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« (...) Depois da resposta à necessidade imperiosa de um crescimento intensivo, quantitativo, tal como no início dos anos 20 para a União Soviética, a grande questão que começou a pôr-se (aos países socialistas) foi a da passagem a uma outra etapa, em que a vertente qualitativa ganhasse maior importância, quer na racionalidade do aproveitamento dos recursos, quer na qualidade dos produtos, com visíveis efeitos nos níveis de vida.
Decerto por isso, as décadas de 70 e 80 foram cruciais. E as opções tomadas e concretizadas, muitas vezes à revelia de afirmações de grande fidelidade aos princípios e valores, ajudarão a compreender muito do que veio a acontecer.
Teria havido "demenos" vigilância revolucionária, de ligação às massas e à sua consciencialização, de reforço da estruturação sócio-política, com particular incidência nos aspectos qualitativos e de racionalidade económica, em coerência com a base teórico-ideológica.
Teria havido "demais" competitividade com o sistema capitalista, num mercado mundial em concorrência, procurando conciliá-la com a afirmação da coexistência pacífica como objectivo sem os mínimos sinais ou garantia de idêntica disposição, no outro lado, de adopção do princípio nas relações internacionais.
Nessa competitividade mercantil, comparavam-se, à revelia de formações sociais qualitativamente diferentes, níveis de vida e salários onde o ensino era gratuito, a educação era gratuita, a habitação era social, os transportes a preços irrisórios, em que os níveis de consumo se deveriam afastar, e até contrariar se aproximando-se, do consumismo, com níveis de vida e salários em que tudo é por estes pago e onde o consumismo impera alimentado pelo crédito, por vezes embaratecido para o estimular, e/ou para compensar o baixo nível salarial. (...)»
Decerto por isso, as décadas de 70 e 80 foram cruciais. E as opções tomadas e concretizadas, muitas vezes à revelia de afirmações de grande fidelidade aos princípios e valores, ajudarão a compreender muito do que veio a acontecer.
Teria havido "demenos" vigilância revolucionária, de ligação às massas e à sua consciencialização, de reforço da estruturação sócio-política, com particular incidência nos aspectos qualitativos e de racionalidade económica, em coerência com a base teórico-ideológica.
Teria havido "demais" competitividade com o sistema capitalista, num mercado mundial em concorrência, procurando conciliá-la com a afirmação da coexistência pacífica como objectivo sem os mínimos sinais ou garantia de idêntica disposição, no outro lado, de adopção do princípio nas relações internacionais.
Nessa competitividade mercantil, comparavam-se, à revelia de formações sociais qualitativamente diferentes, níveis de vida e salários onde o ensino era gratuito, a educação era gratuita, a habitação era social, os transportes a preços irrisórios, em que os níveis de consumo se deveriam afastar, e até contrariar se aproximando-se, do consumismo, com níveis de vida e salários em que tudo é por estes pago e onde o consumismo impera alimentado pelo crédito, por vezes embaratecido para o estimular, e/ou para compensar o baixo nível salarial. (...)»
(extracto de uma intervenção num seminário)
1 comentário:
Houve erros em que a falta de vigilância em relação à fidelidade aos princípios e do esclarecimento relativamente às mentiras constantemente difundidas sobre as maravilhas do Ocidente e também a corrupção de governantes, não foram de somenos no fracasso da
Revolução. Mas os ideais ficaram.
No entanto muitas conquistas perderam-se e o abandono do socialismo só trouxe desvantagens ao Povo que o deixou perder.
VIVA o SOCIALISMO.
Um beijo.
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