A História como (não) nos é contada… e alguns testemunharam (e há dados e números):
«No pós-guerra, o movimento operário alastrou. Os trabalhadores sentiram a vitória como sua – e era!
E, espaldados pelo exemplo e apoio da União Soviética, tomaram o poder nalguns países, impuseram condições sociais novas em outros onde as relações sociais predominantes continuavam capitalistas, mas em que a correlação de forças obrigava a compromissos (a tal Europa social!), enquanto do outro lado do Atlântico aparecia McCarthy e a “caça às bruxas”, e por todo o mundo se cometeram barbaridades para impedir o avanço do movimento operário e de independências nacionais.
As criminosas bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki (por tudo e, sobre tudo, também pela sua total desnecessidade militar), tiveram a resposta-surpresa de não serem exclusivas, monopólio, o que obrigou o capitalismo (e o complexo industrial-militar estado-unidense) a recuar para uma guerra-fria, hipócrita e, por vezes, terrorista.
.
O então “mundo socialista” de novo se teve de lançar na tarefa de reconstrução da base económica, de recuperação das forças produtivas devastadas, e em competição económica feroz e desigual.
A partir de situações de grande desvantagem, e com o ónus de terem de se reconstruir em relações sociais novas, apenas com a experiência e exemplo únicos da União Soviética. Experiência nunca exportável, pelo espaço em que se concretizava, pelas condições dessa concretização, mas a ter de ser apoio e exemplo.
O facto é que, na Europa, no mundo, havia outro mundo (económico e social). Um mundo em que, como muitas décadas antes escrevia Marx, em O Capital, se tratava da expropriação, pela massa do povo, dos usurpadores da propriedade social.
Era um mundo que se alargava. Não isolado, embora cercado e a ter de promover uma recuperação e renovação na evolução das forças produtivas nacionais que, na aparência, faziam indiferentes o caminho de sempre: instrumentos e objectos de trabalho cristalizados em meios de produção passando por revoluções científicas e técnicas, ou assim chamadas. Em novas relações sociais de produção.
As relações de produção identificavam a clivagem. Não só entre países, mas também dentro dos países, numa luta (de classes) que, enquanto se desenrola, de um lado, é negada, apesar de ser feita com violência, e com o enorme poder de que esse lado da luta dispõe, e de que se serve para guardar a propriedade dos meios de produção; e que , do outro lado da luta, esta se faz não a negando, ainda que nem sempre com, ou quase sempre sem, a esclarecida consciência (histórica) dos seus fundamentos e condições.»
«No pós-guerra, o movimento operário alastrou. Os trabalhadores sentiram a vitória como sua – e era!
E, espaldados pelo exemplo e apoio da União Soviética, tomaram o poder nalguns países, impuseram condições sociais novas em outros onde as relações sociais predominantes continuavam capitalistas, mas em que a correlação de forças obrigava a compromissos (a tal Europa social!), enquanto do outro lado do Atlântico aparecia McCarthy e a “caça às bruxas”, e por todo o mundo se cometeram barbaridades para impedir o avanço do movimento operário e de independências nacionais.
As criminosas bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki (por tudo e, sobre tudo, também pela sua total desnecessidade militar), tiveram a resposta-surpresa de não serem exclusivas, monopólio, o que obrigou o capitalismo (e o complexo industrial-militar estado-unidense) a recuar para uma guerra-fria, hipócrita e, por vezes, terrorista.
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O então “mundo socialista” de novo se teve de lançar na tarefa de reconstrução da base económica, de recuperação das forças produtivas devastadas, e em competição económica feroz e desigual.
A partir de situações de grande desvantagem, e com o ónus de terem de se reconstruir em relações sociais novas, apenas com a experiência e exemplo únicos da União Soviética. Experiência nunca exportável, pelo espaço em que se concretizava, pelas condições dessa concretização, mas a ter de ser apoio e exemplo.
O facto é que, na Europa, no mundo, havia outro mundo (económico e social). Um mundo em que, como muitas décadas antes escrevia Marx, em O Capital, se tratava da expropriação, pela massa do povo, dos usurpadores da propriedade social.
Era um mundo que se alargava. Não isolado, embora cercado e a ter de promover uma recuperação e renovação na evolução das forças produtivas nacionais que, na aparência, faziam indiferentes o caminho de sempre: instrumentos e objectos de trabalho cristalizados em meios de produção passando por revoluções científicas e técnicas, ou assim chamadas. Em novas relações sociais de produção.
As relações de produção identificavam a clivagem. Não só entre países, mas também dentro dos países, numa luta (de classes) que, enquanto se desenrola, de um lado, é negada, apesar de ser feita com violência, e com o enorme poder de que esse lado da luta dispõe, e de que se serve para guardar a propriedade dos meios de produção; e que , do outro lado da luta, esta se faz não a negando, ainda que nem sempre com, ou quase sempre sem, a esclarecida consciência (histórica) dos seus fundamentos e condições.»
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(de uma intervenção num seminário, a 6.11,
em que me coube falar da questão da propriedade
nos países socialistas)
5 comentários:
O Pravda não "diria" melhor!
Mas depois... em 1956 Budapeste é arrasada pelas bombas às ordens de Kruchtchev, a população de berlim que convivia fraternalmente é separada por um enorme muro em 1961e Praga não foge à regra em 1968.
Foi este "socialismo" que a camarilha de Kruchtchev construíu a partir de 1956.
Pravda significa verdade!
Budapeste, 1956; Berlim, 1961, Praga 1968... que fraco reportório! Temos muito mais (e bem pior!) para a troca... se isto fosse um jogo de ping-pong com parceiros simétricos!
Informem-SE... com VERDADE.
A política não é um jogo de troca por troca.Estou a falar com verdade do socialismo e muito, particularmente, do socialismo soviétco de Kruchtchev, belicista e hegemónico sobre os outros povos e foi por isso que cavou a sua própria sepultura.
A História se encarregará de repor a verdade. Só que o tempo ainda é muito pouco.
Com todos os seus erros, muito devemos ao socialismo soviético, apesar da sua "curta existência"!!!!!
Um beijo.
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