quinta-feira, novembro 11, 2010

Greve Geral de 24.11 - 2


  1. A Greve Geral de 24.11.2010 é uma resposta da CGTP - a que posteriormente aderiu a UGT, e a que têm vindo a aderir vários movimentos e entidades - à situação económica e social e às medidas que têm vindo a ser tomadas para a ultrapassar, segundo os propósitos anunciados.
  2. Ora o que se está a tornar evidente para todos, como alguns vêm dizendo e prevenindo, é que essas medidas não resolvem os problemas da situação social, antes estes se agravam nas suas vertentes de desequilíbrios e desigualdades sociais. Ao mesmo tempo que se procura instalar um ambiente de desresponsabilização dos responsáveis nacionais e de inevitabilidades.
  3. A Greve Geral pretende (na minha discutível versão) ser um vivo protesto na sua forma mais clara e assumida, fazer parar esta escalada anti-social, recusar a desresponsabilização dos políticos destas três décadas desta política, não aceitar fados e fatalidade, afirmar que há alternativas.
    Tem de ser aberta a todos.
  4. Tem de ser aberta a todos. Tem de ser dos que protestam mas querem juntar ao protesto a prova de que ele não é desabafo ineficaz mas manifestação de força. Da força que tem quem protesta e, tantas vezes, a desconhece. O País tem de sentir que a greve tem efeitos na vida de cada um porque só assim essa força se demonstra. A começar pelos que mais sofrem a situação e as medidas para (não) a resolver.
  5. Quem trabalha tem uma forma simples (é uma maneira de dizer por todo os antecedentes e todas as implicações) de fazer greve. Pára! Mas tem de ser muito mais que isso.
  6. E os reformados, por exemplo e para exemplo?

5 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Os reformados,como eu, apoiam a Greve Geral, e tentam divulgá-la e explicar a necessidade da sua realização, pois é uma das maneiras mais eficazes de mostrar que o Povo Trabalhador é indispensável para o funcionamento do País. Espero não ter sido em vão este meu empenhamento.

Um beijo.

Anónimo disse...

Considerando:
Ponto 3. Que a greve geral pacífica se mostrou insuficiente proporcionalmente aos progressos ulteriores do movimento, que a situação parcial dessa greve se mostrou impotente para alcançar o objectivo e não fez mais do que desorganizar as forças do proletariado;
Lenine, ponto incluído numa proposta apresentada ao Congresso do P.O.S.D.R. em 1906.

Lenine não teve a sorte de ter conhecido os talentos ímpares da Inter e da UGT, mas os trabalhadores portugueses,felizmente, foram por ela bafejados.

samuel disse...

A tremenda falta de sorte de que Lenine até hoje ainda não se recompôs, continuando inconsolável... é a de não ter conhecido "os talentos ímpares" deste anónimo! :-)))

Abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Graciete - Muito bem, Graciete. Esse teu empenhamento é essencial... porque o TEU empenhamento só tu o podes ter. Mas nunca é suficiente. Não meter gasolina, não ir às compreas, não ter telefonar... são formas de participar na Greve Geral.
Samuel - Tens toda a razão... azarento do Marx e do Lenine que não beneficiaram destes anónimos (por modéstia, claro!) sempre atentos. e generosamente a mostrarem-nos como estamos errados e como estaríamos certos... Nós é que não sabemos aproveitar a sorte que temos!

Abreijos

Antuã disse...

Claro que não ir a serviços ou empresas que furem a greve é também uma excelente forma de fazer greve.