em falta por não ter já publicado o que anunciara.
Depois de alguns textos talvez oportunos devido ao falso “suspense” do voto do PSD relativamente ao OE para 2011, quis eu dizer, na minha…, que um País não é uma empresa, e que os critérios que levam a dizer que uma empresa está falida ou não não se aplicam a um País, nomeada e mormente a Portugal.
É um facto que a situação é muito má, que as perspectivas ainda são piores, o que autoriza, ou ajuda, a compreender o uso de alguma linguagem como essa, mas não autoriza (ou, mais ainda: desautoriza) a que ela seja usada para confundir as coisas, para desresponsabilizar, para bater na tecla da inevitabilidade. Como se não estivessem, por detrás das consequências que estamos a viver e das que nos esperam, opções políticas ao serviço do capital financeiro. O que só não vê quem não quiser. Por uma espécie de cegueira selectiva, ou por preguiça, inércia, comodismo. Até que essas consequências batam fortemente às suas portas. (Também há os distraídos…)
Mas a grande questão que ficou suspensa na última mensagem desta série foi como se sai disto? E essa questão, ou a falta de resposta a ela, leva a muitas das posições que é preciso entender, sem intuitos de julgamento que poderiam estar implícitos no que se vai escrevendo. Muitos dos que, como nós, vêem como estão as coisas e até descortinam quem são os causadores e os beneficiários do “estado de coisas”… não vêem saída. Essa tem sido a grande obra da campanha informativa/ideológica que, além de provocar cegueira e distracção, tem também a vertente da inevitabilidade. De que não há saída!
Nós não pensamos assim.
Mas, além de não pensarmos assim, também sabemos que sozinhos não conseguiremos as rupturas que são necessárias para que os rumos da economia e da sociedade sejam diferentes. E nunca nos arrogámos (desde Marx!) em videntes, profetas ou lá o que for. Queremos conhecer as dinâmicas da História (a que se mede em séculos e milénios e intervir). Por isso… e agora?… que fazer agora, como fazer agora?
Parece evidente, como já se sublinhou, que há um desperdício de recursos nossos, há uma demissão da defesa e aproveitamento de potencialidades nossas, o que resulta de uma atitude criminosa, até porque são desperdício e demissão em benefício privado próprio e de outros, de uma minoria que se apropria do que é fruto de todos os que nos antecederam e dos que nos são contemporâneos. Sempre desvalorizando o trabalho vivo, que está na origem do que foi, e do que é criado, como riqueza. Porque o dinheiro não cria nada, nada produz. Deveria ser um meio de. E é!, mas usado de forma perversa, tomando o lugar das coisas que satisfazem as necessidades. E assim acontece por efeito das relações sociais dominantes, e da relação de forças para que contribuímos. Todos.
Há que pôr Portugal a produzir, há que aproveitar os nossos recursos! Mais, muito mais..., que o défice orçamental, é inaceitável que a organização da economia ao serviço de interesses egoístas provoque o défice alimentar que dá origem aos outros, quando temos o mar, a terra, o sub-solo, o sol, a posição geográfica, os trabalhadores que temos? Pare-se de dizer que somos um País pobre! Somos é um País que não produz porque ao capital financeiro não lhe interessa que produzamos.
Depois de alguns textos talvez oportunos devido ao falso “suspense” do voto do PSD relativamente ao OE para 2011, quis eu dizer, na minha…, que um País não é uma empresa, e que os critérios que levam a dizer que uma empresa está falida ou não não se aplicam a um País, nomeada e mormente a Portugal.
É um facto que a situação é muito má, que as perspectivas ainda são piores, o que autoriza, ou ajuda, a compreender o uso de alguma linguagem como essa, mas não autoriza (ou, mais ainda: desautoriza) a que ela seja usada para confundir as coisas, para desresponsabilizar, para bater na tecla da inevitabilidade. Como se não estivessem, por detrás das consequências que estamos a viver e das que nos esperam, opções políticas ao serviço do capital financeiro. O que só não vê quem não quiser. Por uma espécie de cegueira selectiva, ou por preguiça, inércia, comodismo. Até que essas consequências batam fortemente às suas portas. (Também há os distraídos…)
Mas a grande questão que ficou suspensa na última mensagem desta série foi como se sai disto? E essa questão, ou a falta de resposta a ela, leva a muitas das posições que é preciso entender, sem intuitos de julgamento que poderiam estar implícitos no que se vai escrevendo. Muitos dos que, como nós, vêem como estão as coisas e até descortinam quem são os causadores e os beneficiários do “estado de coisas”… não vêem saída. Essa tem sido a grande obra da campanha informativa/ideológica que, além de provocar cegueira e distracção, tem também a vertente da inevitabilidade. De que não há saída!
Nós não pensamos assim.
Mas, além de não pensarmos assim, também sabemos que sozinhos não conseguiremos as rupturas que são necessárias para que os rumos da economia e da sociedade sejam diferentes. E nunca nos arrogámos (desde Marx!) em videntes, profetas ou lá o que for. Queremos conhecer as dinâmicas da História (a que se mede em séculos e milénios e intervir). Por isso… e agora?… que fazer agora, como fazer agora?
Parece evidente, como já se sublinhou, que há um desperdício de recursos nossos, há uma demissão da defesa e aproveitamento de potencialidades nossas, o que resulta de uma atitude criminosa, até porque são desperdício e demissão em benefício privado próprio e de outros, de uma minoria que se apropria do que é fruto de todos os que nos antecederam e dos que nos são contemporâneos. Sempre desvalorizando o trabalho vivo, que está na origem do que foi, e do que é criado, como riqueza. Porque o dinheiro não cria nada, nada produz. Deveria ser um meio de. E é!, mas usado de forma perversa, tomando o lugar das coisas que satisfazem as necessidades. E assim acontece por efeito das relações sociais dominantes, e da relação de forças para que contribuímos. Todos.
Há que pôr Portugal a produzir, há que aproveitar os nossos recursos! Mais, muito mais..., que o défice orçamental, é inaceitável que a organização da economia ao serviço de interesses egoístas provoque o défice alimentar que dá origem aos outros, quando temos o mar, a terra, o sub-solo, o sol, a posição geográfica, os trabalhadores que temos? Pare-se de dizer que somos um País pobre! Somos é um País que não produz porque ao capital financeiro não lhe interessa que produzamos.
3 comentários:
Excelente análise Camarada Sérgio.
Muito se aprende e apreende.
Um abraço desde Vila do Conde,
Jorge Gomes
Tal como o camarada anterior só posso repetir,excelente análise, e acrescentar, excelente professor.
Um beijo.
Se o País não produz...
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